«Num mundo no qual a diversidade é vista como uma ameaça, o nosso estar juntos em amizade e paz é um sinal de abertura recíproca e de compromisso pela fraternidade humana». As palavras do cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o diálogo inter-religioso, sintetizam bem o significado do congresso budista-católico que teve início hoje, terça-feira 23 de Junho, em Castel Gandolfo, com o tema “Sofrimento, libertação e fraternidade”. No seu pronunciamento introdutivo o cardeal Tauran comparou o diálogo entre as duas realidades com uma peregrinação interior. Inspirando-se na declaração conciliar Nostra aetate – da qual se celebra o cinquentenário – recordou que no «budismo, segundo as suas várias formas, propõe-se o caminho pelo qual os homens, com espírito devoto e confiante, possam alcançar o estado de libertação perfeita ou atingir, pelos próprios esforços ou ajudados do alto, a suprema iluminação» (NA, 2). Por fim, esclareceu, «somos todos peregrinos» e o diálogo budista-católico é «uma parte da busca comum em ato para compreender o mistério da vida e as verdades últimas». Portanto, se cada diálogo é uma peregrinação interior, são necessários três pressupostos para chegar à meta.
O primeiro, explicou o presidente do dicastério vaticano, é «menos bagagem»: isto é «superar os preconceitos, as feridas, os medos, a fim de ouvir o próprio coração e o do outro». O segundo é a «travessia das fronteiras», ou seja dos confins étnicos, religiosos, linguísticos e culturais, para conhecer, entender e respeitar o outro», transformando assim «a ignorância em conhecimento, um estranho em amigo, a hostilidade em hospitalidade e a divergência em convergência». O terceiro é o «regresso a casa», transformados pela experiência que foi vivida. Fonte:NEWS.VA
Aprender e crescer para superar as limitações
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