Abr 27, 2017 | Focolare Worldwide
Em 2010, fui enviado para a paróquia de Santa Maria, perto de Man, a capital da Costa do Marfim. Naquela época, não conhecia as tradições e a cultura africanas. Imediatamente, impressionaram-me a força e a vitalidade daquelas pessoas, apesar da grande pobreza e das consequências desastrosas da guerra. Com o tempo, aprendi a reconhecer o medo ancestral em relação aos brancos. Para mim, padre vindo da Suíça, não se tratava de estar ali para distribuir ajuda econômica, mas de estar numa atitude de escuta profunda. Aquilo que podia oferecer era eu mesmo, a minha total disponibilidade, a inexistência de pretensões. Morava na Mariápolis permanente Victoria, do Movimento dos Focolares, perto de Man. Dali, todas as manhãs, saía de bicicleta, em direção ao bairro onde localizava-se a minha paróquia, para visitar as pessoas, nas lojas, nos escritórios, pelas ruas. Cumprimentava a todos, passando por ruelas estreitas e parando para conversar, às vezes, procurando acalmar os ânimos no meio de uma discussão. Dedicava uma atenção especial às crianças: conversava e brincava com elas. Se percebia que alguma delas não estava bem, leva-a para a creche da Mariápolis. Fazia a mesma coisa com seus pais e parentes. Por isso quase todas as crianças da paróquia conheciam-me e apresentavam-me aos adultos. Quando havia alguma festa, junto com elas, atravessava todo o bairro para desejar “boas festas” às famílias, tanto cristãs como muçulmanas. Deste modo, também pude fazer amizade com o Ima e com os pastores das Igrejas evangélicas. Um dia, aproximou-se de mim um jovem paroquiano que queria fazer alguma coisa pelos jovens das aldeias, que, por causa de um desentendimento precedente tinham decidido não frequentar mais a Igreja. Encorajei-os a fazerem pequenas atividades para angariarem fundos para pagar as viagens: um gesto de autofinanciamento muito apreciado também pelo Bispo. Nas onze aldeias que visitamos, os jovens ficaram muito sensibilizados e começaram a se dedicar às visitas aos doentes e aos idosos. No Ano da Misericórdia, juntamente com os habitantes da Mariápolis Victoria, apoiamos o Bispo em vários projetos da diocese, colocando à disposição o alojamento para um encontro com chefes tradicionais, os pastores das Igrejas evangélicas e os Imas. A caminhada pela fraternidade entre os povos, que percorreu toda a cidade, concluiu-se na Mariápolis permanente. Por um período substituí o capelão no cárcere civil. Durante as celebrações, procurava salientar a importância de por em prática o Evangelho. Às vezes, convidava alguma pessoa para me acompanhar e dar o seu testemunho de vida. Estas celebrações realizavam-se num jardim, em meio a uma grande confusão. Assim, comecei a levar um alto-falante, incentivando-os a utilizá-lo também em outras atividades. Soube que depois emprestaram o alto-falante para os muçulmanos e que o Ima ficou impressionado com esta generosidade, que definiu “tipicamente cristã”. Antes de deixar esta comunidade as pessoas do local organizaram uma festa de despedida, onde também estava presente toda a direção do cárcere. Disseram-me: «Tu puseste em prática aquilo que pregaste».
Abr 25, 2017 | Focolare Worldwide
A amizade dos Focolares com a “Fazenda da Esperança” é de velha data. Desde o próprio nascimento da primeira “Fazenda”. Corria o ano de 1983, quando Nelson Giovanelli, jovem brasileiro da cidade de Guaratinguetá (no estado de São Paulo), se aproxima de um grupo de jovens toxicodependentes impelido pelas palavras do apóstolo Paulo: “Fiz-me fraco com os fracos…”. Um dos jovens se sente envolvido e pede ajuda para sair da dependência da droga. Seguem-se muitos outros. Nelson conhece e vive a espiritualidade da unidade de Chiara Lubich. A ele se une Hans Stapel, franciscano alemão, que apoia a iniciativa desde o início. Depois, a obra que estava nascendo se desenvolverá apoiada nestes “dois carismas”, como chegou a dizer o papa emérito Bento XVI em visita à comunidade de Pedrinhas durante a sua viagem apostólica ao Brasil, em 2007: o carisma da unidade de Chiara Lubich e o da pobreza de S. Francisco de Assis. Domingo, 23 de abril de 2017: um grupo de 60 pessoas, jovens e adultos, está visitando o Centro internacional do Movimento dos Focolares, em Rocca di Papa (Itália). Na maioria provêm do Brasil, mas existem também representantes de outros países latino-americanos como Uruguai, Argentina, Paraguai e México; Alemanha e Suíça; Angola e Moçambique; e das Filipinas. Com eles estão os 4 fundadores: Frei Hans Stapel, Nelson Giovanelli Rosendo dos Santos, Lucilene Rosendo, Iraci Leite, junto com o seu conselho geral para a Europa.
