Trata-se de uma experiência iniciada há cerca de 40 anos na Argélia, em Tlemcen, onde os focolarinos receberam de presente uma pequena abadia, em estilo árabe, construída pelo beneditinos, a fim de usá-la para um centro de diálogo com o mundo muçulmano. Desde os primeiros contatos causavam surpresa as afinidades existentes entre as duas religiões abraâmicas: acreditar no Único Deus clemente e misericordioso, a dedicação total à vontade de Deus, a enorme estima por Jesus e por Maria, sua mãe.
Alguns milhares de amigos muçulmanos, em muitos países do mundo, estão em estreito contato com o Movimento dos Focolares. Entre eles existem imãs, fiéis praticantes e outros que, através do contato com o Movimento e compartilhando o espírito da unidade, retornaram à prática das cinco colunas do Islã. De fato, o efeito do diálogo não é o sincretismo, mas a redescoberta das próprias raízes religiosas, daquilo que nos une.
“Por meio do diálogo – havia afirmado João Paulo II, em Madras, em 1986 – fazemos com que Deus esteja presente entre nós, porque à medida que nos abrimos uns aos outros, no diálogo, nos abrimos também a Deus. E o resultado é a união entre os homens e a união dos homens com Deus”. Reforça-se o compromisso comum de ser artífices de unidade e de paz, especialmente onde a violência e a intolerância religiosa buscam criar um abismo entre os componentes da sociedade.
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