Jun 9, 2014 | Focolare Worldwide
Aulas de reforço para 60 crianças e adolescentes, uma refeição por dia para todos, oficinas de formação para pais e filhos, bolsas de estudo para os jovens e atenção a uma melhora das condições de vida das famílias do bairro, através da concessão de crédito para o início ou melhoramento de pequenas atividades produtivas. Sinteticamente, este é o projeto do Centro Rincão de Luz, no seu terceiro ano de vida, administrado pela Associação Unisol, em colaboração com as Associações AMU (Ação Mundo Unido) e AFN (Ação por Famílias Novas). Para verificar o andamento do projeto e estudar juntos as novas ações de desenvolvimento, Anna Marenchino, do setor de projetos da AMU esteve em Cochabamba, na Bolívia. Entre as pessoas que ela encontrou durante a viagem estava Mari Cruz, a nova diretora didática do Centro. Quando criança ela mesma o frequentou, quando não tinha ainda a estrutura acolhedora de hoje, e pode concluir os estudos graças ao “sustento à distância” de Famílias Novas. Vê-la hoje naquele local, coordenando a parte didática, pode ser um incentivo a todas as crianças e famílias, para que acreditem que uma vida melhor é possível. «Tive que suportar muitos sofrimentos na minha vida – conta Mari Cruz -. Quando era menina meu pai bebia e eu sofria muito em vê-lo assim. Não era violento conosco, mas duro. Lembro que para nos punir nos mandava andar ao redor da casa, de quatro até sete da manhã, quando íamos para a escola. O Centro era uma referência para mim. Eu era ajudada nas matérias em que tinha mais dificuldade, tanto que cheguei a estar entre as melhores da turma. Além disso, davam-me a possibilidade de estudar, com uma ajuda financeira para pagar a escola.
Alguns anos depois nós nos transferimos para longe do Centro. Meu pai estava melhor e nós todos trabalhávamos com ele, nos fins de semana, para consertar a nossa casa. No início foi difícil porque não tínhamos nada em casa: luz, água, banheiro. Muitas vezes tínhamos só pão e cebola para o almoço. Mas não nos lamentávamos. Olhávamos para o papai e para lhe dar tranquilidade dizíamos: não se preocupe, vá trabalhar e assim amanhã comeremos frango! Nos momentos mais duros eu encontrei a coragem de recomeçar graças a algumas pessoas do Movimento dos Focolares que, além de terem me ajudado por meio do Centro, sustentaram-me para que pudesse reencontrar a confiança em mim mesma e nos outros. Há alguns anos comecei a ensinar no Centro Rincão de Luz, mas em dezembro, quando pediram que eu me tornasse a nova diretora didática eu nem podia acreditar. Tinham mesmo pensado em mim? Logo disse que sim, porque quero me empenhar para dar uma oportunidade a essas crianças, como eu tive. Hoje sou realmente feliz, cada experiência, alegre ou triste, tornou-me mais forte e me ensinou a compreender profundamente as outras pessoas, porque senti no meu coração os seus sofrimentos. Posso dizer às crianças e suas famílias: coragem, é possível mudar!» Fonte: Amu Notícias n.2/2014
Jun 8, 2014 | Focolare Worldwide
«No coração de Chiara Lubich havia um sonho» – diz Marco Tecilla, que entrou para a história do Movimento como o “primeiro” focolarino. Tem diante de si uma plateia de algumas centenas de pessoas provenientes de 50 países, que representam as comunidades locais dos Focolares espalhadas no mundo. É espontâneo olhar para a vida da cidade de Trento, onde o carisma da unidade deu os primeiros passos, para encontrar uma luz para os nossos dias. «Olhando da sua janela de onde podia ver toda a Trento, Chiara sentiu o desejo de resolver o problema social daquela cidade. Mas não tinha forças para tanto. Então, em dezembro de 1947, convocou-nos na sala Cardeal Massaia para comunicar-nos alguma coisa. Ela tinha notado que na nossa comunidade havia pessoas que eram constrangidas a viver com grandes restrições econômicas. E para ela isto era inconcebível. Nas comunidades cristãs de Jerusalém, nos primeiros tempos da Igreja – como contam os Atos dos Apóstolos – “tudo era colocado em comum e entre eles não havia necessitados”, porque o Evangelho era vivido