13 Out 2017 | Focolare Worldwide
Curitiba, capital do Estado do Paraná (Sul do Brasil), ficou famosa internacionalmente pelas suas inovações urbanísticas e cuidado com o meio ambiente e em ser ecologicamente sustentável. Também conta com elevada posição nos indicadores de educação, a menor taxa de analfabetismo e a melhor qualidade na educação básica entre as capitais. A Universidade Federal do Paraná é a primeira do Brasil. Nesta capital dos primados, devido a um longo e profícuo caminho ecumênico entre católicos e luteranos, a Comissão de Diálogo Bilateral Católico-Luterano, da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso da CNBB e do Núcleo Ecumênico e Inter-religioso em colaboração com a Universidade Catolica do Paraná – PUCPR, escolheram a “Cidade Verde”como Sede do Simposio Mariológico ecumênico nos dia 1,2 e 3 de setembro.
Duas datas motivaram a realização do evento: A primeira foi a comemoração dos 300 anos da descoberta, nas águas do rio Paraíba do Sul, da estátua de Nossa Senhora de Aparecida.O povo brasileiro conhece bem a história de alguns pobres pescadores que, em 1717, depois de um dia de pesca mal sucedido, em vista de um grande banquete organizado durante a visita do governador do Estado de São Paulo, lançaram novamente as redes no rio. Para a surpresa deles, veio na rede uma pequena estátua de “Nossa Senhora” coberta de lama, primeiro o corpo, depois de outras tentativas rio abaixo veio a cabeça. Os pescadores que antes não tinham conseguido pescar nada, encheram suas redes com uma quantidade abundante de peixes. A segunda data é o quinto centenário da Reforma Protestante, cujas celebrações foram lançadas em conjunto com o histórico evento de Lund, em outubro de 2016, por igrejas católicas e luteranas no espírito de comunhão, diálogo e ação de graças. O Simpósio de Curitiba enquadra-se, portanto, dentro de um importante caminho ecumênico. Entre os muitos participantes, entre eles havia quatro bispos católicos, cinco pastores sinodais luteranos, especialistas em ecumenismo na Conferência Episcopal Nacional no Brasil, responsáveis pelo ecumenismo nas regiões episcopais e muitos teólogos, religiosos, sacerdotes e leigos , incluindo alguns membros do Movimento dos Focolares.
O bispo Dom Biasin, presidente da Comissão Ecumênica, convidou como um dos relatores o teologo focolarino Hubertus Blaumeiser, docente da Universidade Gregoriana de Roma, especialista na teologia de Lutero. O tema principal que fundamentou as conferências do Simpósio foi o comentário de Martinho Lutero sobre o Magnificat. Publicado recentemente em co-edição luterana e católica. Minha tarefa – escreveu Blaumeiser – foi realizar duas palestras introdutórias sobre Lutero, um estímulo para conhecê-lo e estudá-lo mais profundamente. A palestra de Blaumeiser foi muito apreciada, pois ele, vindo de Roma, sendo católico, perito em Lutero e fazendo parte do Movimento dos Focolares, expôs de maneira clara e atraente pontos do pensamento de Lutero que são atuais e renovadores, como também fez uma síntese sobre o ponto atual do diálogo entre católicos e luteranos, evidenciando o maravilhoso caminho que tem se desenvolvido ultimamente Como se verificou, espera-se de poder promover entre as duas igrejas uma declaração comum, prevista para o fim das celebrações do centenário. Blaumeiser foi então recebido como hóspede na cidadela do Movimento dos Focolares – Mariápolis Ginetta, onde pode relatar sua experiência vivida em Curitiba, com transmissão ao vivo em mais de 650 pontos nas regiões sul e sudeste do Brasil. Entre os presentes, estavam os bispos metodistas Nelson Leite e Adriel de Souza, o prefeito de Vargem Grande Paulista e membros de várias igrejas. A transmissão também foi muito apreciada pelos jovens, afascinados por essa visão do ecumenismo como uma oportunidade para descobrir os tesouros que várias tradições cristãs preservam. Como um dom para todos.
