Arthur George Baum foi para o Céu no dia 14 de fevereiro de 2021 aos 92 anos, em Augsburg, na Alemanha.

Ele nasceu em 18 de maio de 1928, em Hinckley, uma cidade do Condado de Leicestershire, no coração da Inglaterra. Solteiro, Voluntário de Deus e membro do Centro Internacional dos Voluntários, do Movimento dos Focolares, por muitos anos trabalhou na Rádio Vaticano, deixando de si muitas boas lembranças.

No último mês de sua vida terrena encontrava-se numa casa de saúde, tendo sido operado do fêmur após uma queda.

Foi um dos primeiros Voluntários de Deus e fez parte do primeiro núcleo no Centro Internacional dos Voluntários.

Uma particularidade sua era o humor, obviamente do tipo inglês; mas era também muito organizado, poderíamos dizer como um alemão, e preciso como um suíço, mas, principalmente, conseguia superar os obstáculos com a genialidade de um italiano. A respeito do seu senso de humor, Hèctor Lorenzo (Voluntário e amigo de Arthur), conta que era assim inclusive em situações físicas trágicas. Uma noite, depois das 23 horas, recebeu um telefonema: “Aqui é o Arthur, estou com uma hemorragia na perna”. Hèctor correu para o seu apartamento, com sua esposa e o filho, e depois do primeiro socorro chamaram logo uma ambulância. Já na rua, deitado na maca e antes de entrar na ambulância, Arthur tirou do rosto o cobertor que o protegia do frio e disse: “Sabe, está faltando uma coisa”. Héctor perguntou: o que? E ele: “o meu chapéu!”.

Com satisfação ele tinha se transferido para a Alemanha, há cerca de 10 anos. Quem conheceu Arthur sabe que ele amava os ventos fortes da Irlanda e do norte da Inglaterra, se emocionava diante de uma flor, cantava os cantos do Tirol e algumas melodias de Elvis Presley, se regozijava com o silêncio das igrejas góticas ou do canto gregoriano, apreciava o vinho quente no inverno e produzia pequenas quantidades de hidromel, que sempre compartilhava com seus amigos. E o mesmo fazia com o gulasch quente e alguns pratos da cozinha oriental.

Arthur possuía a grande exigência de construir uma forte unidade no núcleo dos Voluntários: era sempre o primeiro a querer bem a todos e gerar o amor mútuo, criando um diálogo íntimo de misericórdia.

Hèctor nos conta: “Eu fui companheiro de núcleo do Arthur, no Centro dos Voluntários, e como morava, com a minha família, ao lado do apartamento dele, nós fomos enriquecidos pela sua personalidade especial e o seu testemunho evangélico. O nosso filho, Julián, dizia que Arthur é o seu nome, mas poderia ser chamado Humildade, Generosidade, Acolhida”.

Arthur foi um homem distinto, de palavras essenciais, com uma religiosidade íntima. Sabia passar de reflexões sérias a uma ironia sadia, para distinguir as atitudes construtivas de outras inúteis ou nocivas. O seu sorriso eloquente falará sempre de gratidão.

Lorenzo Russo

 

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