completamente. Deste modo, Chiara decidiu falar-nos da comunhão dos bens e lançou entre nós, que formávamos esta primeira comunidade trentina, este desafio. Semelhante e diferente daquele dos primeiros cristãos». Portanto, cada um deveria vender todos os seus bens? «Não. Embora tendo o mesmo objetivo da primeira comunidade cristã, naquela primeira comunidade de Trento não se pedia que cada um vendesse o que possuía e o levasse à comunidade, mas que cada um doasse tudo aquilo que possuísse e do qual pudesse se privar sem causar dano a si ou à família». Como funcionava esta forma de caridade “organizada”? «Cada um levava à comunidade aquilo que tinha a mais, principalmente em dinheiro, e comprometia-se a doar uma quantia fixa, estabelecida pessoalmente, todos os meses. O doador e a quantia prometida eram secretos. Com o dinheiro recebido, uma focolarina encarregada pela própria Chiara, ajudava mensalmente e secretamente, as famílias pobres da comunidade, regulando esta delicada tarefa com toda a caridade e discrição. O objetivo era chegar ao ponto de que entre nós ninguém passasse dificuldades econômicas, mas que todos tivessem o necessário para viver. O resultado da soma obtida e do empenho mensal foi surpreendente e já no primeiro mês conseguimos ajudar trinta famílias». O que é que Chiara pensava a este respeito? «Olhando para a realidade do nosso mundo ela dizia: “Parece uma coisa impossível que, nos dias de hoje, o mundo seja tão ávido e egoísta… e no entanto é assim. Diante destes episódios, comovidos e agradecidos, gritemos: A Caridade é Deus! E Deus é o Onipotente. No espírito de caridade e de unidade (que não é dar uma simples esmola, mas a entrega total de si à vontade de Deus) todos deveriam encontrar alguma coisa para doar. Mas, antes de pedir alguma coisa, é preciso formar os corações, porque – ao contrário dos primeiros cristãos – paira entre todos um forte espírito mundano e reina a desunião e a indiferença. Somente uma formação evangélica sólida e profunda pode manter viva uma sociedade ideal de caridade fraterna. Isto certamente acontecerá entre nós, porque estando todos unidos, Cristo está presente entre nós, e aquilo que Ele constrói, permanece”. Aquilo que vinha muito em relevo nos primeiros tempos do Movimento dos Focolares era a importância de viver o Evangelho». Esta experiência da comunhão dos bens não parou na primeira comunidade de Trento, mas continuou nos anos, tanto nas escolhas de vida dos membros dos Focolares, como nas ações concretas (como as “redes do fagotto”) onde os bens são colocados em circulação numa forma de permuta, com uma forte dose de solidariedade e justiça social.
Jun 7, 2014 | Focolare Worldwide
Reúnam vinte e uma jovens provenientes de treze países dos cinco continentes e acrescentem talento sadio, riqueza cultural e vontade de transmitir a positividade da mensagem evangélica. Apliquem tudo isto às diferentes formas de expressões e comunicação e o resultado será o “Gen Verde”. Foi uma presença extraordinária para a nossa cidade, uma ocasião preciosa para os jovens e para os amantes da música e da cristandade. Foram realizados dois eventos: no dia 30 de maio, sexta-feira, uma oficina com os jovens e no dia 1° de junho, domingo à noite, um espetáculo no ‘Oásis de Nazaré’, situado na Praça do Santuário Nossa Senhora das Graças. As vinte e uma jovens que se inspiram no carisma do Movimento dos Focolares expressaram este amor que encontraram no carisma e o fizeram por meio da música, a música de hoje, moderna, repleta de sound, ecos, expressão de várias nacionalidades e das palavras do Evangelho. Contemporâneas ao “ho un dono, ve lo dono” (suor Cristina a The Voice), estas jovens não tiveram medo de colocar em prática o mandamento evangélico de amar os outros em nome de Deus e de compartilhar a alegria de ter respondido ao chamado a seguir o Mestre, com o som de guitarras, percussão, baixo e violinos. “A música é um meio: não podemos nos vangloriar de um talento, mas, podemos colocá-lo a disposição e assim ele se multiplica”, disseram as vinte e uma jovens que compõem o grupo.
