Movimento dos Focolares

Cardeal Willebrands – “Incansável Pastor da Unidade”

Ago 20, 2006

A gratidão do Movimento dos Focolares

      “O amor que Cristo pediu a Pedro não é limitado somente a um grupo de pessoas ou à Igreja Católica. Todos somos pequenas ovelhas e é um grande sofrimento quando uma família está dividida. Por isso o amor de Cristo, que pede antes de tudo a Unidade, é dirigido a todos os cristãos. Foi neste espírito que compreendi este meu novo empenho e o desenvolvi com todo o coração e com todas as forças que Deus me deu: espirituais e materiais. O Senhor me abençoou e sou profundamente grato a ele por ter se servido da minha vida, durante todos esses anos, para edificar a Sua Igreja”.      Este é o testemunho do Cardeal Johannes Willebrands, em entrevista à Radio Vaticana em 1989, com a idade de 80 anos, no momento em que se despedia, em virtude de sua idade avançada, do cargo de Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade entre os Cristãos, depois de ter atuado por 20 anos.      “Um pastor incansável a serviço do Povo de Deus e da Unidade da Igreja”  que deu “um novo impulso ao diálogo ecumênico”. Assim se manifestou o Papa Bento XVI, no telegrama de condolências pelo falecimento do Cardeal Willebrands em 2 de agosto próximo passado. Na ocasião, o Papa também agradeceu a Deus pela vida do Cardeal Willebrands, que tinha 97 anos. O seu empenho a serviço do ecumenismo iniciou-se em 1951, dez anos antes do Concilio Vaticano II. É viva a gratidão do Movimento dos Focolares: o Cardeal Willebrands acompanhou e encorajou, com a sua sabedoria e prudência, o desenvolvimento ecumênico do Movimento desde os anos 60. Síntese da biografia do Cardeal Willebrands Nasceu em 1909 em Bovenkarspel, nos Países Baixos. Docente em Filosofia e depois Reitor do Seminário Maior de Warmond, na Holanda, mostra rapidamente um grande interesse pela causa da união dos cristãos, organizando, em 1951, a Conferência Católica para as questões ecumênicas. Em 1958, o Episcopado holandês o nomeia Delegado das atividades ecumênicas e dois anos mais tarde, João XXIII o nomeia Secretário do recém constituído Secretariado para a União dos Cristãos, que durante os trabalhos do Concilio Vaticano II se encarregou – sob a direção do Cardeal Bea – da preparação dos documentos relativos ao ecumenismo, à liberdade religiosa e aos relacionamentos com religiões não cristãs. Consagrado bispo em 1964, promove um grande número de iniciativas para tornar mais forte o diálogo entre a Igreja Católica e as outras Igrejas cristãs, entrando em contato, principalmente, com os ortodoxos, anglicanos e luteranos. Em 1969, sucedendo o Cardeal Bea, Paulo VI o nomeia Presidente do Secretariado para a União dos Cristãos (depois denominado Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos), e pouco depois é nomeado cardeal. O testemunho dos irmãos das várias Igrejas  Entre os numerosos testemunhos dos nossos irmãos das várias Igrejas, recordamos um episódio significativo do qual é testemunha o pastor evangélico alemão Dieter Fürst. Em 1986, recordando um encontro do Cardeal Willebrands com um grupo de evangélicos do Centro Uno, Centro ecumênico do Movimento dos Focolares, em Roma, o pastor Fürst conta que, antes de encontrar o cardeal, tinham o “temor que a grande e poderosa Igreja Católica quisesse esmagar a pequena e frágil Igreja Evangélica”. O Pastor acrescentou que entre os participantes deste Encontro havia representantes das Igrejas Livres, os quais sentiam fortemente aquele temor. Mas a palavra do Cardeal Willebrands foi tão paterna, tão plena do Espírito Santo que suscitou um imediato entusiasmo naqueles irmãos: “o Cardeal mostrou a Igreja e a cristandade numa dimensão muito mais ampla daquela que havíamos visto antes.”

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