Movimento dos Focolares

Os Focolares e o diálogo inter-religioso

Jan 6, 2014

Entrevista a Maria Voce, presidente dos Focolares, sobre a contribuição do Movimento para o diálogo inter-religioso. Descobrir o positivo presente na humanidade.

Por ocasião da IX Assembleia Geral de Religiões pela Paz, realizada no final de novembro de 2013 em Viena, Maria Voce foi nomeada um dos copresidentes, entre os 62 desta organização que há 43 anos promove o diálogo entre pessoas de diversos credos e culturas. Na conclusão dos trabalhos, Roberto Catalano – do Centro para o diálogo inter-religioso dos Focolares – lhe dirigiu algumas perguntas sobre a importância do diálogo entre os adeptos de diversos credos e do papel que o Movimento dos Focolares tem e pode ter neste contexto. Esta é a primeira parte da entrevista. Religiões pela Paz. Que impressão esta experiência lhe causou, visto que o Movimento dos Focolares participa dela desde 1982? «A minha impressão é muito positiva. Representa, de fato, a clara resposta de que as várias religiões podem apoiar e ajudar a realizar a paz. Considero, porém, muito importante a seguinte inspiração: que a construção da paz esteja sempre imbuída do valor dos princípios religiosos. […] A paz deve nascer da visão do homem e da humanidade como família, algo que somente as religiões podem dar. […] Acho lógico que o nosso movimento esteja empenhado nisso». Qual impressão em relação à experiência de diálogo do Movimento no mundo? «Uma impressão extraordinária. Temos pessoas de diversas religiões em todos os lugares onde o nosso movimento está presente. Digo em todos os lugares, porque não podemos excluir ninguém  do nosso raio de ação. De fato, como Movimento dos Focolares temos diante de nós o ut omnes – o  ‘Que todos sejam um’ como Jesus pediu ao Pai – e no ut omnes cada pessoa encontra o seu lugar. Os relacionamentos vividos no trabalho, nas famílias, nas praças, por toda parte, nos dão a possibilidade de encontrar pessoas de diversas religiões. Todavia, a coisa mais excepcional é que com estes homens e mulheres é possível estabelecer um relacionamento profundo […]. É uma surpresa constatar que, ao lado dos cristãos, estão pessoas de várias tradições religiosas que fazem parte do nosso movimento. Os cristãos são os irmãos mais velhos porque começaram antes, mas acolhem os outros na mesma família. […] Grande parte do episcopado católico tem muita estima pelos Focolares, porque percebe que pode-se instaurar relacionamentos com pessoas de diversas religiões. E isso é muito importante para os bispos que atuam em países como a Índia ou em grande parte da Ásia. Significa poder contar com alguém que propõe um cristianismo aberto, que não está fechado, defendendo-se, um cristianismo de diálogo e colaboração e não de conquista». Fim da primeira parte (segunda parte) Leia entrevista integral em Città Nuova online      (in italiano)

___

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

O caminho que une

O caminho que une

Páscoa 2025: Uma coincidência maravilhosa que serve de apelo a todos os cristãos para darem um passo decisivo em direção à unidade; um apelo a redescobrirem-se unidos na pluralidade.

Jubileu: jovens, famílias e santidade

Jubileu: jovens, famílias e santidade

Em vista do Jubileu dos jovens e do Jubileu das famílias, das crianças, dos avós e dos idosos, o Movimento dos Focolares propõe itinerários em Roma, em várias cidades italianas e no Centro Internacional em Rocca di Papa (Roma) para aprofundar a espiritualidade da unidade e conhecer algumas testemunhas da esperança.

Igino Giordani e a atualidade da sua mensagem de paz

Igino Giordani e a atualidade da sua mensagem de paz

«Não basta o rearmamento tampouco o desarmamento para eliminar o perigo da guerra: é necessário extinguir o espírito de agressão, exploração e hegemonia, do qual provém a guerra, é imprescindível reconstituir uma consciência [1]».