Durante a oficina, as jovens falaram de si, compartilharam com os jovens “flashs da própria vida”, vida difícil para algumas ou extremamente simples para outras, nos quais, a um determinado momento, palavras como unidade, fraternidade e partilha, da teoria tornaram-se agradável realidade e prática contínua. “Todas as manhãs, antes de iniciar o trabalho – elas contaram – nós renovamos o pacto de amarmo-nos reciprocamente. Isto significa também amar a idéia da outra como minha, colhendo a centelha da criatividade da outra na partilha livre das idéias. Estar prontas a recomeçar, estar prontas a criar espaço primeiramente aos relacionamentos e, depois, à arte. Quando eu estou pronta a deixar de lado a minha idéia para acolher a do outro, abre-se uma infinidade de novas possibilidades.” O projeto “Start Now” apresentado em Corato (Província de Bari) nasceu durante uma viagem à Terra Santa, onde hebreus, muçulmanos e católicos convivem, mas, muitas vezes, sem dialogar. “Nós pensamos – elas continuam – que as disciplinas artísticas são um instrumento que se presta ao diálogo: a acolhida recíproca dos talentos é a nossa comunicação. Na cidadezinha internacional de Loppiano (Itália), onde moramos, organizamos workshops de teatro, percussão, canto e dança: são ocasiões nas quais jovens provenientes do mundo inteiro colocam à disposição os próprios talentos, dialogam, experimentando os valores da unidade e da fraternidade”.
“Quando se estabelece contato com estas jovens – afirmou um sacerdote – acontece algo que não nos deixa indiferentes. Nós constamos isto em muitas pessoas, tanto na sexta-feira quanto no domingo. Diante de muitos jovens elas quiseram partilhar momentos de vida cotidiana, ‘ordinária’, mas que se torna ‘extraordinária’ por causa de um encontro, o encontro com o amor de Cristo ressuscitado que se faz presente nas diferentes situações, nem sempre fáceis, e as transfigura tornando-as belas, extraordinárias, a ponto de não poder senão anunciá-las”. “No meu íntimo há uma luz que jamais me abandona”, é o refrão de uma das músicas do Gen Verde. “E aquelas jovens nos revelaram o segredo para descobrir, sempre, o entusiasmo nas nossas ações – afirmou Antonella D’Introno, responsável pela comunicação do evento, em nome da Pastoral da Juventude da diocese –. Na vida é necessário ter sempre como referência uma pessoa: Jesus na cruz, que nos ama imensamente!” Fonte: Coratolive https://www.youtube.com/watch?v=dej4BRuCvV8
Jun 5, 2014 | Focolare Worldwide
Tudo começou há vinte anos através de um dos membros da paróquia, que recebeu a visita de um grupo de crianças ciganas. Pediram com insistência para que fosse ver uma imagem de Nossa Senhora no bairro onde moravam e que, segundo elas, chorava. Foi o primeiro contato com a comunidade cigana, que levou alguns paroquianos a reunirem-se todos os dias para rezarem nesta praça junto com as crianças. Apesar de uma série de iniciativas realizadas com sucesso, o grupo de oração depois de dois anos dissolveu-se. Foram necessários dez anos para que reiniciassem. Tudo recomeçou com o Grupo de Oração e Missão “Ceferino Jiménez Malla”, que se encontra todas as segundas-feiras para rezar na Gruta de Nossa Senhora do Vale, no centro da praça do bairro cigano. «Foi preciso vencer o medo, os preconceitos, a indiferença, a rejeição que surgiu de um relacionamento errado com eles – conta Maria Teresa Sosa, voluntária do Movimento dos Focolares. Mas depois as barreiras caíram, descobrimos que os ciganos gostam de ouvir a Palavra de Deus que, sendo na maioria analfabetos, não podem ler». Depois uniram-se ao grupo outros membros dos Focolares. «O objetivo da experiência é criar relacionamentos através de gestos simples de “reciprocidade”: conhecer-se pelo nome, olhar-se nos olhos, conversar, fazer-se um com o outro. Lembro ainda o festejar o nascimento de uma criança, as visitas aos doentes no hospital, o levar a unção dos enfermos a uma cigana», continua Maria Teresa. Assim, procuramos encontrar estradas de inculturação, traduzindo na língua romani orações como o Pai Nosso, a Ave-maria, o Glória. «Quando ouvem-nos rezar as crianças dizem: “Vocês parecem ciganos”». Um outro passo importante foi celebrarmos juntos o Dia Internacional do Povo Cigano, que eles não conheciam, para dar visibilidade à comunidade. Isso repete-se no dia 8 de abril de cada ano também graças aos media: os ciganos participam regularmente de uma transmissão na Rádio Maria onde divulgam os próprios costumes, e um jornal publicou uma página sobre a experiência da Missão Cigana. A visibilidade conquistada possibilitou o início de um projeto de alfabetização, em rede com um Instituto de formação de docentes.
