“Este não é um simples congresso de educadores”, afirma com emoção uma das participantes. “Eu não sou a mesma; quando cheguei aqui eu era outra pessoa”. “A fraternidade, como escolha do ser, é o sangue que deve escorrer nas minhas veias”. São algumas das impressões dos numerosos participantes provenientes de muitos países do Cone Sul que se reuniram em Rosário, Argentina, de 12 a 14 de maio passado. Além desses, cerca 500 educadores seguiram a transmissão direta durante os vários momentos dedicados aos temas do congresso: “A aprendizagem serviço”, “Educar a uma economia fraterna”, “O diálogo entre as gerações”, “Laboratório de empatia e intercultura”, para citar alguns deles. O primeiro dia iniciou com a visita do governador de Santa Fé, Miguel Lifschitz e outras autoridades de instituições locais. No segundo dia, o arcebispo de Rosário, dom Martin, ao pronunciar-se, iniciou afirmando que a palavra fraternidade nos diz que não estamos sós: “Nesta pátria, Deus nos colocou juntos e o desafio chama-se convivência. (…) Vocês não estão divulgando somente teorias, mas, vocês partem da vida, de fatos concretos”. bons métodos entre dirigentes e inspetores, propondo políticas institucionais inovadoras a favor da inteira comunidade educativa. As instituições educativas com orientação artística, que assumiram como próprio o objetivo da fraternidade, testemunharam como se vive o aspecto intercultural por meio da arte, demostrando como pode existir um novo modo de ser artista. O workshop sobre a inclusão ofereceu a sua contribuição esclarecendo o conceito pelo qual “o outro, o diferente, é um dom”. O tema sobre a educação e a formação fora da escola – que acontece durante a vida toda e que tem a fraternidade como metodologia – indicou como caminho sair em direção às periferias com um programa centralizado nos valores. As experiências sobre a relação entre educação e tecnologia foram apresentadas como uma grande oportunidade para todos de alcançar a fraternidade, colocando em relação os alunos entre eles e com os professores em igualdade de condições e, também, como possibilidade de evidenciar o que há de melhor na outras pessoas, para aprender de todos. Foram apresentados muitos métodos educativos que obtiveram ótimos resultados, em relação à potencialidade da linguagem corporal e do decálogo da Regra de Ouro no âmbito esportivo, para construir pontes nestes setores tão importantes. Tudo isto pode ser resumido na proposta educativa de Chiara Lubich, uma trajetória aplicada em vários contextos do mundo, inspirada no amor à pessoa mais vulnerável, o “ignorante”, o abandonado, aquele que é excluído do sistema. Um caminho que identifica naqueles que sofrem a presença de Jesus crucificado e abandonado: um abandono que recebeu a sua resposta de amor na ressurreição; um instrumento, portanto, para construir a fraternidade a partir da “fenda”. Enzo, de Chacabuco, especialista em musicoterapia, disse: “Saio daqui muito contente, cheio de esperança, sabendo que existe este paradigma, sabendo que existem muitas pessoas que trabalham combatendo a verticalidade, a falta de escuta, a mentalidade difundida na a qual o conhecimento está somente nas mãos do professor, do adulto. Este é um caminho diferente. Saio daqui feliz e espero que se realize logo a segunda edição deste congresso. Fonte: Site Cono Sud
Ser mãe/pai de todos
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