16 Dez 2017 | Sem categoria
Hoje o calor do Natal nos leva a sentirmo-nos todos, ainda mais, uma só família, mais unidos, mais irmãos. Leva-nos, portanto, a compartilhar tudo, alegrias e dores. Principalmente as dores, com aqueles que, nas mais variadas circunstâncias, estão passando este Natal face a face com o sofrimento: uma doença, uma desgraça, uma provação cruel, uma circunstância dolorosa. […] Se olharmos para o sofrimento com olhos meramente humanos, seremos tentados a procurar a sua causa em nós, ou fora de nós, na maldade do homem, por exemplo, ou na natureza, e assim por diante. “Aquele desastre foi culpa de tal pessoa; aquela doença é culpa minha; aquela provação dolorosa é por causa daquela outra pessoa”… E tudo isso pode até ser verdade, mas se pensarmos apenas desta maneira, esqueceremos o mais importante: esqueceremos que, por trás do maravilhoso enredo da nossa vida Deus está presente, com o seu amor, que tudo quer ou permite por motivo superior, que é o nosso bem. […] O que dizer hoje a todos aqueles membros do Movimento que se debatem no sofrimento? O que desejar a eles? Como comportar-nos com relação a eles? Aproximemo-nos deles, antes de tudo, com sumo respeito, pois, mesmo que ainda não o saibam, neste momento eles estão sendo visitados por Deus. Depois, compartilhemos com eles, tanto quanto possível, suas cruzes, o que significa: “Tenhamos Jesus no meio” com eles de modo concreto. Asseguremos a eles também que estarão presentes continuamente em nossa lembrança, em nossa oração, a fim de que saibam receber diretamente das mãos de Deus tudo aquilo que os angustia e os faz sofrer. Ajudemos ainda para que eles se lembrem sempre do valor do sofrimento e recordemos a eles aquele maravilhoso princípio cristão, através do qual uma dor, quando amada como um dos semblantes de Jesus Crucificado e Abandonado, pode transformar-se em alegria. […] Cientes de que aqueles que se propõem a caminhar na estrada de Deus não podem esquivar-se da dor, desejamos a todos que saibam acolher com amor, com grande amor, toda pequena ou grande dor que encontrarem pelo caminho da vida, para doá-la ao Menino Jesus […], assim como fizeram os Reis Magos oferecendo-lhe seus dons. Será o melhor incenso, o ouro mais precioso, a melhor mirra que poderemos colocar junto ao presépio. Chiara Lubich, 25 de dezembro de 1986
15 Dez 2017 | Focolare Worldwide
«Por quanto seja rica a África, outros parecem se beneficiar mais do que ela com estas riquezas. Ao conceder contratos de extração dos minerais às multinacionais, por exemplo, existe um jogo de interesses, em que ‘remunerações’ e ‘compromissos’, ‘ajustes’ e ‘agradecimentos’ têm como consequência a exploração do país produtor, sem um verdadeiro aumento do nível de vida das populações». Raphael Takougang, advogado camaronense de Comunhão e Direito, pinta com fortes pinceladas o quadro da realidade que se vive hoje na África: «A corrupção na África não é apenas obra de cidadãos individualmente, mas é sobretudo um modo consolidado com o qual as potências econômicas “criam” e apoiam déspotas, desde que estejam prontos a proteger os seus interesses, com a cumplicidade silenciosa da comunidade internacional». Quem paga são sempre os mais pobres. Takougang não se limita somente às denúncias, aliás, apesar de tudo se demonstra otimista «porque está nascendo uma nova geração de líderes políticos na África, que entendeu que … deverá ser principalmente o cidadão a controlar a ação de quem o governa … para garantir a defesa dos direitos fundamentais dos povos africanos à vida, à educação, à saúde, ao bem espiritual e material». Patience Lobé, engenheira – responsável mundial das voluntárias que, junto com os voluntários, animam Humanidade Nova – durante todo o seu mandato como dirigente no Ministério das Obras Públicas na República dos Camarões sofreu ameaças pesadas: «Pela concepção africana da solidariedade, quem quer que tem necessidade deve ser satisfeito: por este motivo, passavam continuamente pessoas pelo meu escritório, uns para pedir um emprego, outros para pedir um sustento. Durante a minha permanência como responsável daquele departamento não houve dia em que eu não tenha sido tentada ou ameaçada. A corrupção é um vírus difundido, contagioso, difícil de extinguir. Como todos os vírus, serve uma vacina para poder debelá-lo. A vacina poderia ser representada por uma verdadeira mudança de mentalidade: a educação a uma cultura diferente da consumista, que encontra, na posse dos bens e no ter, o único caminho para a felicidade».
