Margaret Karram: as primeiras palavras da nova presidente do Movimento dos Focolares
Como ver as legendas em portugais, cliquez ici https://youtu.be/QW3HIijcpqY
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Eleita no dia 31 de janeiro, é a terceira Presidente depois da fundadora Chiara Lubich e de Maria Voce, que concluiu dois mandatos. COMUNICADO DE IMPRENSA – 1º de fevereiro de 2021 Margaret Karram, foi eleita ontem Presidente dos Focolares com mais de dois terços da preferências dos que tinham direito de voto entre os participantes da Assembleia geral do Movimento, composta por 359 representantes do mundo inteiro. Sucede à fundadora Chiara Lubich e a Maria Voce que permaneceu no cargo por 12 anos (dois mandatos). Margaret Karram nasceu em Haifa, em Israel, em 1962, numa família católica palestiniana e se formou em Hebraísmo pela Universidade Judaica Americana nos Estados Unidos. Ocupou vários cargos no âmbito dos Focolares em Los Angeles e em Jerusalém. Colaborou também em várias comissões e organizações para a promoção do diálogo entre as três religiões monoteístas, como a Comissão Episcopal para o diálogo inter-religioso, na Assembleia dos Católicos Ordinemios da Terra Santa e a organização ICCI (Interreligious Coordinating Council in Israel). Trabalhou durante 14 anos no Consulado geral da Itália em Jerusalém. Desde 2014 está no Centro Internacional dos Focolares como conselheira para a Itália e Albânia e corresponsável para o Centro dos Focolares para o diálogo entre Movimentos eclesiais e novas Comunidades católicas. Fala árabe, hebraico, italiano e inglês. Em 2013 recebeu o prêmio “Mount Zion Award” para a reconciliação, junto com a estudiosa e pesquisadora Yisca Harani, pelo empenho no desenvolvimento do diálogo entre cultura e religiões diferentes. Em 2016 recebeu o Prêmio internacional S. Rita, sob indicação por ter favorecido o diálogo entre cristãos, hebreus, muçulmanos, israelenses e palestinos, partindo da vida vivida no cotidiano. As eleições ocorreram ontem, 31 de janeiro de 2021, mas a sua nomeação tornou-se efetiva só hoje, depois da confirmação por parte do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, como previsto pelos Estatutos gerais dos Focolares. No documento encontram-se os votos de que a nova Presidente possa desempenhar a sua função “com fidelidade, espírito de serviço e sentido eclesial, para o bem dos membros da Obra e da Igreja universal”. As funções da Presidente dos Focolares Em base aos Estatutos gerais do Movimento, a Presidente, é escolhida entre as focolarinas (consagradas, com votos perpétuos) e será sempre uma mulher. Ela – ali se lê – é “sinal da unidade do Movimento”; isso significa que representa a grande variedade religiosa, cultural, social e geográfica daqueles que aderem à espiritualidade dos Focolares em 182 Países onde o Movimento está presente e se reconhecem na mensagem de fraternidade da fundadora, Chiara Lubich, inspirada no Evangelho “Pai, que todos sejam uma coisa só”. (Jo 17, 20-26) São muitos os compromissos e desafios que esperam Margaret Karram nos próximos anos: funções de governo e orientação de um Movimento de dimensões mundiais como os Focolares, profundamente imerso nas realidades e nos desafios locais e globais da humanidade, a partir desse tempo de pandemia. Os Estatutos indicam também o “estilo” que deve caracterizar a ação da Presidente: “A sua será sobretudo presidência da caridade – se diz – porque deverá ser a primeira a amar e a servir os próprios irmãos, recordando as palavras de Jesus “ (…) quem quiser ser o primeiro entre vocês será o servo de todos” (Mc 10, 44). O empenho primário da Presidente é aquele de ser construtora de pontes e porta voz da mensagem central da espiritualidade dos Focolares, pronta a praticá-la e difundi-la, como se lê mais adiante, também a custo da própria vida. Próximas etapas da Assembleia geral dos Focolares serão a eleição do Copresidente, hoje á tarde, e dos conselheiros no dia 4 de fevereiro próximo. Stefania Tanesini – Cell. +39 338 5658244 Texto em PDF
Uma iniciativa global que envolveu milhares de fiéis por meio de seminários interativos e de formação sobre o cuidado da casa comum. Anunciada pelo Papa, foi organizada pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral com o apoio de grupos católicos. De 16 a 24 de maio ocorreu a Semana Laudato Si’ com o título “Tudo está conectado”, uma iniciativa global pelo quinto aniversário da encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum. O evento contou com a participação de comunidades católicas do mundo inteiro, envolvendo dioceses, paróquias, movimentos e associações, escolas e instituições para aprofundar o próprio empenho em salvaguardar a Criação e promover uma ecologia integral. A semana muito desejada pelo Papa foi organizada pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral com o apoio de vários parceiros católicos entre os quais o Global Catholic Climate Movement (Movimento Católico Global para o Clima) que engloba mais de 900 organizações católicas mundiais entre os quais o Movimento dos Focolares. No decorrer da semana, foram várias as iniciativas online seguindo as linhas indicadas pelo Laudato Sì. Devido à pandemia do corona vírus, o evento ocorreu totalmente online por meio de seminários interativos e de formação. No domingo, 24 de maio, o evento foi concluído com um dia mundial de oração às 12h (hora local de cada fuso-horário), e cada um pôde rezar pela Terra com esta oração. Em março, o Papa enviou um video no qual encorajava os fiéis a participar para proteger nossa casa comum. Juntos, por meio de ações e da fé, podemos