Movimento dos Focolares

Mariápolis na Argélia: cristãos e muçulmanos juntos

Set 7, 2013

Com o timbre do respeito e da fraternidade, realizou-se a Mariápolis da Argélia. “O outro sou eu”, foi o provocador título escolhido. Protagonismo dos jovens, esperança de um futuro de paz. Muitos deles participaram do encontro na Jordânia, dias 30 e 31 de agosto, com a presidente dos Focolares.

Durante os meses de julho e agosto, em muitos países do hemisfério norte acontecem as Mariápolis, característico encontro anual do Movimento dos Focolares. Adultos, jovens e crianças, pessoas das mais variadas proveniências, por alguns dias encontram-se com o objetivo de viver uma experiência de fraternidade, à luz dos valores universais do Evangelho. Em alguns países adotam como linha a “regra de ouro”, que convida a fazer aos outros o que se gostaria fosse feito a si.

É o caso da Argélia, que teve sua Mariápolis de 4 a6 de julho, no “Centro Ulisse”, em Tlemcen, com o original e comprometedor título: “O outro sou eu”.

Grande parte da comunidade do Movimento na Argélia é de religião muçulmana, e a proximidade com o Ramadã – que requer uma preparação apurada – levou os organizadores a prepararem uma Mariápolis de apenas três dias.

Ainda que poucos, os dias foram vividos de modo intenso, o que permitiu ir em profundidade na descoberta do amor ao irmão, segundo a espiritualidade da unidade e também segundo o Alcorão.

As pessoas que já participaram das Mariápolis precedentes cada vez mais desejam que seus amigos e parentes conheçam esta vida. Por isso este ano foi preciso recusar algumas inscrições, por falta de espaço. Os participantes foram 140, quase todos muçulmanos, provenientes de vários pontos da Argélia, incluído o Saara. Havia várias famílias e numerosos jovens.  A contribuição destes últimos foi muito grande, a começar da preparação, o que demonstra a adesão deles a esse ideal de fraternidade.

Até os adolescentes e as crianças presentes puderam fazer a experiência do que significa amar o próximo: “Entendi todo o bem que pode fazer o amor ao irmão”, “Eu me senti sempre amada”, disseram dois deles.

Algumas famílias que pela primeira vez viviam uma Mariápolis estavam maravilhadas diante desse grande ideal. Uma participante comentou: “Nestes dias pareceu-me tocar Deus com minhas mãos”. E outros: “descobri como amar a Deus sem complicar a vida”, “encontrei uma grande serenidade”, “vocês são a minha segunda família”. Muitas expressões que manifestam a sede de uma vida fraterna, tão necessária para aplacar as tensões, especialmente neste momento.

Foi o amor concreto ao irmão que possibilitou a formação de uma comunidade nesse país, uma comunidade onde o amor e o respeito prevalecem sobre as diferenças de cultura, tradições e religião.

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