Movimento dos Focolares

Os caminhos para o mundo unido

Mai 4, 2018

Para incentivar as numerosas iniciativas de caráter social da 23° Semana Mundo Unido (1-10 de Maio) anunciada pelos jovens dos Focolares, vamos percorrer algumas das ideias inspiradoras propostas por Chiara Lubich no Genfest de 1985.

A unidade do mundo. Queridos jovens, será que estamos tão distraídos pelos acontecimentos em que estamos mergulhados diariamente que não conseguimos ver que a nossa época está marcada por tensões, guerras e guerrilhas, inclusive pelo perigo de uma deflagração nuclear; pela falta de unidade de todos os tipos; por fenômenos de terrorismo, por sequestros; pelos mais vários males causados exatamente pela falta de amor e de concórdia entre os homens, ao ponto de não ver que, falar hoje de unidade, é quase uma utopia? […] Mas, graças a Deus, não é só isso que caracteriza a nossa época; há outros aspectos que podem ser submetidos à nossa atenta observação. […] O mundo certamente caminha para a unidade: é o seu destino, ou melhor, é o desígnio de Deus para ele. […]  Responderemos não só verbalmente às perguntas de vocês mas também com a vida, depois deste Genfest, encaminhando-nos decididamente pelos diversos caminhos que podem sanar o mundo dividido, unificando-o. Esses – só para dar alguns exemplos – são: a unidade entre as gerações,  entre as raças e os grupos étnicos; entre os diversos povos, entre o leste e o oeste, o norte e o sul; entre os cristãos de várias denominações; entre os fiéis das mais várias religiões; o caminho da unidade entre ricos e pobres para uma comunhão de bens; entre países em guerra para construir a paz; o caminho da unidade também entre o homem e a natureza; o caminho da unidade com os indiferentes, os sós, com quem sofre; o caminho do desenvolvimento e do progresso; o caminho da unidade entre os vários Movimentos espirituais, entre as associações leigas; entre pessoas de diversas ideologias, de várias culturas, etc. E, como vocês podem constatar, alguns destes caminhos já são percorridos pelos jovens, porque eles são feitos mesmo para tais metas. […] Eles querem caminhar pelos caminhos mais variados, mas colocando-se sempre no Caminho por excelência […], aquele Caminho que é Cristo. Ele disse de si mesmo: “Eu sou o Caminho”  (Jo 14,6). E o que é que devemos fazer para estar bem inseridos neste Caminho e assim avançar com resultados em todos os demais caminhos? Devemos ser Ele, outros Ele. […] Vivendo a Palavra, toda a vida cristã plantada em nós no Batismo, reflorescerá plenamente. E a esta Palavra os jovens de todas as Igrejas ou comunidades cristãs poderão se unir. Ela, em muitas das suas expressões, é aceita também pelos jovens de diversas religiões e por quem, em boa fé, se considera ateu. A Palavra fará de todos vocês um bloco, tornando-os fortes e invencíveis. […] Então, se vocês forem fiéis, se se espalharem por todo o mundo como outros Jesus, o programa: “Que todos sejam um” não será um sonho, mas uma realidade, que se alcançará cada vez mais também graças a vocês. Florescerá uma primavera no mundo; veremos milagres. Veremos realizar-se, referida a vocês, a afirmação de Cristo: “Aquele que acredita em Mim fará as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores” (Jo 14,12). Trechos do discurso de Chiara Lubich ao Genfest. Roma (Palaeur), 29 de março de 1985.

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