Movimento dos Focolares
Estados Unidos: Focolare Media e Focolare Foundation

Estados Unidos: Focolare Media e Focolare Foundation

A Focolare Media reúne as expressões mediáticas (Editora New City Press, Jornal Living City, redes sociais e comunicação) do Movimento dos Focolares na América do Norte. A Focolare Foundation nasceu para responder ao apelo de Chiara Lubich ao Movimento na América do Norte para uma maior partilha e redistribuição dos recursos financeiros.

Durante a sua visita aos Estados Unidos, em maio de 2025, Margaret Karram e Jesús Morán (Presidente e Copresidente dos Focolares) encontraram-se com os dois Conselhos de Administração.

Paz para Gaza

Paz para Gaza

O evento terá lugar na segunda-feira, 22 de setembro de 2025, às 19h30 (hora italiana), na praça Santa Maria in Trastevere, em Roma (Itália). Está prevista também uma ligação por vídeo de Jerusalém com o cardeal Pizzaballa. Acompanhe a transmissão ao vivo aqui

Estados Unidos: reencontrar a unidade num mundo polarizado

Estados Unidos: reencontrar a unidade num mundo polarizado

A violência – também verbal – parece ser cada vez mais uma característica da nossa época. Nas redes sociais, as divisões tornam-se virais e criam ainda mais ódio, acentuam as polarizações e fecham o diálogo. Não é fácil sair desse circuito. Phil e Laura são norte-americanos: Phil mora em Tucson, no Arizona, e Laura é de Boston. Politicamente, eles estão em lados opostos, mas compartilham o carisma da unidade e o compromisso de viver o Evangelho todos os dias. Aqui, eles contam como descobriram que não apenas a palavra, mas também a escuta sincera, podem abrir brechas nas paredes das convicções mais obstinadas.

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François-Xavier Nguyen Van Thuan: testemunha da esperança

François-Xavier Nguyen Van Thuan: testemunha da esperança


François-Xavier Nguyên Van Thuân nasceu em Hué (Vietnã) no dia 17 de abril de 1928 em uma família profundamente católica. Ordenado sacerdote em 1953, dedicou-se com zelo à formação de seminaristas, distinguindo-se como professor, reitor e guia espiritual. Nomeado bispo de Nha Trang em 1967, promoveu uma pastoral missionária, próxima aos pobres e atenta ao apostolado dos leigos.

Em 1975, são Paulo VI o escolheu como arcebispo coadjutor de Saigon, mas poucos meses depois foi preso pelo regime comunista. Passou 13 anos na prisão, nove dos quais em isolamento. Nessa prova, soube se unir intimamente a Cristo crucificado, transformando o sofrimento em oferenda e a solidão em comunhão com a Igreja. Durante aqueles anos nasceram seus “Pensamentos de esperança” que se tornaram um autêntico testamento espiritual, capaz de iluminar a fé de milhões de pessoas em todo o mundo.

Lá pela metade dos anos 70 teve um encontro decisivo com Chiara Lubich e a espiritualidade do Movimento dos Focolares, que, com o carisma da unidade e a centralização em Jesus Abandonado – Jesus que experimenta o abandono do Pai na cruz, expressão máxima do amor – torna-se a fonte de força, principalmente nos momentos mais escuros.

Libertado em 1988 e exilado, se estabeleceu em Roma, onde são João Paulo II o chamou a servir a Igreja universal como vice-presidente (1994) e depois presidente (1998) do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz. Naquele papel anunciou incansavelmente o Evangelho da paz e da justiça, viajando por todo o mundo.

Em 2000, foi convidado por são João Paulo II a pregar os exercícios espirituais para a Cúria Romana. Nomeado cardeal em 2001, viveu o último período marcado pela doença com serenidade e total abandono a Deus. Faleceu em Roma no dia 16 de setembro de 2002, deixando uma herança espiritual de fé inabalável, esperança luminosa e amor misericordioso.

Hoje, sua figura continua falando com a Igreja e com o mundo: sua vida, moldada pela cruz e pela esperança, testemunha que o amor de Cristo pode transformar toda noite em aurora.

Viver a esperança
Pensamentos de François-Xavier Nguyen Van Thuan
escritos durante os primerios meses na prisão (*)


979. Você quer fazer uma revolução: renovar o mundo. Só poderá cumprir essa missão preciosa que Deus lhe confiou com “a potência do Espírito Santo”. A cada dia, prepare uma nova Pentecostes ali onde vive.
980. Empenhados em uma campanha que tem como escopo deixar todos felizes. Sacrificados continuamente, com Jesus, para levar a paz às almas e prosperidade aos povos.
981. Permaneça fiel aos ideais do apóstolo: “dar a vida pelos irmãos”. De fato, “ninguém tem amor maior que este” (João 15,13).
982. Grite um só slogan: “Todos um”, ou seja, unidade entre os católicos, unidade entre os cristãos e unidade entre as nações. “Como o Pai e o Filho são um” (João, 17:22,23).
985. Prenda-se firmemente a um único princípio-guia: a oração. Ninguém é mais forte que a pessoa que reza.
986. Observe uma só regra: o Evangelho… Não é difícil, complicado ou legalista como as outras; pelo contrário, é dinâmica, gentil e estimulante.
994. Para o seu apostolado, use o único método eficaz: o contato pessoal. Com ele, entre na vida dos outros, os compreenda e os ame. As relações pessoais são mais eficazes que a pregação e os livros.

