Sábado, o Centro de Convenções estava repleto por mais de 5 mil pessoas, entre os quais muitos jovens. Participaram cerca de 40 políticos (prefeitos, deputados e senadores), além do bispo da cidade, Dom Mariano De Nicoló. Chiara Lubich foi apresentada por Sérgio Zavoli como “rica de seu carisma interior e, ao mesmo tempo, dotada de um sistema de valores que penetra também na dimensão política da realidade cotidiana”, “testemunha e protagonista de uma nova e refletida esperança”.

Esperança bem expressa na mensagem da fundadora do Movimento dos Focolares, centralizada na “Fraternidade e paz para a unidade dos povos”. Três palavras definidas por ela como “extremamente atuais, porque depois do trágico 11 de setembro, sua absoluta necessidade penetrou paradoxalmente na consciência de muitos”. Citou as “várias redes que já existem e que unem os povos, as culturas e as diversidades”, graças às dezenas e dezenas de Movimentos e Comunidades eclesiais em expansão não somente na Europa, mas no mundo inteiro.

Chiara dá um exemplo concreto: o “Movimento da Unidade”, expressão do Movimento dos Focolares, surgiu em 1996, formado por políticos que assumem a fraternidade como categoria política. “Não se trata de um novo partido, mas é portador de uma cultura e de uma práxis política nova”, que torna possível, por exemplo, o diálogo entre a situação e a oposição. “Quem está no governo reconhece a contribuição positiva da oposição e favorece o papel de controle. A oposição é conduzida através de uma crítica construtiva que não busca dificultar a ação do governo, mas corrigi-lo para que melhore. Favorecendo, desta forma, a busca de uma melhor solução para a comunidade, que estará plenamente garantida somente se governo e oposição desempenham, na melhor forma possível, seus próprios papéis”. Falou sobre “resultados políticos relevantes” como “entre as facções opostas da Irlanda do Norte”.

Indo à raiz das causas do terrorismo, aprofundadas nos meses sucessivos aos atentados nos Estados Unidos, citou como “fundamentais” o desequilíbrio no nosso planeta, entre os países pobres e países ricos, desequilíbrio que requer uma maior partilha dos bens. Será impossível “até quando a humanidade não for imbuída de um desejo ardente e de um forte empenho pela fraternidade universal”.

O Professor Stefano Zamagni apresentou o projeto da Economia de Comunhão, lançado por Chiara Lubich há mais de dez anos, que inspira a administração de mais de 750 empresas no mundo; definido por ele como “um novo paradigma econômico”. Seguiu-se a apresentação do projeto do Pólo Empresarial, que em breve será concretizado, próximo à Mariápolis de Loppiano (Itália).

Jorge Braga de Macedo, Presidente do Centro de Desenvolvimento ECOSOC (Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento, junto a ONU) falou de uma proposta “muito importante para os economistas que trabalham para o desenvolvimento dos países menos favorecidos”.
O Prefeito de Rimini, Ravaioli, numa entrevista à revista Cittá Nuova, comentou: “Hoje, Chiara nos mostrou – e Rimini está orgulhosa por ter lançado esta mensagem – que são necessários novos instrumentos. E este da Economia de Comunhão e da fraternidade e unidade entre os povos – é um instrumento novo, um passo concreto para a realização de um novo caminho rumo à paz e à unidade”.

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