A história do Movimento dos Focolares em terra tcheca possui frequentes traços de heroísmo. O ideal da unidade chegou na, então, Tchecoslováquia por volta dos anos 1960, quando reinava o poder comunista soviético. A partir de 1968, ano da Primavera de Praga, sufocada pela ocupação armada, e após a qual o comunismo tornou-se novamente mais opressivo, até 1989 quando teve fim o regime, a história do povo tcheco é marcada por grandes sofrimentos. Mas em meio à clandestinidade e perseguições muitas pessoas começaram a fazer parte do Movimento, e hoje estão presentes mais de 700, vindas de todo o país para o encontro com a presidente dos Focolares. Encontram-se no Palácio da Cultura de Praga, um dos dez setores nos quais a cidade é dividida. Existe emoção, alegria e expectativa, é a festa da “família” que relembra e olha ao futuro. As perguntas a Maria Voce e Giancarlo Faletti foram numerosas. Uma gen 4 perguntou: “O que você sonhava quando era criança?”; e alguns gen 3: “Como você conheceu Deus? O que faria se encontrasse uma família pobre? Porque Deus não interveio quando Hitler matou tantas pessoas?”. Em seguida os adultos, com perguntas sobre o significado das viagens da presidente, sobre como prosseguir com os empenhos que alguns têm na “reconstrução” do país, sobre a vida das comunidades do Movimento e sobre o ativismo. “Viajar é ir encontrar a minha família, e isso é uma grande alegria para mim. Vou para sustentar, encorajar, entender as coisas que fazem”, explica Maria Voce. E não importa que sejam coisas pequenas ou grandes. “Durante a recente viagem à América do Norte – continua a presidente – onde tudo é enorme e, em comparação, a nossa comunidade parece tão pequena, senti que Jesus, presente entre as pessoas que se amam, é uma superpotência”. Este é o convite que faz também aqui, acreditar nessa potência para “chegar a toda a nação. Com este ideal não apenas podemos, mas devemos levar o anúncio da ressurreição ao mundo, levar Jesus conosco, na escola, nas fábricas, no parlamento. É o que de maior podemos fazer”. Na tarde do mesmo dia, 21 de maio, o encontro abre-se também a quem deseja conhecer melhor a “revolução” focolarina. Testemunhos de vida e iniciativas mostram uma vida que envolve pessoas de todas as idades. É feito um balanço da operação “Praga de Ouro”, lançada por Chiara Lubich em sua visita à cidade, em 2001. Não faltou o trabalho para re-evangelizá-la e reanimá-la, e também os frutos. Maria Voce propõe um novo passo: “Chegando aqui respira-se a história e a espiritualidade, que nem mesmo nos anos duros foi destruída, mas coberta e talvez protegida. Aqui não se parte do zero, mas das raízes profundas de quem construiu esta civilização, esta cultura. O passo que devemos dar agora é a nova evangelização, o novo anúncio, feito por pessoas renovadas pelo amor recíproco. O nosso compromisso deve ser anunciar aos outros que Jesus ressuscitou, que todos os sofrimentos foram resgatados. Hoje é tempo de alegria!”. Páginas de uma nova história esperam para serem escritas. E tudo é confirmado por D. Frantisek Radkovský, encarregado pelos leigos na Conferência Episcopal Tcheca: “A Igreja tem grandes expectativas sobre os Movimentos – afirmou em seu discurso – porque são a sua parte mais dinâmica, um dom do Espírito Santo para estes tempos. A nossa sociedade é secularizada, mas agora existe abertura para as coisas espirituais e é importante mostrar com a vida que o cristianismo pode trazer o verdadeiro humanismo. Os Movimentos tem a capacidade de chegar a todos e estão abertos a todos os campos de atuação, desde a família, à educação, à política, à economia, aos meios de comunicação, ao esporte”. Chegando à conclusão, o quarteto, que durante o dia tocou, com qualidade, peças musicais, executa “Missão impossível”. Vem em mente que o é impossível aos homens é possível a Deus. Da enviada Aurora Nicosia [nggallery id=42]
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