Mas a ponte é construída também do lado da comunidade argentina: numa escola secundária que tem como vizinhos outros ciganos com os quais não existe nenhuma relação, um professor abordou o tema dos preconceitos contra as minorias étnicas, enquanto alguns estudantes de jornalismo fizeram uma reportagem sobre «Crioulos e ciganos, o início de um diálogo» (neste contexto, “crioulos” significa argentinos). Em março, com o início do ano escolar, começou-se um trabalho para reservar o lugar na sala de aula para as crianças ciganas, muitas vezes discriminadas. E todo o grupo aderiu. As iniciativas são muitas, desde cursos de costura para as meninas, até ao catecismo para as crianças, e seria impossível enumerar todas. «O nosso desejo – conclui – é criar uma rede a nível nacional de pontes entre as comunidades». Nos dias 5 e 6 de junho, Maria Teresa encontra-se em Roma para o Encontro mundial de promotores episcopais e diretores nacionais da Pastoral cigana, a convite do cardeal Vegliò, presidente do Conselho Pontifício de Itinerantes e Migrantes.
Jun 4, 2014 | Focolare Worldwide
A primeira coisa que Giorgio La Pira fazia de manhã era comprar o jornal. Depois, voltando ao seu escritório, abria o Evangelho, junto com as notícias do dia. Para o “prefeito santo” de Florença os dois textos não estavam distantes, ao contrário! O seu trabalho era exatamente o de dar uma aplicação concreta ao Evangelho, na atualidade humana e social, com uma ação abrangente, criativa, que respondesse aos questionamentos das periferias existenciais de sua cidade, e do mundo inteiro. Ação que se repete nas muitas iniciativas que hoje trazem o seu nome. Uma delas, que acabou de completar 35 anos, é o Centro Internacional de Estudantes Giorgio La Pira, que dia 25 de maio passado festejou este aniversário junto com muitos amigos, vindos para a ocasião ao Auditório de Loppiano (Florença). Guiados pela jornalista Maddalena Maltese, os participantes folhearam, numa espécie de álbum de família, as fotografias que revelam muito desses anos à serviço de jovens tão diferentes. Em Florença, no final da década de 1970, também se verificava um fenômeno novo para a Itália: chegavam muitos estudantes estrangeiros, especialmente da África, Ásia e América Latina. Mas a Itália não estava preparada, em nível legislativo e nem cultural e humano, para acolher tantas pessoas. O cardeal Benelli, arcebispo da cidade, interveio inspirando-se exatamente em Giorgio La Pira, e pediu a ajuda de Chiara Lubich. Alguns dias depois, alguns jovens dos Focolares apresentaram-se ao bispo para visitar o espaço, no centro de Florença, que passaria a ser “a casa” dos estudantes. O restante faz parte da história. O atual bispo de Florença, D. Giuseppe Betori, na sua saudação salientou a dimensão profética da ideia do cardeal Benelli e de Chiara Lubich, que levou o Centro La Pira a ser um ponto de vanguarda no diálogo com as diversidades, especialmente com os sofredores, os últimos e esquecidos. O rabino chefe da comunidade judaica de Florença, Joseph Levi, destacou no estilo do diálogo e da reciprocidade, a verdadeira riqueza que essa experiência oferece à cidade e ao crescimento de seu tecido social, no espírito da fraternidade. Foi o que demonstraram os numerosos depoimentos, como o de Jean Claude Assamoi, da Costa do Marfim: “O Centro ajudou-me num momento difícil, dando-me hospitalidade, com outros estudantes. Depois, tornei-me um colaborador dele, atuando na formação à mundialidade (…). E, como eu, muitos estudantes africanos que fizeram a mesma trajetória, transferiram-se para outros lugares estabelecendo relações de trabalho, entre seus países de origem e aquele que os acolheu, baseadas no diálogo e na unidade, como acontecia em Florença”. As periferias que La Pira amava, e que hoje o Papa Francisco nos convida a conhecer, são o motor de uma profecia que a cada dia torna-se concreta, atual, fraterna.
