Há algumas dezenas de anos as manifestações juvenis tinham um significado especial. Atualmente os jovens podem fazer experiências internacionais válidas. Através das redes sociais eles se encontram em nome de ideais comuns. Neste contexto, como vê a função e o significado do Genfest?

Após 12 anos da última edição esse Genfest era muito esperado, por todos no Movimento. E os jovens se propuseram um ano de Genfest, de 1º de maio de 2012 a 1º de maio de 2013, justamente para dizer que dois aspectos fazem parte dele, o da grande manifestação internacional e o da continuidade na vida cotidiana, que eles vivem também na web.

Na mensagem para o dia das comunicações sociais, de 2012 (…) o Papa faz uma análise lúcida das potencialidades e dos limites dos social network, nos quais os jovens vivem, e convida os cristãos a estar presentes neles com criatividade, “porque esta rede é parte integrante da vida humana”. “A web – diz o Papa – está contribuindo ao desenvolvimento de novas e mais complexas formas de consciência intelectual e espiritual, de consciência partilhada”. Por outro lado ele salienta que “o contato virtual não deve substituir o contato humano direto com as pessoas, em todos os níveis da nossa vida”. Disso nós também estamos convencidos (…), os jovens tem sede de relacionamentos autênticos, “globalizantes” eu diria, que envolvam integralmente a pessoa. Somente no contato direto pode-se experimentar plenamente a alegria do encontro com o outro, o desafio e a riqueza da diversidade, a força de um ideal partilhado pelo qual doar-se juntos. O Genfest é um momento em que pode-se ver realizada aquela unidade e fraternidade na qual esses jovens acreditam e pela qual se comprometem.

O Movimento coloca-se diante desse desafio com a consciência de que o dom que Deus que lhe fez, o carisma da unidade, está mais do que nunca ligado ao chamado da humanidade a viver como uma única família, numa interdependência e solidariedade que esta nova situação cultural acelera e sublinha (…). Esse Genfest, não apenas como manifestação, mas como fenômeno de compartilhamento que os jovens iniciaram na preparação e prossegue com os projetos concretos, é um passo importantíssimo, uma experiência que trará estímulos notáveis. E é interessante, sobretudo, prosseguir com esta reflexão, jovens e adultos juntos.

Até agora os Genfest foram feitos sempre em Roma. A escolha de um país da Europa Central, a cidade de Budapeste, contém uma mensagem especial?

Certamente, muito forte! Para o Movimento trata-se, antes de tudo, de uma fase decididamente nova, na qual vemos a necessidade de descobrir, todos juntos, as riquezas e peculiaridades que cada povo e país pode oferecer no concerto global (…). A Hungria, e a cidade de Budapeste em particular, tem justamente no DNA da própria história a busca da unidade na diversidade: Budapeste é uma cidade-ponte por excelência. Creio que este lugar seja favorável para lançar hoje uma mensagem de fraternidade possível, salvando as riquezas de cada um.

Logo após o término do Genfest, como tracejaria um balanço dele?

(…) Parece-me que uma das características desse Genfest seja exatamente ter dado um novo impulso à confiança recíproca e complementaridade entre gerações, que tem muitas coisas a nos ensinar. (…) Posso dizer que ele me deixa uma grande alegria e esperança por ter visto o radicalismo e o empenho concreto desses jovens. Eles acolheram com grande participação o convite a mirar alto, a estar do lado de Deus e dar a própria contribuição insubstituível à sociedade, arriscando tudo, começando concretamente a amar cada próximo, sem esperar. A passagem alegre e luminosa deles transformou Budapeste e muitos perceberam isso e agradeceram a eles, unindo-se à marcha. O retorno aos vários países de onde vieram levará uma nova onda de amor e de alegria ao mundo inteiro.

Fonte: Tünde Lisztovszki/Magyar Kurír: http://www.magyarkurir.hu/node/41764


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