«O objetivo desta viagem – explica Frei Hans – é o de fazer conhecer, na Europa, a experiência da Fazenda. Oferecer esta alternativa de ajuda aos jovens que hoje sofrem a escravidão das dependências. Além da Itália, iremos à Suíça, Alemanha, França, Polônia e Portugal, isto é, nos países onde estão as Fazendas, e estas 60 pessoas darão o seu testemunho de vida. Vindo até nós, encontraram uma vida nova, por isso decidiram empreender uma experiência missionária e evangelizadora durante três meses na Europa. Fizeram um grande esforço para pagar a passagem aérea, como sinal concreto de um testemunho gratuito». Por qual motivo vocês vêm ao Centro do Movimento dos Focolares? «Porque é nosso grande desejo – responde Nelson Giovanelli – que tenham a ocasião de conhecer as origens do carisma que deu raízes às Fazendas». E lembra quando, em 1990, escreveu uma carta a Chiara Lubich compartilhando com ela este seu chamado a amar “Jesus abandonado nas pessoas que se encontravam vítimas das drogas”. Chiara o encorajou a seguir o impulso do Espírito. Hoje são mais de 124 Comunidades de Vida espalhadas em diversas partes do mundo. Acolhem mais de 3.000 jovens empenhados em se libertar da dependência das drogas, através de uma redescoberta pessoal da dignidade e dos valores da vida. Na Europa existem 14 Fazendas e nestes meses inaugurarão outras 4 (França, Polônia, Itália).
Nas “Fazendas da Esperança”, pessoas se dedicam voluntariamente, com empenho e gratuidade, a serviço dos jovens e constituem a comunidade da “Família da Esperança”. «Meu pai era alcoólatra, eu não acreditava no amor … – conta Priscila, jovem argentina –. Quando encontrei e me empenhei como voluntária na Fazenda, recuperei o relacionamento com ele, após 15 anos de afastamento. Eu o perdoei e aos poucos ele deixou o álcool. O perdão para mim é tudo, a síntese da minha vida: Deus, o encontro no amor que doo». Jesús Morán, copresidente dos Focolares, trouxe a saudação de Maria Voce e lhes agradeceu pelo testemunho evangélico deles, desejando a todos que «estejam sempre próximos do homem sofredor, de Jesus abandonado, para que “todos sejam um”, começando pelos últimos». A permanência deles na Itália prevê a visita à cidade de S. Francisco e à cidadezinha internacional de Loppiano, onde participarão do Meeting “Pulse” e da costumeira festa dos jovens de 1º de maio.