Jun 3, 2014 | Focolare Worldwide
«De modo geral a situação em Bangui, a capital da República Centro-africana, melhora. No restante do país as situações são muito variadas; as nossas comunidades estão em regiões bastante calmas, mas desde dezembro passado existe uma zona da cidade onde ainda acontecem atos de represália e mortes. Trata-se do bairro muçulmano e seus arredores. As pessoas não podem mais voltar às suas casas e continuam abrigadas nos campos de refugiados, ao lado do aeroporto, nas igrejas e na mesquita central». «O dia 28 de maio começou normalmente, com as atividades de um dia de semana qualquer. À tarde houve ainda confrontos nos bairros “quentes”. De repente, um grupo armado apareceu nas proximidades da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, abriu fogo contra as pessoas que estavam refugiadas ali e pegou quase 40 pessoas como reféns. Os que morreram foram cerca de quinze, muitos os feridos. Dos quarenta reféns foram encontrados 39 corpos…». «O povo não aguenta mais. Quinta-feira, dia 29, era a festa da Ascenção de Jesus. Havia barricadas nas principais ruas e nos bairros de toda a cidade, para impedir a circulação de carros. No dia seguinte, às 4 horas, formos acordadas por um barulho ensurdecedor… milhares de pessoas marcharam, pacificamente, ao som das tampas de panelas, até às 7 horas. Em outros pontos da cidade ouvem-se ainda tiros, às vezes mais esporádicos, às vezes intensos, talvez para conter os protestos».
«As manifestações pedem a renúncia do governo de transição, a retirada das tropas estrangeiras. Depois de seis meses, são acusados pela população de não ter feito um verdadeiro desarmamento nas regiões “quentes” da cidade. E este fato é interpretado como um desejo de manter a desordem militar-política por parte dos países cujas tropas que deveriam pacificar o país, enquanto os nossos recursos continuam a ser desfrutados de forma ilegal. O governo de transição não tem força para impor-se, nem finanças para reorganizar as forças armadas nacionais, que poderiam, mais eficazmente, defender os interesses da população». «No dia do massacre na Igreja de Fátima procuramos, com trepidação, ter notícias das pessoas da nossa comunidade, especialmente quem vive perto da zona atingida. Willy, um jovem que conhecemos, foi morto, e outros receberam ferimentos leves. Todos os outros estão salvos e refugiados em outro lugar. Procuramos sustentar-nos reciprocamente, usando o telefone, e alguns jovens vieram até nós para encontrar um pouco de alívio».
«Desde o início do conflito procuramos ajudar quem está perto de nós, principalmente as famílias e crianças, com ajudas concretas que recebemos dos Jovens por um Mundo Unido, do Sustento à distância de Famílias Novas, e outros. Aqui, trabalhamos para sensibilizar os jovens pela paz, através dos Jovens por um Mundo Unido e toda a comunidade». «Temos certeza – conclui Monica – que Deus tem um plano de amor também para o nosso país, e, em meio às graves dificuldades que atravessamos, procuramos ser testemunhas do Seu amor para aqueles que nos rodeiam».