A estrela convida-nos a colocar-nos em caminho,
a estrela quer libertar-nos das correntes que nos mantém presos a nós mesmos ou a um puro e simples sistema,
quer estimular-nos a caminhar,
quer fazer-nos caminhar para um lugar onde nunca tínhamos estado antes.
Isto quer a estrela.
E a natureza desta estrela é que ela vai mais além, mas também para.
Atravessa o deserto e lança-se até as distâncias mais remotas,
mas depois para sobre a casa.
Sobre qual casa?
Sobre a minha escola, por exemplo, ou sobre o meu escritório,
ou, de qualquer modo, lá onde é o meu local de trabalho habitual.
A estrela para ali e diz: «É este o teu lugar: aqui!».
E depois quando volto para casa,
ela para sobre a minha casa, sobre o meu pequeno mundo: a estrela também para ali.
É ali no lugar onde estou que devo encontrar aquilo que é precioso,
aquilo que tem valor.
Mas o que é precioso, que tem valor,
encontro-o aqui junto a mim somente quando descubro que a estrela para também sobre a casa do meu próximo.
Lá encontrarei Jesus.
(K. Hemmerle, La luce dentro le cose. Meditazioni per ogni giorno. Città Nuova, Roma 1998).
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