As guerras que dilaceram há muitos anos os continentes distantes, afastados por um braço de mar da Europa, entraram em nossa casa, e o terrorismo é a fronteira final com a qual temos que lidar. E na França, após um ano do terrível massacre do Bataclan, volta-se a apostar na paz.
No dia 17 de dezembro 1996, em Paris, Chiara Lubich recebia da Unesco o Prêmio “Educação à paz”, como reconhecimento por difundir e formar, durante toda sua vida, uma cultura de unidade e de paz entre milhares e milhares de pessoas de todas as religiões e latitudes do mundo.
O Movimento dos Focolares, presente na Unesco através da Ong New Humanity, a Direção Geral da Unesco e o Observatório Permanente da Santa Sé, perceberam juntos a importância de testemunhar e reafirmar o compromisso pela unidade e pela paz, propondo um dia rico de reflexões e testemunhos articulados em cinco pontos principais: Educação, Bem Comum, Justiça, Ecologia e Arte.
O tema do evento No mês de abril deste ano, na sede da ONU em Nova York, no seu discurso em um debate temático de Alto nível sobre a promoção da tolerância e da reconciliação, a atual Presidente do Movimento dos Focolares, Maria Voce, propôs «um diálogo que requer a máxima abrangência, que é arriscado, exigente, desafiador, que visa arrancar as raízes da incompreensão, do medo e do ressentimento». O desafio do diálogo é oportuno, é o ponto de partida para construir, dia após dia, as peças do quebra cabeça da paz. Um planeta onde pode haver reconhecimento mútuo das identidades e das diferenças, a reconstrução de um tecido social dilacerado, uma nova atenção às necessidades, à justiça, à dignidade humana e à partilha dos bens.
A própria palavra Paz toma o seu sentido mais profundo na sua raiz do sânscrito, Pak, que significa ligar, unir. Empenhar-se em reinventar a paz significa, portanto, estabelecer laços que exigem o envolvimento de recursos humanos, intelectuais, institucionais. Isso significa pôr em causa a economia global, o direito internacional à educação para a paz em todos os níveis. Valorizar a diversidade cultural, a riqueza individual da cada povo. Formar novas gerações para uma cultura do diálogo e do encontro. Enfrentar concretamente o drama da migração. Proteger o meio ambiente. Combater a corrupção e promover a legalidade em todos os níveis. Deter o aumento dos gastos militares e o comércio internacional de armas. Trabalhar para uma nova estrutura de segurança, estabilidade e cooperação para o Oriente Médio.
Programa e palestrantes Participarão do evento representantes do mundo diplomático, especialistas em relações internacionais e dos processos de paz, membros de Nova Humanidade e do Movimento dos Focolares.
A primeira sessão, intitulada “Chiara Lubich, a educação para a paz”, será apresentada pelo representante da UNESCO e por D. Francesco Follo, Observador permanente da Santa Sé. Seguido por discursos de Maria Voce e Jesús Morán, presidente e copresidente dos Focolares. A segunda sessão, “Cinco caminhos para a educação à paz nos cinco continentes”, será acompanhada por testemunhos de boas práticas no mundo inteiro. Na parte da tarde haverá “Diálogo, remédio para as divisões do mundo”, sessão aberta por Enrico Letta, ex-primeiro-ministro italiano e Presidente do Instituto Jacques Delors. Seguido por dois momentos de confronto sobre religiões, economia e política.
I n f o : Unesco – New Humanity
Roma: Tel: +39 06 94798133/+39 338 2640371; info.unesco2016@focolare.org
Paris: Tél: +33 6 73 78 56 64
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