Movimento dos Focolares
“Balanço de comunhão”: o diálogo constrói a paz

“Balanço de comunhão”: o diálogo constrói a paz

O Movimento dos Focolares acaba de publicar seu segundo balanço da missão, definido como “Balanço de Comunhão”. Tema: O diálogo. Para saber mais, entrevistamos os Conselheiros da área de Economia e Trabalho do Centro Internacional do Movimento, Ruperto Battiston e Geneviève Sanze.

Há um ano, em janeiro de 2023, em Roma (Itália) no “Focolare meeting point”, foi apresentado o primeiro “Balanço de Comunhão” do Movimento dos Focolares, uma panorâmica das atividades e das iniciativas promovidas pelo Movimento no mundo no biênio de 2020-2021. Este ano, o Movimento apresenta um novo Balanço de Comunhão relativo ao ano de 2022, centrado no tema do diálogo que publicamos neste site. O documento nasce como uma verdadeira narrativa, não só da partilha espontânea de bens, mas de experiências e exigências inspiradas pelo amor evangélico que se torna um caminho de vida. Falamos com Ruperto Battiston e Geneviève Sanze, conselheiros da área de Economia e Trabalho do Centro Internacional do Movimento dos Focolares.

Ruperto, quais são os objetivos que este texto se propõe a atingir? Existe uma continuidade entre o balanço anterior e este?

Esses balanços de missão nasceram da exigência de fazer com que todos participem mais e saibam o quanto se faz concretamente com a comunhão de bens entre todos os membros do Movimento dos Focolares e com contribuições que pessoas ou instituições desejam compartilhar conosco. Eles são endereçados, em primeiro lugar, a todos os membros do Movimento dos Focolares, com gratidão pelos frutos que a vida e o trabalho de tantas pessoas em todo o mundo continuam a gerar e com gratidão a Deus por quanto faz e continua a fazer. Também é dirigido a todos os que querem nos conhecer e colaborar ativamente por um mundo mais fraterno e mais em paz. Por isso escolhemos o nome típico e talvez um pouco incomum de ‘Balanço de Comunhão’, afinal é aquele que nos parece que exprime melhor a nossa experiência de caminhar juntos em direção a um mundo unido. Este é o segundo ‘Balanço de Comunhão’ e se refere às atividades sustentadas pela comunhão de bens compartilhada a nível internacional, e aos dados contábeis de 2022 do Centro internacional do Movimento dos Focolares, ou seja, a parte da comunhão de bens que chega ao Centro do Movimento em Rocca di Papa (Itália). Este Balanço segue aquele de 2021 no qual foram evidenciadas as múltiplas atividades que as comunidades do Movimento dos Focolares realizam no mundo em todos os campos e aspectos. Para 2022, nos concentramos em um documento mais temático sob a ótica específica do diálogo, oferecendo um apanhado do quanto se busca levar para a sociedade, no caminho em direção à fraternidade, àquela unidade na qual as diversidades podem enriquecer, criando colaborações em harmonia. Este Balanço, portanto, se coloca como um instrumento de comunhão aberto e participativo ao qual cada um pode adicionar uma página, uma história, uma sugestão. “Em Diálogo” com a humanidade e com o nosso planeta.

Geneviève, de que modo o tema do diálogo, coração deste texto, se insere neste instrumento informativo?

Achamos que é interessante retomar o que se encontra na introdução: “Estar em diálogo é a característica de todas as pessoas e de todos os projetos que se reconhecem no Movimento dos Focolares e se inspira na sua espiritualidade de comunhão. Portanto, não é só fazer, mas viver sustentado e alimentado pela escuta, pelo acolhimento, pela compaixão, pela caridade, pela misericórdia, como é sintetizado no princípio fundamental de todas as culturas e religiões: a assim chamada Regra de ouro ‘faça aos outros aquilo que gostaria que fizessem a você’.”. O Balanço de Comunhão quer contar como se contribuiu, com muitos no mundo, para sanar as feridas das divisões e das polarizações e a avançar no caminho da fraternidade evangélica, e expressamos o diálogo em 5 grandes diretivas: na Igreja Católica, entre as Igrejas cristãs, no campo do diálogo inter-religioso, com pessoas sem um referencial religioso, nos diversos âmbitos culturais. Essas diretivas são para nós caminhos-mestres para a fraternidade. Chiara Lubich definia os diálogos como ‘as autoestradas para o mundo unido’. Não foi fácil recolher e escolher entre as tantas iniciativas, pequenas e grandes, mas todas importantes, porque são sementes do futuro, e portadoras de uma mudança concreta nas relações entre as pessoas e que melhoram a atmosfera do mundo. Nós mesmos ficamos surpresos com a quantidade de iniciativas e do florescer desta vida, que talvez não faça barulho, mas sustenta o mundo e constrói relacionamentos novos entre as pessoas. O estar “Em Diálogo” com o outro valoriza as diversidades, evidencia as características de cada um, pede uma escuta profunda recíproca, constrói a paz. O diálogo é, mais do que nunca, atual. Para ler o Balanço de Comunhão, clique aqui.

