Movimento dos Focolares

Perdoa-nos (e a eles) as nossas ofensas

Set 9, 2014

Um “simples” furto de carro pode gerar numa família os pressupostos para uma leitura mais universal e também cristã do Pai Nosso. E quando são as crianças a convencerem-se disso, o jogo está feito.

20140908-01«Enfim, aconteceu também a nós. Nesta Itália da crise onde a imprensa registra um aumento dos furtos nas ruas, nos carros e nas casas, também o nosso caso soma-se àqueles de milhares de pessoas que encontram a moradia ou o carro arrombado com habilidade. Ao regressar de um dia maravilhoso num parque aquático com as nossas filhas, demo-nos conta de que alguém no estacionamento tinha entrado no nosso carro. Olhando rapidamente vi que os estragos eram muitos: fechadura forçada, furto das chaves de casa e de todos os documentos. Além disso, os ladrões – evidentemente profissionais – para fazer com que percebessemos tudo o mais tarde possível, arrombaram a porta da esquerda e deixaram o GPS no porta-luvas, depois de o terem aberto para pegar os documentos. Procuramos imediatamente tomar todas as providências: a denúncia na polícia, em primeiro lugar; avisar aos vizinhos para ficarem atentos se notassem movimentos diferentes perto da nossa casa e, na manhã seguinte, providenciamos a troca da fechadura de casa, uma operação não indiferente do ponto de vista econômico. Conseguimos encarar estas despesas graças a uma ajuda inesperada que tínhamos recebido justamente no dia anterior: a devolução de retroativos da escola onde trabalha a minha mulher, Sonia. A cifra necessária para a substituição das fechaduras foi praticamente a mesma que tinha sido depositada na nossa conta. Naturalmente as nossas filhas tinham vivido conosco esta infortúnio familiar e por isso quisemos conversar todos juntos. Recordando a frase do Pai Nosso: “Perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”, a conversa foi naturalmente sobre o tema do perdão. Dissemos que esta era a nossa ocasião para perdoar, não só com palavras, mas com o coração e sem conservar rancor. Também a Palavra de Vida do mês ajudou-nos. Rezamos juntos uma oração pelos “nossos” ladrões, deixando a liberdade às nossas filhas para aderirem a este gesto ou não. As duas aceitaram imediatamente. Pedimos que estas pessoas se arrependessem. Foi um momento de unidade familiar forte e intenso, que depois continuou com uma boa conversa sobre a justiça e o significado do perdão. Para nós, pais, foi uma oportunidade de ser testemunhas credíveis. Alguns dias depois, ao meio-dia, enquanto nossas filhas estavam rezando pela paz, uma delas sugeriu: “Vamos rezar também pelos nossos ladrões?”». Fonte Città Nuova online

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