Movimento dos Focolares

Argentina: homenagem a Chiara Lubich

Abr 7, 2015

O Parlamento da Província de Córdoba recordou Chiara Lubich no sétimo aniversário da sua morte. A Câmara dos Deputados aprovou o decreto de reconhecimento póstumo da obra da fundadora do Movimento dos Focolares.

20150407-a“Chiara Lubich nos trouxe sensibilidade e doçura, mas, fundamentalmente nos deu, por meio da sua simplicidade, uma grande corrente de amor em relação ao outro. Viver em comunidade, saber partilhar, trabalhar pelo bem comum e conseguir construir a fraternidade também entre as diferentes idéias políticas: esta é a sua mensagem.” Assim expressou-se Alicia Monica Pregno, vice-governadora da Província de Córdoba (Argentina), no contexto do reconhecimento internacional ao legado transmitido pelo pensamento e pela práxis de Chiara Lubich. Durante a sessão do dia 25 de março de 2015 a Câmara dos Deputados daquela Província, aprovou o decreto de reconhecimento póstumo à obra da fundadora do Movimento dos Focolares.

A cerimônia foi realizada na própria sala parlamentar diante de um grande público: deputados de várias facções políticas, representantes do Comipaz (Comitê Inter-religioso para a Paz), jovens das Escolas de Política do Movimento Político pela Unidade, docentes universitários, membros de organizações sociais, entre outros.

dsc0035Os responsáveis dos Focolares em Córdoba falaram sobre a vida e a obra de Chiara Lubich e, imediatamente depois, a vice-governadora convidou os deputados de diferentes partidos a realizar um gesto simbólico, entregando a eles, todos juntos, o decreto e a placa comemorativa. Alicia Monica Pregno explicou as motivações do reconhecimento: a contribuição à edificação da comunidade que a “espiritualidade da unidade” oferece, e acrescentou, que “diante da mensagem de Chiara surgem questionamentos que nos conduzem à reflexão sobre os motivos dos choques, porque nem sempre somos capazes de pensar juntos. Creio que o mundo é chamado a caminhar rumo a um destino melhor, na medida em que deixamos de lado os interesses pessoais e nos dispomos a resolver as discussões com olhares comuns. Trata-se de um grande desafio nesta época marcada por um grande individualismo”.

Em seguida a palavra foi dada ao Pastor Raffa, representante do Comipaz, que evidenciou a contribuição do carisma de Chiara “ao nascimento deste Comitê desde o seu início”; e a Soher El Sucaría, hoje militante política, depois de ter descoberto – por meio da experiência vivida no Comitê Inter-religioso pela Paz – o valor do serviço que este presta.

dsc0043Houve depois alguns testemunhos de cidadãos que narraram fatos de transformações pessoais e de empenho na vida pública: organizar-se com todos os vizinhos para tratar das questões do bairro, assumir compromissos políticos no âmbito provincial ou nacional.

Esta parte do programa foi realizada por meio de duas mesas-redondas. A primeira “Fraternidade, semente de transformação social”, da qual participaram Estela Daima, diretora da Cáritas no Departamento de Rio III, onde funciona uma empresa de produção de pães na qual trabalha 40 mulheres, e Paola Chávez, secretária da associação Fazenda da Esperança (com o testemunho de Agustina, jovem “recuperada” graças à Fazenda) e Ricardo Galli, economista e empresário da Economia de Comunhão.

Na mesa redonda intitulada “Contribuição da fraternidade na política. Experiências e desafios”, Laura Blanco, militante socialista, apresentou as Escolas de Política realizadas naquele Parlamento, com o empenho pessoal de viver a fraternidade na vida política. Discursou também o prefeito de Mina Clavero, Julio Bañuelos e um militante da Democracia Cristã e funcionário público, Guillermo Castillo.

Em todos os participantes cresceu a certeza que a fraternidade vivida como “categoria política” pode dar respostas aos desafios de hoje para favorecer a construção de sociedades mais justas e fraternas. Na conclusão, a vice-governadora manifestou a sua alegria pelo fato de que o Parlamento de Córdoba é a sede das Escolas de Política para os jovens e evidenciou os esforços que já se fazem para viver concretamente a fraternidade dentro daquele Parlamento.

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