Abr 21, 2017 | Focolare Worldwide
Todos os anos, para quantos recordam Chiara Lubich, a primavera chega alguns dias antes, relativamente ao calendário. No dia 14 de março, tem lugar, em todo o mundo, um florescimento de iniciativas e encontros, com características e tonalidades diferentes, que recordam a fundadora dos Focolares, no aniversário da sua morte, ou melhor, no dia do seu nascimento para o céu, ocorrido em 2008. Esta especial e comovida recordação entrelaçou-se este ano com um outro acontecimento: o 50º aniversário da fundação de Famílias Novas, o ramo do Movimento que abraça oitocentas mil famílias de todos os continentes, as quais se propõem viver a espiritualidade da unidade e irradiar nos seus ambientes os valores da fraternidade universal. Chiara Lubich e a família – um binómio fortíssimo, ao qual a fundadora prestou uma especial atenção e deu um justo destaque: “um desígnio corajoso, maravilhoso, exigente”, cujos “altíssimos e preciosíssimos valores, projetados e aplicados à humanidade, podem transformá-la numa grande família”. «Aqui, perante vós, parece-me ver Jesus que olha para o mundo, olha as multidões e tem compaixão delas – tinha dito Chiara Lubich no histórico discurso de fundação de Famílias Novas, a 19 de julho de 1967 – porque, de toda esta porção de mundo, a mais fundamental e mais semelhante a Ele Abandonado foi posta sobre os vossos ombros. (…) Esta piedade não pode ficar apenas no campo sentimental, mas deve transformar-se em obras». Obras que hoje são visíveis: iniciativas culturais, apoio a menores, seminários para as famílias, ajuda a casais separados, projetos sociais e educativos que relevam o valor antropológico e universal da família, no interior da grande “família humana”. A concretização é típica desta “primeira célula” da sociedade, como também foi sublinhado fortemente nos dois Sínodos sobre este tema (2014-2015), cujos conteúdos confluíram na Exortação Apostólica Amoris laetitia, do Papa Francisco, de cuja publicação, precisamente nestes dias, se celebra o primeiro aniversário.
“A alegria do amor”, de que fala o Papa, está bem representada nas muitas palavras e nos rostos das pessoas e famílias, provenientes dos cinco continentes, que afluíram a Loppiano (Itália), no passado mês de março, para participar no evento (aliás, um multi-evento internacional) “FamilyHighlights”, onde, durante três dias, se aprendeu, por um lado, a arte da reciprocidade («A vida matrimonial é como um barco – comentava uma família do Perú – se se rema sozinho o esforço é enorme»), por outro, “a arte de amar” que dá à família a força de se auto-regenerar, através da confiança, do perdão, da responsabilidade, da criatividade, do acolhimento, do apoio mútuo. O evento de Loppiano foi aquele à volta da qual se desenrolaram, uns antes outros depois, mais uma centena de manifestações em todo o mundo, a primeira das quais se realizou no Cairo (Egipto), a 27 de janeiro passado, e nos meses sucessivos (algumas ainda estão em curso), em muitos outros países: Panamá, Croácia, Itália, Uganda, Tanzânia, USA, Brasil, França, Quénia, Panamá, Lituânia, Austrália, Bélgica, Canadá, Brasil, Burundi, Singapura… Em todos estes eventos se apresentaram experiências concretas e se realizaram seminários sobre temas como: a educação, a relação do casal, o acolhimento, histórias de heroísmo escondido vivido diariamente em zonas de guerra, de solidariedade em situações difíceis para com populações desfavorecidas… e ainda workshops, espetáculos, momentos de festa e de oração comunitária.
Se é difícil evocar todos estes acontecimentos e descrever as características de cada um, nas diferentes latitudes, é impossível não reconhecer, nesta festiva ascensão de “luzes para a família” – qual fogo-de-artifício – acesas em sinergia com outros movimentos, representantes de Igrejas, religiões e instituições civis várias, aquelas “sementes de comunhão para a humanidade do terceiro milénio”, que foram profetizados por Chiara Lubich, em 1993.
Abr 10, 2017 | Focolare Worldwide
«Um atentado não só contra os cristãos, mas contra o povo, contra a religião» – é esta a perceção que os membros do Movimento dos Focolares no Egipto têm dos massacres perpetrados no Domingo de Ramos. As comunidades dos Focolares sublinham a imediata solidariedade manifestada por muitos muçulmanos que se ofereceram para dar sangue nos hospitais. «Sendo o povo egípcio um povo de profunda religiosidade, muçulmanos e cristãos sentiram-se chamados a reforçar a própria fé, depois dos atentados», disse um membro do Movimento. Duas igrejas cristãs coptas, uma na cidade de Tanta, no Delta do Nilo, e outra em Alexandria, a segunda cidade do País norte-africano, foram os alvos escolhidos pelos terroristas. Em Tanta foi atingida a Igreja de S. Jorge, provocando 27 vítimas. E em Alexandria, o alvo atingido foi a Igreja de S. Marcos, onde morreram 18 pessoas. O presidente egípcio, Abd al-Fattah al-Sissi, declarou o estado de emergência por três meses, período em que, entre outras limitações, ficará suspenso o direito a manifestações de qualquer tipo. Os atentados coincidiram com a celebração do Domingo de Ramos que marca o início da semana litúrgica mais importante para os cristãos. De lá escrevem-nos: «Foi um verdadeiro início da Semana Santa. Vinha-nos particularmente à mente a passagem do Apocalipse que descreve uma “multidão imensa… de todas as nações… com ramos de palmeira nas mãos” e tinha “lavado as vestes… no sangue do Cordeiro”» (cf. Ap 7, 9.14). O Santo Padre, na manhã de domingo, na Praça de S. Pedro, rezou «pelas vítimas do atentado», exprimindo as suas condolências «ao meu caro irmão, papa Teodoro II, à Igreja Copta e a toda a querida nação egípcia». E concluiu: «Possa o Senhor converter os corações daqueles que semeiam o terror, a violência e a morte».