(*) De: Il cammino della speranza. Testimoniare con gioia l’appartenenza a Cristo (Em tradução livre, O caminho da esperança. Testemunhar com alegria o pertencimento a Cristo) , Città Nuova, 6° ed., Roma 2004.

por Waldery Hilgeman e Hubertus Blaumeiser

O “pensamento do dia”: motivação para a vida

O “pensamento do dia”: motivação para a vida

São duas ou três palavras. Nada mais. Mas são suficientes para orientar um dia inteiro. Elas são publicadas à meia-noite e, de manhã cedo, chegam no WhatsApp ou por email, e “iluminam” todo o dia. Exprimem um pensamento do Evangelho ou um valor universal, e motivam à ação, a comprometer-se, a olhar para além das próprias ocupações e preocupações.

Foi uma ideia genial; pela sua simplicidade e facilidade de difusão. Chiara Lubich a lançou em dezembro de 2001 para ajudar as pessoas que colaboravam com ela, no centro internacional do Movimento dos Focolares, a viverem o momento presente. Mas, como acontece frequentemente, vendo que a ideia e os efeitos eram muito positivos, difundiu-se como os círculos na água, quando se lança uma pedra; atravessou fronteiras, línguas, costumes e linguagens.

Nos anos seguintes, a fundadora do Movimento muitas vezes se referia à “palavra do dia” e às experiências que suscitava nas pessoas que a colocavam em prática. Às vezes para encorajar a não diminuir a intensidade ou para propor um outro significado, como quando sugeriu que se acrescentasse tacitamente ao pensamento do dia, a intenção de vivê-lo “principalmente no contato com os irmãos”. Isso marcou uma mudança profunda, não apenas na busca da perfeição individual, mas em colocar-se, constantemente, em relação com o irmão ou a irmã que está ao nosso lado: entrar nas suas necessidades, torna-los destinatários do nosso amor concreto.

Pouco a pouco cresceu e se desenvolveu. Atualmente o “pensamento do dia” lembra algum aspecto da Palavra de Vida – proposta todos os meses – ou refere-se às leituras da liturgia. É traduzido em 23 línguas. Algumas pessoas, quando o enviam ou publicam nas redes sociais, acrescentam uma reflexão pessoal ou uma sugestão sobre como colocá-lo em prática. Outras o ilustram com uma imagem ou criam um vídeo breve, no Youtube. Há até mesmo quem compõe todo dia uma canção curta. Todos os meios de comunicação e todas as redes sociais são úteis para difundi-lo entre amigos ou conhecidos, sempre com a delicadeza de, antes, perguntar se estão interessados em recebê-lo.

Não são palavras ao vento. Ao contrário, estimulam, motivam as atitudes, especialmente nas relações com o ambiente e com as pessoas que encontramos durante o dia. Como conta Marisa, do Brasil: “Hoje eu estava indo dar uma aula na universidade, mesmo se neste período não tenho muita vontade de continuar com esse trabalho. Já tenho idade para me aposentar, mas perdi algumas promoções e, por enquanto, devo trabalhar; porque minhas filhas ainda precisam da minha ajuda financeira. Então eu renovo o meu “por Ti, Jesus” toda vez que vou à universidade. E o pensamento de hoje era justamente: “cumprir os nossos deveres”.

Do Senegal, Pe. Christian escreve: “Obrigado pela palavra do dia. Ela me ajuda a nutrir minha vida espiritual e a iluminar o meu relacionamento com Deus e com os meus irmãos e irmãs, dia a dia”. Para Maria Teresa, da Argentina, todo dia é como receber uma resposta de Deus: “Eu trabalho na pastoral dos migrantes; ontem eu acompanhei um deles na apresentação de um livro que escreveu sobre a ‘neuro-condução’. Era importante estar ao lado dele nestes momentos em que podia compartilhar, e ajudá-lo a difundir os seus talentos. Foi uma linda experiência de unidade com ele e com as pessoas que vieram escutar a sua conferência: um presente que ele tinha a oferecer”.

Apenas algumas pinceladas da vida que é gerada em centenas de pessoas, ou até mais, que, possuindo ou não uma crença religiosa, acordam toda manhã com o compromisso em viver as duas ou três palavras do “pensamento do dia”.

Carlos Mana
Foto: © Pixabay