resolver a crise ecológica. “Que tipo de mundo queremos deixar para aqueles que virão depois de nós, para as crianças que estão crescendo?”, diz o Papa. “Renovo meu apelo urgente a responder à crise ecológica. O grito da terra e o grito dos pobres não podem mais esperar. Cuidemos da criação, dom do nosso bom Deus-Criador.” Nesses cinco anos, a encíclica do Papa tocou a consciência de muitos cidadãos. Nasceram várias comunidades com o objetivo de fazer algo pelo meio ambiente, impulsionados pelas palavras do Papa sobre uma visão ecológica mais atenta para a Casa Comum. E depois de cinco anos, essas palavras ressoam muito atuais neste mundo que sofre com a pandemia do Covid-19. O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral também evidencia como os ensinamentos da Encíclica são particularmente relevantes no contexto atual do corona vírus que parou muitas partes do mundo. “A pandemia atingiu todos e nos ensina como somente com o empenho de todos podemos nos reerguer e derrotar também o vírus do egoísmo social com os anticorpos da justiça, caridade e solidariedade”, destaca dom Francesco Soddu, diretor da Caritas Italiana, “para ser construtores de um mundo mais justo e sustentável, de um desenvolvimento humano integral que não deixe ninguém para trás”. Nessa semana não se falou apenas de ecologia. Os organizadores se perguntaram: mas quanto pesa a economia em se tratando de salvaguardar a Criação? Quinta, 21 de maio, houve um encontro online com a economista inglesa Kate Raworth, da Universidade de Oxford e da Universidade de Cambridge, uma das economistas mais influentes a nível internacional. Esse encontro também faz parte do percurso de preparação e formação para “The Economy of Francesco”, o evento pensado pelo Papa que ocorrerá em novembro em Assis, para o qual já se inscreveram 3000 jovens empreendedores de todo o mundo. Tratando-se de salvaguardar a Criação, “a economia pesa pelo menos 50% se considerarmos a economia individual, a economia das empresas e dos Estados e os efeitos que tudo isso produz na degradação do planeta”, afirma o economista Luigino Bruni. “Além disso tem a política, nossos estilos de vida, etc… (…) Se olharmos também para os fracassos desses dez anos, o aquecimento global, por exemplo, percebemos que a economia capitalista realmente teve um grande peso. Portanto, se quisermos mudar, precisamos mudar a economia.” Viver o Laudato Sì, portanto, quer dizer testemunhar nossa sensibilidade para o tema de salvaguardar a Criação, mas também no âmbito econômico com as nossas escolhas de vida. Podemos contribuir em realizar uma profunda conversão econômica e ecológica por meio de experiências concretas. Além disso, devemos entender qual mudança política promover para escutar realmente o grito da terra e dos pobres.
Lorenzo Russo
Um dia de encontro entre Comunidades, Movimentos e países para testemunhar a paz e a solidariedade entre os povos. No dia 9 de maio, comemora-se a festa do continente europeu que celebra a paz e a unidade entre os povos. Desde a histórica assinatura, em 31 de outubro de 1999, da “Declaração conjunta sobre a doutrina da justificação”, entre os responsáveis de diversos Movimentos e Comunidades, católicos e evangélicos, da Itália e da Alemanha, nasceu a rede together4europe (juntos pela Europa), um caminho para redescobrir juntos os valores de paz e de fraternidade do antigo Continente. Este ano, a pandemia do Covid-19 impediu um encontro presencial numa igreja, nas praças das cidades, em reuniões de convivência, para conferências e oração. Isso não significa que as atividades deste dia tenham sido anuladas, pelo contrário: com muita criatividade foram realizadas conferências digitais, momentos de orações, grupos de discussão e diálogo online entre Comunidades, Movimentos e representantes políticos, desde Utrecht, Graz, Roma, Lione e Esslingen, por exemplo. Os eventos deste ano tiveram a benção papal, através da carta que chegou no dia 22 de abril do Papa Francisco. O Pontífice expressou o apreço pelo serviço ao bem comum que a rede together4europe realiza através das Comunidades e Movimentos comprometidos e inspirados pelos valores de solidariedade, paz e justiça. Para a Festa da Europa, em comunhão com Graz, os Comitês Juntos pela Europa da Itália promoveram e organizaram, no dia de 9 de maio, um evento online dedicado ao Sim à Criação, defendendo a natureza e o ambiente, com o título “Ecologia integral: utopia sustentável para a Europa”. As reflexões de Stefania Papa, docente e especialista em Ecologia, e Luca Fiorani, físico especialista em clima, e dos vídeos das mensagens do Papa Francisco, do Patriarca Bartolomeu I e de Antonio Guterres (ONU) para a 50a Jornada mundial da Terra, contribuíram para dar consciência de como juntos se pode trabalhar para um presente e um futuro melhores, respeitando a nossa Terra, numa cultura do respeito, da cooperação e da reciprocidade. Um dos objetivos de Juntos pela Europa é contribuir para criar uma “cultura da reciprocidade”, onde os indivíduos e os povos podem acolher-se reciprocamente, conhecer-se, reconciliar-se, aprender a estimar-se e a apoiar-se mutuamente. São realizadas muitas atividades em favor da reconciliação e da paz, da tutela da vida e da criação, de uma economia justa, da solidariedade para com os pobres e os marginalizados, da família, do bem das cidades e da fraternidade no continente europeu. As diferenças não devem ser motivo de medo e de separação, mas riquezas que devem ser desenvolvidas e harmonizadas por uma Europa unida, viva, fraterna. Para outras informações visite o site www.together4europe.org
Lorenzo Russo