Abr 8, 2017 | Focolare Worldwide
Félicité: Tínhamos depositado toda a esperança no nosso filho mais velho. Realmente, ele é o filho que tem mais aptidão, é inteligente, prestativo e capaz! Sou epidemióloga, em 2008 passei em um concurso, mas, para assumir o cargo me transferi a Bobo-Dioulasso, no Burkina Fasso. Meu marido permaneceu no Benin para ocupar-se das duas empresas de nossa propriedade, que estavam em dificuldades por causa da grande recessão econômica. Mas, a solidão e a grande preocupação pesaram muito para a saúde dele. Abatidos por esses acontecimentos decidimos fechar uma das empresas e confiar a administração da outra – uma agência de viagens – ao nosso filho. Isaac: Para cuidar da saúde fui para Burkina, ao lado de Félicité e, regularmente eu voltava ao Benin para controlar o bom andamento dos negócios. Mesmo percebendo que certas regras não estavam mais sendo respeitadas, não me dei conta do enorme rombo econômico que, em dois anos provocou a falência da empresa. Uma vez que os pagamentos não foram saldados, foram confiscados todos os bens da empresa e as contas bancárias foram fechadas. Quando retornei ao Benin descobri que haviam enganado o nosso filho. Tendo ainda confiança, deixei com ele alguns cheques assinados em branco. Mas, improvisamente, ele fugiu: ninguém tinha notícias dele e não sabíamos se estava vivo ou morto. O valor das dívidas era muito alto e eu, sendo o titular da agência, corria o risco de ser preso. Assim, Félicité e eu nos comprometemos a saldar tudo em prestações, convencendo os credores de que eu era vítima inocente da má administração do nosso filho. Como poderia imaginar que o meu filho mais velho teria abusado da minha confiança e que, pior ainda, teria desaparecido sem deixar nenhuma pista? Ele não era mais meu filho. Não me restava que cancelá-lo completamente da minha memória. Para mim a ferida era mais profunda. Eu temia que, para escapar à nossa ira, ele se suicidara; ou, era refém de algum credor. Eu vivi meses muito dolorosos. Foi grande a nossa surpresa quando, por ocasião do meu aniversário, eu recebi uma mensagem dele, via Internet. Porém, Isaac não queria perdoá-lo e, muito menos, procurá-lo. Justamente naquele período nós fomos convidados para um encontro, na Costa do Marfim, organizado pelo Focolare. Lá assistimos um vídeo, no qual Chiara Lubich explica que nas situações difíceis é necessário fazer como faz a galinha choca: quando um dos pintinhos cai, por causa da irregularidade do terreno, ela desce com todos os outros pintinhos, para buscar o que caiu. Muito impressionados com este ensinamento nós partilhamos a nossa situação com as outras famílias ali presentes e todas nos exortaram a procurar o nosso filho.