Do mesmo modo, não é fácil iniciar percursos e boas práticas no campo da luta contra a ilegalidade na gestão do dinheiro público. Françoise, funcionária francesa do Ministério das Finanças, conta: «Pela variedade das situações, dos serviços públicos e das questões que devo tratar não é sempre fácil manter o discernimento, defender a legalidade, apoiar as boas práticas de gestão ou simplesmente ser coerente com os princípios de honestidade (inclusive intelectual), retidão, cooperação e solidariedade com os colegas. Mas a experiência de trabalho, no decorrer dos anos, me confirmou que, cada vez que fui fiel a estes valores, descobri sempre novos horizontes, novos modos de fazer, as situações se resolveram e a unidade entre instituições e pessoas foi possível». Paolo, dirigente na Prefeitura de uma grande cidade italiana, acrescenta: «Não devemos esquecer que, como funcionários públicos, a nossa função primária é a de nos dedicarmos ao bem da coletividade em todos os seus aspectos, assumindo o peso das responsabilidades que derivam disso. Cada ação deve ser conforme a princípios e valores sem os quais não se pode viver juntos, favorecendo o bem-estar e o progresso humano de todos os cidadãos». Luta contra a corrupção, portanto, mas não só. Difusão de boas práticas, respeito pelos direitos do cidadão e pelas suas necessidades, mas também acolhida, capacidade de se pôr em rede com outras instituições: são estes os grandes desafios para quem trabalha na Administração Pública. Disto estão convencidos os participantes do congresso, que os assumiram como próprios para continuar a levá-los em frente cada dia. Sementes de uma cultura da legalidade que frutificará, sem fazer barulho, nos seus países.
14 Dez 2017 | Focolare Worldwide
Nasci em Bérgamo (Itália), primeira de quatro filhos de uma bela família com sólidas raízes cristãs. Aos 17 anos frequentava o ensino médio e era empenhada na paróquia. Apaixonava-me o estudo, dedicar-me aos outros, as excursões na montanha. Tinha muitos amigos e uma rica experiência de fé. Era, como na época se dizia, “uma bela jovem” e, no entanto… sempre me faltava algo. Eu procurava algo maior, bonito, verdadeiro. A Itália atravessava anos difíceis marcados pelos atentados das Brigadas Vermelhas, pela crise do trabalho. Meu pai, metalomecânico, recebia um seguro pela redução de trabalho e, em seguida, perdera o emprego. Eu sentia forte a dor das injustiças, das contraposições sociais, o compromisso político por uma sociedade a ser renovada. Passava horas conversando com os amigos, nos confrontando em debates que, no entanto, deixavam o vazio dentro de mim.
Um dia, Anita, uma jovem da paróquia, convidou, eu e minha irmã, para o Genfest que se realizaria em Roma. Ela nos disse que encontraríamos milhares de jovens de outros países e também o Papa. Anita tinha algo especial, uma alegria sincera que lhe brilhava nos olhos e, como ela, outras pessoas da paróquia – o sacerdote, duas catequistas, um seminarista – pareciam ter um segredo: eram sempre abertos a todos, disponíveis, capazes de escuta verdadeira. Com uma boa dose de inconsciência, eu e minha irmã partimos de ônibus com uma centena de jovens da paróquia em direção a Roma e ao Genfest. Por causa de um acidente chegamos tarde ao estádio Flamínio e fomos acabar nas arquibancadas mais altas, sem cobertura e longe do palco onde dominava uma frase: “Por um mundo unido”. Chovia a cântaros e eu estava ensopada. Comecei a me perguntar porque razão me decidi por uma aventura do gênero. Mas logo alguns jovens suíços sentados nos degraus abaixo de nós, nos passaram umas lonas de plástico para nos proteger, nos ofereceram o que comer e binóculos para poder seguir melhor o programa. Falávamos línguas diferentes, mas nos compreendemos logo: experimentei a gratuidade do amor e uma grande acolhida. No campo do estádio, apesar da chuva, se alternavam coloridíssimas coreografias: me parecia ter entrado numa outra dimensão. 40.000 jovens cheios de entusiasmo que chegavam de todos os pontos da Terra, que testemunhavam o Evangelho vivido realmente.
