No dia 20 de março, foi inaugurada em Mendicino (Cosenza) a nova igreja paroquial dedicada a Cristo Salvador. O evento foi celebrado precisamente no aniversário do arcebispo D. Nunnari, que coroou o sonho da comunidade eclesial de 10 mil habitantes que agora dispõe de um lugar de culto, construído a partir da estrutura original, com 15 salas para a catequese, uma sala para encontros e a casa canônica. O projeto, realizado com o suporte técnico de vários especialistas, foi idealizado pelo Centro Ave Arte de Loppiano, uma realização arquitetônica que nasceu da inspiração e da pesquisa realizada durante anos pelo grupo de arquitetos da Mariápolis permanente dos Focolares.
Além da reflexão continuamente partilhada no próprio grupo, a equipe trabalha em sinergia cultural com arquitetos do mundo inteiro. Em dezembro de 2013, participou de um congresso internacional organizado em Barcelona pela Ordem dos Arquitetos da Catalunha (Espanha), sobre o tema do patrimônio sagrado. A equipe participou em representação não só do Centro de Loppiano, mas do vasto grupo “Diálogos em arquitetura”, a rede internacional dos Focolares composta por estudiosos e profissionais da área da arquitetura.
Precisamente neste encontro na Espanha foi solicitado a três integrantes do grupo – Mario Tancredi e Iole Parisi, da Itália, e Tobias Klodwig, da Alemanha – para apresentarem o tema ‘Cristianismo flexível, entre a vida da comunidade e os espaços sagrados’. A abordagem despertou grande interesse dos 150 arquitetos provenientes da Espanha e de outros países da Europa.
Partindo do conceito de que formas e espaços da arquitetura mudam de acordo com a experiência de vida das comunidades cristãs, os três relatores apresentaram reflexões sobre a arquitetura que se enriquece precisamente dos elementos ‘imateriais’ que o próprio conceito de “sagrado” pode assumir nos vários contextos culturais: o forte valor social que se percebe na América Latina, a profecia do sinal ancestral de realizações na terra africana; a valência das expressões simbólicas contidas nas catedrais europeias e nas igrejas de metrópoles globalizadas. Para exprimir tudo isso recorreram a alguns exemplos concretos: a igreja Maria Théotokos, de Loppiano, como expressão de um carisma contemporâneo; a igreja de S. Claire em Fontem, na África, que comunica os valores da cultura local; alguns projetos de transformação de igrejas em desuso na Alemanha.
Para ‘Diálogos em arquitetura’ a pesquisa cultural está em constante evolução, movida pela exigência de conjugar – precisamente porque tem a ver com o Absoluto – continuidade e inovação. Num diálogo cada vez mais fecundo tanto com a comissão que com o mundo acadêmico
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