Maria Grazia Berretta

Do Congo à Bélgica, a viagem de Belamy

Do Congo à Bélgica, a viagem de Belamy

Clip integral da canção – http://www.youtube.com/watch?v=ymXHLfOal4U

Belamy Paluku é originário de Gomae encontra-se por três meses na Bélgica. No seu país, o Congo, faz parte da banda Gen Fuoco, cuja mensagem inspira-se na espiritualidade de unidade, e é também o responsável pelo “Foyer Culturel”, um centro cultural de sua cidade.

Graças aos seus talentos musicais o Centro Wallonie-Bruxelas ofereceu-lhe uma bolsa de estudos para aprofundar a técnica do canto, em Verviers, na Bélgica. Belamy é compositor e suas canções evidenciam a busca da paz, do diálogo e o valor do sofrimento.

A mais conhecida é “Nous couleurs et nos saveurs” (“somos nossas cores e sabores”) e é um convite a valorizar as cores e os gostos dos diferentes povos, porque “um mundo com uma só cor e uma única comida seria muito pobre”.

No vídeo vemos uma entrevista com o jovem musicista e uma jovem belga.

Belamy, você é de Goma, atualmente está na Bélgica, para um intercâmbio e uma especialização como músico. Como você se sente numa cultura tão diferente?

Conheço pessoas de várias origens, e me dou conta de que todos têm sempre algo a oferecer ou a receber dos outros. Nem a cultura nem a língua podem impedir a convivência, a comunicação.

Entrevista com Belamy Paluku

E você, Elisabeth, que nasceu na Bélgica, o que significa para você acolher aqueles que chegam de vários lugares do mundo?

É verdade, na Europa, e de modo especial em Bruxelas, há uma riqueza imensa de culturas e nacionalidades. Eu vivi com jovens do Movimento dos Focolares da Síria, Eslováquia, Itália… A arte de amar sempre me ajudou a ir em direção ao outro. Mas acho que não basta viver um ao lado do outro. Como somos muito reservados, o desafio para nós, europeus, é tomar a iniciativa e ir ao encontro do outro, construir pontes, até nos tornarmos uma única família, reconhecendo-nos irmãos”.

Belamy, esse intercâmbio de riquezas inspirou uma de suas canções, não é?

Venho de uma região onde existe sempre o perigo de guerra entre as etnias. Este intercâmbio de riquezas humanas e culturais me parece o caminho para um mundo de partilha e de tolerância. Tomei como ponto de partida as nossas diferenças para gritar ao mundo que juntos, unidos, saberemos revelar o enigma da humanidade.

Belamy Paluku está no Facebook com o nome “Belamusik” (o centro cultural de Goma)

Do Congo à Bélgica, a viagem de Belamy

Novas perspectivas no Direito

O II Congresso Nacional que terà lugar em São Paulo de 25 a 27 de janeiro de 2013, reunirá professores, alunos, magistrados, advogados, promotores de Justiça, interessados em aprofundar uma proposta inovadora: colocar em prática o princípio da fraternidade no Direito como instrumento de transformação social. Com o apoio do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ministério Público do Estado de São Paulo, Escola Paulista de Magistratura, Escola Superior do Ministério Público, Escola da Defensoria Pública do Estado, Associação Paulista do Ministério Público, Comissão Justiça e Paz, Ordem dos Advogados do Brasil/SP. “Diante à crescente onde de violência, do fenômeno da corrupção, de muitos conflitos sociais, está surgindo, não somente no Brasil, a necessidade de um novo enfoque, de uma transformação do direito. Não poucos são os sinais que já se apresentam”, declara Munir Cury, procurador da Justiça do Ministero Publico de São Paulo e Coordenador nacional de “Direito e Fraternidade”. O que é Direito e Fraternidade – É uma rede que reúne estudiosos e profissionais em diferentes áreas do Direito dos diversos Estados Brasileiro. Faz parte da rede internacional “Comunione e Diritto”. Tem em comum o compromisso de aplicar a categoria da fraternidade para desenvolver e disseminar uma nova cultura juridica. Promove e apoia as mais diversas iniciativas baseadas no relacionamento fraterno entre operadores do Direito e entre mundos jurídico e sociedade civil. Dá suporte à formação das consciências. O grupo nasceu em 2001 como resultado de uma intuição di Chiara Lubich (1920-2008), fundadora do Movimento dos Focolares, Prêmio Unesco Educação para a Paz 1996, que deu inicio ao desenvolvimento da “cultura da unidade” e da fraternidade universal nos mais diversos âmbitos de conhecimento, do direito à política (Movimento politico para unidade), da economia (Economia de Comunhao) à comunicacao, saude, pedagogia, ecologia, arte. ____________________________ Para maiores informações:

http://comunionediritto.org/br/ facebook: direitoefraternidade www.focolares.org.br – site internacional: www.focolare.org/pt