No palco, depois, subiu uma pequena mulher de cabelos brancos. Era Chiara Lubich. Eu a via com o binóculo. Assim que começou a falar, no estádio se fez um profundo silêncio. Eu ouvia arrebatada, mais do que por quanto dizia, pelo seu tom de voz, pela convicção que emanava das suas palavras, por uma potência que contrastava com a sua figura frágil. Falava de um “momento de Deus”, e embora elencando divisões, fraturas, faltas de unidade da humanidade, anunciava um grande ideal: o de um mundo unido, o ideal de Jesus. Ela nos convidava a levar o divino na sociedade, no mundo, através do amor. O discurso durou poucos minutos, e me encontrei como que esmagada por uma emoção nunca experimentada, com o rosto sulcado por lágrimas libertadoras. Saí daquele estádio caminhando num rio de jovens, com uma convicção profunda que – em seguida – nenhum acontecimento doloroso ou difícil pôde abalar: o mundo unido é possível e eu tenho a maravilhosa possibilidade de construí-lo com a minha vida!
Encontrei! Queria viver como Chiara, como aqueles jovens entre os quais estive naquela tarde, ter a sua fé, o ardor deles, a sua alegria. Na manhã seguinte, na praça S. Pedro, o encontro entusiasmante com João Paulo II. Na viagem de volta, eu – super tímida – bombardeei de perguntas as Gen: queria saber tudo sobre elas! Comecei a frequentá-las na minha cidade, e as Gen me falaram do segredo delas: um amor incondicional a Jesus Abandonado em cada dor pequena ou grande, em nós ou ao nosso redor. Compreendi que se tratava de uma experiência de Deus, radical, sem meias medidas; que Ele me chamava a Lhe dar tudo, a segui-Lo. Senti um medo enorme: para mim se tratava de TUDO ou NADA. Nos meses sucessivos ao Genfest, não faltaram sofrimentos e dores fortes. Mas a vida que eu tinha empreendido com as Gen, poder dar um sentido à dor, a unidade entre nós feita de amor concreto, de partilha, me ajudou a ir em frente, para além de todo obstáculo, numa aventura extraordinária que me dilatou o coração. Experimentei que, com Deus entre nós, tudo é possível e a realidade da unidade da família humana que eu sonhara, realizável. Patrizia Bertoncello
13 Dez 2017 | Sem categoria
Trata-se de um curso de preparação para o matrimônio, no Centro internacional de Castel Gandolfo, ao qual são convidados jovens de diversas nações que desejam dialogar sobre os valores que estão na base da vida a dois. De modo interativo e dinâmico serão propostas temáticas como:
- a escolha da pessoa
- a ‘passagem’ do eu ao nós
- a comunicação do casal
- os conflitos e o perdão
- a linguagem do corpo
- fecundidade e procriação responsável
- e muitas outras ainda
Para a elaboração do programa, junto com especialistas de Famílias Novas, contribuíram 4 casais jovens de diferentes nacionalidades: Filipinas, Portugal, Brasil, Itália. Para informações e inscrições: famiglienuove@focolare.org Tel.: +39.06.97608300 ou +39.06.9411614
13 Dez 2017 | Sem categoria
A festividade judaica de Hanukkah, conhecida também com o nome de Festa das luzes ou Festa das lamparinas, que a cada ano inicia no 25º dia do mês judaico de Kislev e se prolonga no mês de Tevet, neste ano iniciará no fim da tarde do dia 13 de dezembro e durará até o dia 20. A festividade recorda a revolta dos Macabeus, no século II a.C., insurgidos em defesa do monoteísmo, da própria terra e dos próprios costumes contra os gregos, que queriam despojar os judeus da sua identidade. Voltando ao Templo de Jerusalém, após a ocupação helênica, para reconsagrá-lo, encontraram lá somente una pequena ampolazinha de óleo, suficiente para apenas um dia. Milagrosamente aquela pequena quantidade de óleo propiciou a luz durante oito dias. Todos os anos, neste período, cada família judaica acende na própria casa a Hanukkiah (o candelabro de nove braços) por oito noites, tantas quantos foram os dias em que a ampola de óleo permaneceu acesa no Templo. O candelabro é posicionado próximo à janela, para que seja bem visível inclusive do lado de fora, como advertência a respeitar sempre a vida e os seus ideais.