12 Out 2017 | Sem categoria
Na carta enviada naquela ocasião a Chiara Lubich, inspiradora de Sophia, o prefeito da Congregação para a Educação Católica evidenciava a novidade do Instituto “que nasce das raízes da espiritualidade da unidade e das ricas experiências do Movimento” e fazia os melhores votos para “este projeto importante, bem fundamentado na tradição acadêmica, mas, ao mesmo tempo, corajoso e com grandes perspectivas.” Após dez anos, a comunidade acadêmica recorda com gratidão o caminho percorrido e apresenta as linhas estratégicas que definem as próximas etapas futuras, na plena fidelidade à missão que esboçou o perfil de Sophia. Assim, na cerimônia de inauguração, haverá um evento de particular importância: a abertura oficial da atividade do novo Centro Acadêmico Sophia Global Studies. Programa
12 Out 2017 | Sem categoria
A crise que nasceu ao redor do programa nuclear da Coreia do Norte e da reação do governo dos Estados Unidos gerou o temor de uma possibilidade concreta de conflito nuclear. O antigo provérbio latino “Se queres a paz, prepara-te para a guerra” atualmente não tem mais sentido. As consequências de um conflito, considerando o uso de armas nucleares, seriam destruidoras para o planeta inteiro. A paz deve ser estabelecida a todo custo onde foi rompida e deve ser mantida onde já foi alcançada. Nos membros do Movimento dos Focolares cresce a consciência do papel que cada um, pessoalmente e comunitariamente, tem neste processo. Além das orações não faltam os envolvimentos de diferentes maneiras neste esforço comum, muitas vezes inspirados por iniciativas de outras organizações ou movimentos com os quais os Focolares colaboram. Neste sentido não podemos deixar de recordar o quanto a amizade espiritual entre Chiara Lubich e Nikkyo Niwano, fundador do movimento budista japonês Rissho Kosei kai, contribuiu na causa da paz e para formar as novas gerações a este valor. “Não obstante existam dificuldades, a nossa colaboração gera a esperança de que seja possível trabalhar todos juntos pela paz”, escreveu Niwano a Chiara. Por ocasião do 50° aniversário do nascimento dos Focolares, o fundador do movimento budista e seu filho, Nichico, renovaram este empenho comum para “tornar a nossa família humana mais unida.” A Rissho Kosei kai expressou-se também nos últimos dias por meio de um comunicado oficial que a presidente designada, Rev. Sra. Kosho Niwano, enviou a líderes do mundo inteiro, políticos e religiosos, renovando o empenho do seu movimento em continuar tentando todas as formas para que a paz seja preservada na península coreana. O apelo se inspira no pensamento do fundador Niwano que, por ocasião do seu discurso na Assembleia das Nações Unidas, em 1978, em um clima de plena Guerra Fria dirigiu-se aos representantes dos EUA e da URSS nesses termos: “Ao invés de arriscar com as armas, por favor, arrisquem pela paz e pelo desarmamento.” Niwano – como muitos líderes religiosos do seu tempo, entre eles Paulo VI, João Paulo II e também Chiara Lubich – tinha intuído o papel que as religiões podem exercer para realizar e manter a paz mundial. A mensagem enviada pela Sra. Niwano também a Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, é proveniente da filha de um povo que sofreu de maneira indescritível durante o último conflito mundial, e coloca os líderes políticos do mundo diante do perigo dos efeitos das sanções que poderiam causar reações imprevisíveis. Também no Ocidente se procura sensibilizar as pessoas quanto ao perigo de uma ampliação nuclear. Por ocasião da comemoração da Jornada de Oração pela paz, instituída por João Paulo II em 1986, o Comitê por uma Civilização do Amor organizou uma reflexão com o título “Projeto de pacificação da área coreana.” Trata-se de um simpósio que se realizará no Sacro Convento de Assis (Itália), no próximo dia 28 de outubro. Leia o comunicado original
11 Out 2017 | Focolare Worldwide
“Passamos três dias com os refugiados Karen, em Mae Sot, na fronteira com Mianmar. Uma experiência muito intensa, como todas as experiências quando se entra e contato com o sofrimento das pessoas.” A narrativa é de Luigi Butori. Ele vive há muitos anos no sudeste asiático, em um dos focolares daquela região. “Nós carregamos em uma Van mais de 30 caixas grandes recebidas da Itália e, com Glauco e Num, um gen budista, empreendemos a viagem. Já se tornou um hábito: a cada três ou quatro meses fazemos esta viagem de quase 500 km.” Mae Sot é uma cidade da Tailândia, nas proximidades da fronteira com Mianmar. É um importante ponto de ligação com o país limítrofe, lugar de abrigo para muitos refugiados e imigrantes, que ali vivem em péssimas condições econômicas e sociais. “Este é o nosso povo”, escreveu Luigi. Entre eles, quem tem um trabalho nas empresas agrícolas ou nas indústrias da região, às vezes, é também vítima da exploração e recebem salários de fome. Mas, na condição de clandestinos, não podem reclamar pelo direito à segurança e nem a um salário digno. Uma multidão de refugiados encontra abrigo nos campos montados por numerosas organizações internacionais que atuam na área de fronteira, no território tailandês. Entre as dezenas de etnias perseguidas encontram-se muitas pessoas do povo Karen. A história deles não é muito conhecida: história de um povo, simples, agricultores e que são obrigados a fugir. Este é um dos muitos conflitos étnicos ignorados pelos meios de comunicação que o classifica como “Conflito de Baixa Intensidade.”
