Por ocasião da IX Assembleia Geral de Religiões pela Paz, realizada no final de novembro de 2013 em Viena, Maria Voce foi nomeada um dos copresidentes, entre os 62 desta organização que há 43 anos promove o diálogo entre pessoas de diversos credos e culturas. Na conclusão dos trabalhos, Roberto Catalano – do Centro para o diálogo inter-religioso dos Focolares – lhe dirigiu algumas perguntas sobre a importância do diálogo entre os adeptos de diversos credos e do papel que o Movimento dos Focolares tem e pode ter neste contexto. Esta é a primeira parte da entrevista. Religiões pela Paz. Que impressão esta experiência lhe causou, visto que o Movimento dos Focolares participa dela desde 1982? «A minha impressão é muito positiva. Representa, de fato, a clara resposta de que as várias religiões podem apoiar e ajudar a realizar a paz. Considero, porém, muito importante a seguinte inspiração: que a construção da paz esteja sempre imbuída do valor dos princípios religiosos. […] A paz deve nascer da visão do homem e da humanidade como família, algo que somente as religiões podem dar. […] Acho lógico que o nosso movimento esteja empenhado nisso».
Qual impressão em relação à experiência de diálogo do Movimento no mundo? «Uma impressão extraordinária. Temos pessoas de diversas religiões em todos os lugares onde o nosso movimento está presente. Digo em todos os lugares, porque não podemos excluir ninguém do nosso raio de ação. De fato, como Movimento dos Focolares temos diante de nós o ut omnes – o ‘Que todos sejam um’ como Jesus pediu ao Pai – e no ut omnes cada pessoa encontra o seu lugar. Os relacionamentos vividos no trabalho, nas famílias, nas praças, por toda parte, nos dão a possibilidade de encontrar pessoas de diversas religiões. Todavia, a coisa mais excepcional é que com estes homens e mulheres é possível estabelecer um relacionamento profundo […]. É uma surpresa constatar que, ao lado dos cristãos, estão pessoas de várias tradições religiosas que fazem parte do nosso movimento. Os cristãos são os irmãos mais velhos porque começaram antes, mas acolhem os outros na mesma família. […] Grande parte do episcopado católico tem muita estima pelos Focolares, porque percebe que pode-se instaurar relacionamentos com pessoas de diversas religiões. E isso é muito importante para os bispos que atuam em países como a Índia ou em grande parte da Ásia. Significa poder contar com alguém que propõe um cristianismo aberto, que não está fechado, defendendo-se, um cristianismo de diálogo e colaboração e não de conquista». Fim da primeira parte (segunda parte) Leia entrevista integral em Città Nuova online (in italiano)
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