Diante dos dramáticos acontecimentos de Paris e de tantas outras partes do mundo, «o Movimento dos Focolares, enquanto chora com quem chora, continua a acreditar no caminho do diálogo, do acolhimento e do respeito pelo próximo, independente de quem seja, da sua proveniência, crença religiosa e etnia», declarou a presidente Maria Voce no dia sucessivo aos atentados na capital francesa. «Os Focolares – juntamente com quem nas várias responsabilidades trabalha mesmo arriscando-se pessoalmente pela paz – renovam o próprio compromisso em intensificar e multiplicar ações e gestos de reconciliação, espaços de diálogo e comunhão, ocasiões de encontro e de partilha em todos os níveis e em todas as latitudes, para acolher o grito da humanidade e transformá-lo em renovada esperança». Várias iniciativas pessoais e coletivas estão em curso. Na França, entre outras coisas, uma mulher parisiense visitou um negociante e uma farmacêutica, respectivamente marroquino e argelina, para renovar a sua amizade. Um casal de Vendée ajuda nas associações locais para o acolhimento dos migrantes, um senhor empenhado no GAIC (Grupo de amizade Islâmico-Cristã) em Mulhouse, na Alsácia, intensifica a sua contribuição para a semana inter-religiosa em andamento precisamente em novembro (Veja entrevista Radio inBlu). Um pároco da banlieue parisiense escreveu uma declaração pela paz junto com os muçulmanos do seu bairro. A participação ativa no festival inter-religioso «Vivre ensemble à Cannes», desde a primeira edição, iniciativa que este ano recebeu o prêmio «Chiara Lubich pela fraternidade». A organização conjunta da 2ª edição de «Muçulmanos e Cristãos, juntos com Maria» prevista no dia 2 de abril de 2016 na basílica de Longpont (Essonne). Na Itália, nestes dias corre um convite para «visitar o mundo muçulmano que se encontra em vários territórios, procurando lançar pontes, construir relacionamentos, convidar para trabalhar juntos em ações concretas e visíveis pela paz». Em algumas cidades estes relacionamentos já existem há muito tempo com frutos de fraternidade. Na Grã-Bretanha iniciou-se imediatamente uma cadeia de oração pelas vítimas da tragédia, pedindo a Deus para “ser instrumentos para levar a unidade no próprio ambiente”, e na Irlanda realizou-se uma reunião para promover o conhecimento da cultura síria para preparar-se a acolher os refugiados que chegam daquele país. Na Basileia e Adliswil, na Suíça, mulheres muçulmanas e cristãs encontram-se regularmente a cada dois meses para uma partilha sobre a fé. Em Lugano houve uma intensa partilha com o Imam Samir Jelassi. Na Áustria, em Meiningen (Voralberg), poucos dias antes dos atentados reuniram-se 150 pessoas com Cenap Aydin, diretor do Instituto Tevere em Roma, e com o professor Siebenrock da Universidade de Innsbruck, do grupo de estudo que reúne teólogos muçulmanos do Irã, da Tunísia, da Argélia e da Turquia, e teólogos católicos. Na Alemanha, em Augusta, a iniciativa “às 7 em ponto – Augusta reza pela paz”, no dia 7 de cada mês às 7h da tarde, numa das grandes igrejas da cidade – uma vez católica e outra luterana – um refugiado, um especialista estudioso ou um representante de uma ONG ilustra a situação de um país em dificuldade. E ainda, uma caminhada pela paz, em Loppiano na Itália e uma manifestação de praça em Bahia Blanca, na Argentina, sem bandeiras nem cores políticas. Na Califórnia houve um jantar beneficente para angariar fundos em favor de projetos de ajuda aos refugiados, precedida por um momento de oração pelas vítimas dos atentados terroristas em Paris e em Beirute, e da apresentação do United World Project. Em Honduras, no dia 14 de novembro, uma caminhada pela paz organizada pelos Focolares, em solidariedade com a Síria, reuniu pessoas de vários movimentos juvenis, levando uma mensagem de unidade e de diálogo. Da Ásia, Luigi Butori escreveu: «Penso nos mortos por causa dos atentados quase diários no sul da Tailândia, nos refugiados Rohinya; penso nos meus amigos muçulmanos na mesquita em Chiangmai; penso em Mae Sot onde ainda hoje chegam os refugiados do Myanmar que buscam uma vida melhor». Recorda o convite de Chiara Lubich em 1980: «Se nas cidades onde vivem existe uma mesquita ou uma sinagoga ou qualquer outro lugar de culto não cristão, saibam que ali é o lugar de vocês. Encontrem o modo de entrar em contato com aquelas pessoas e de estabelecer um diálogo», palavras que «nos impulsionam a criar relacionamento com quem não tem a nossa mesma fé: um relacionamento verdadeiro, profundo, porque o outro para mim é o rosto do Divino».
No Egito, prossegue o Living Peace Project, o projeto para a educação para a paz, que nasceu no Cairo e atualmente está difundido no mundo inteiro, envolvendo centenas de escolas e milhares de estudantes e que obteve para a New Humanity – ONG que o promove – o Luxembourg Peace Prize 2015. A arte também dá a sua contribuição: “Dieu pleure avec nous” (Deus chora conosco) é o título do quadro que Michel Pochet, artista francês, realizou depois dos episódios de Paris. Em Bruxelas no dia 21/11 acontecerá o concerto de um coro misto muçulmano e cristão intitulado “Fraternité en chœurs”, um jogo de palavras entre “coros” e “corações”.Favorecer a comunhão
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