“Tínhamos planejado esta viagem com o padre Joachim, um sacerdote birmanês que mora em Mae Sot. Jim, outro focolarino de Bangcoc, juntou-se a nós, chegando de manhã depois de uma viagem de 10h de ônibus, passando por muitas barreiras e postos de controles durante a noite. Todas as vezes que chegamos a Mae Sot parece-nos entrar em outro mundo: ali os valores são outros. No lugar do consumismo e das comodidades, encontramos pessoas que não possuem nada, mas, que são felizes pelas poucas coisas que doamos; coisas que recebemos de muitos amigos, próximos e distantes. Em Mae Sot as pessoas sabem que vamos ali motivados somente pelo amor fraterno. Mais de uma vez eles nos disseram: “Este amor que vocês trazem é o que nos dá sentido para continuar a viver e ter esperança.” Fizemos refeições juntos e comemos a mesma comida deles e só este fato já é um grande testemunho. Uma tarde passamos em meio a plantações de milho, um lugar que eu poderia definir em meio “ao nada”, havia muito barro e a nossa Van quase atolou. Tudo isto para buscar uma família católica e, em seguida, retomar o caminho para outro lugar onde estavam reunidos 40 católicos para a Santa Missa. Estava escuro, chovia e o lugar estava cheio de pernilongos: estávamos abrigados sob uma grande lona e havia só uma lanterna. Espontaneamente eu pensei nas belas catedrais de Roma, onde eu morei por cinco anos. Pensei nos quadros, nos órgãos e nos belos lustres. E aquele local apenas coberto, com muitos pernilongos, com aquela luzinha fraca e todos nós sentados no chão me pareceu, nos pareceu uma basílica romana. Porque Jesus estava espiritualmente conosco, estava entre aquelas pessoas que nada têm.”
Há alguns anos Luigi tornou-se o ponto de referência da atividade que liga as crianças Karen, de Mae Sot, às crianças de Latina e a grupos de amigos de Lucca, (Itália) e de Poschiavo, (Suíça). Com os fundos e materiais arrecadados foi possível construir e iniciar o funcionamento de uma pequena escola, chamada “Gota a Gota”. Alguns alunos do ensino fundamental, da Escola Carlo Goldoni, de Latina, escreveram: “Nós, do quarto ano encontramos Luigi e ficamos felizes ao revê-lo, mas, estávamos também ansiosos para ter notícias dos nossos amigos Karen e da escola deles. Luigi nos trouxe fotografias e informações sobre o andamento das coisas em Mae Sot. Ficamos surpresos com uma coisa: o que para nós é muito normal, como um banheiro ou uma ponte de madeira, para eles é fundamental para melhorar a vida cotidiana. Graças ao Projeto “Gota a Gota” podemos construir uma ponte de solidariedade com os nossos amigos que estão distantes.”
10 Out 2017 | Sem categoria
O evento se articulará em dois momentos. De manhã, às 09h00min, no Salão Nobre do Instituto Universitário Sophia, se realizará um fórum, em língua inglesa, com o título Perspective on Global Transformations, que marcará o início oficial de Sophia Global Studies. À tarde, às 17h00min, no Auditorium di Loppiano, será realizada a cerimonia oficial de inauguração do ano acadêmico, que será enriquecida por um momento de reflexão sobre os novos desafios que se apresentam ao Instituto Sophia. Programa