A misericórdia venceu o rancor. Após assistirmos uma missa para confiar a Deus a nossa longa viagem, partimos para o Níger. Um amigo do nosso filho nos passou um número de telefone daquele país. Era a única referência que tínhamos. Depois de atravessarmos dois países, chegamos a Niamey e telefonamos: imediatamente ele foi ao nosso encontro, no estacionamento onde estávamos. Ficou feliz ao rever-nos e, especialmente, por experimentar o nosso amor, não obstante tudo. Ele estava muito magro, enfrentando muitos problemas que, de uma ou outra forma, procurava resolver. Nós lhe garantimos que todos nós, juntos, deveríamos procurar a solução para tudo. A acolhida e a paz reencontrada lhe permitiram recomeçar a vida, com a concretização de algumas etapas decisivas: o arrependimento, o retorno a Deus e à oração, o recomeço da vida profissional, o namoro e casamento. Concluindo esta experiência podemos dizer que tocamos com as próprias mãos, que a misericórdia e a paz são armas que nos tornam livres.
Abr 4, 2017 | Focolare Worldwide
O focolare no leste do Himalaia, em Kalimpong, foi aberto no dia 9 de setembro de 2016, quando três focolarinos se estabeleceram na casa oferecida pelo bispo da diocese de Darjeeling, D. Stephen Lepcha. Situada a 1250 metros de altitude, Kalipong é uma cidade central na diocese, de onde pode-se chegar – com algumas horas de viagem – seja a outras cidades importantes (Darjeeling, Kurseong, Siliguri, Sikkim), como a outros países como Nepal e Bhutan. «Já no início de junho viajamos àquela região para procurar uma casa adequada para a abertura de um focolare – conta Vivek, da Índia – e o bispo nos ofereceu aquela de Kalimpong. Nestes meses de espera houve várias ocasiões para encontrar grupos de jovens (nas paróquias e escolas), famílias, sacerdotes, religiosos e religiosas, além de pessoas envolvidas no diálogo inter-religioso. Nós apresentamos a todos a espiritualidade da unidade que procuramos viver. O bispo, na verdade, considera o Movimento dos Focolares, com a sua espiritualidade, um elemento muito atual para renovar a comunidade cristã na sua diocese e a trama dos relacionamentos interpessoais na sociedade local».
«Logo que abrimos o focolare experimentamos muita acolhida – continua Rey, filipino –, por parte da nossa comunidade na Índia e também das pessoas do lugar, que nos encheram com todo tipo de presentes para o focolare e de alimentos, para os primeiros dias. Para nós era um sinal da benção de Deus para esta nova iniciativa». Na noite antes da inauguração do focolare, as focolarinas de Déli haviam trazido alguns terços abençoados pelo Papa Francisco. «Recebendo esse presente, um de nós disse que iria dá-lo para outra pessoa. Mas um outro afirmou que não concordava com essa ideia, e com isso a situação ficou um pouco tensa. O que fazer? Certamente não poderíamos inaugurar um focolare, no dia seguinte, se não havia unidade e harmonia entre nós. Assim ficamos juntos até mais de meia noite, para esclarecer os mal-entendidos. Desse modo restabelecemos a unidade e a presença espiritual de Jesus entre nós, que vale muito mais do que todos os preparativos, que também precisavam ser bem feitos».
Durante a inauguração, o Núncio apostólico expressou o desejo de que «a nova casa do focolare seja um instrumento nas mãos de Deus, para realizar os ideais e a espiritualidade do Movimento dos Focolares». O bispo deu sua benção, na presença de cerca 50 pessoas, salientando a contribuição do Movimento no campo do diálogo inter-religioso e o testemunho que se dá do Evangelho, por meio da vida. Em janeiro passado, dois focolarinos foram convidados pelo bispo da diocese próxima, de Bagdogra, D. Vincent Ainda, para transmitir pensamentos espirituais durante um retiro de sacerdotes. «O tema estava centralizado no ministério público de Jesus e, especialmente, no seu comportamento diante dos estrangeiros. Foi uma ocasião para falar aos sacerdotes sobre a nossa dinâmica em construir, na sociedade, relacionamentos baseados no amor evangélico».
«Nestes últimos meses – concluem Vivek, Rey e Jonathan Lara, também ele das Filipinas – estamos realizando momentos de formação sobre a liderança e o desenvolvimento da personalidade para os estudantes de algumas escolas próximas, e nas colinas dos arredores. Ultimamente pediram-nos para fazer essa formação também com os professores. Para nós é um desafio entender como proceder da melhor forma, para que a luz do Evangelho chegue a essas terras montanhosas e férteis».