Um simples nougat
Regularmente eu me encontro com a equipe sinodal, na paróquia. Somos sete pessoas eleitas por um ano, na assembleia local, para trabalhar pela atuação do processo sinodal. Nós nos reunimos no final do dia, muitas vezes trazendo conosco o cansaço e as preocupações pessoais, ainda que procuremos não pensar nisso para nos colocar à serviço da comunidade.
Numa reunião, com a desculpa da “semana da doçura” que era naqueles dias, levei um nougat para cada um. Estávamos felizes como crianças, relaxamos e as atitudes mudaram. Eu percebi que a comunhão se constrói com pequenos gestos.
(C.P. – Argentina)
Escolheram a paz
Marc e Maria Antônia, de meia idade, com surpresa receberam uma herança. Era do padrinho de Marc, um tio solteiro que o amava muito, e tratava-se de uma pequena empresa de máquinas industriais. Eles pensaram muito, mas, no afinal decidiram mantê-la ao invés de vendê-la, em parte para preservar os empregos dos seis dependentes e também com a ilusão de ter um trabalho próprio, envolvendo o filho que havia estudado engenharia de materiais.
Não obstante o entusiasmo, a dedicação e os esforços de todos, passaram um momento difícil. A empresa não funcionava. Um ano depois de assumir a gerência foram obrigados a demitir dois trabalhadores e restituir as máquinas que não conseguiram pagar integralmente. E tinham inclusive algumas dívidas com bancos e com a família.
À noite, quando voltavam exaustos para casa, começavam a pensar que talvez tivessem errado, mas não se renderam, recomeçaram a buscar novos clientes. Aos poucos a empresa retomou o ritmo, não teve mais perdas e puderam começar a pagar as dívidas. Mas o que sobrava para que sobrevivessem era bem pouco.
Veio outro período muito difícil. Até que chegou um novo cliente que desejava efetuar uma encomenda grande e periódica, que daria a eles a tão esperada tranquilidade financeira. Ficaram muito felizes. Porém, logo se deram conta que aquilo que deveriam produzir serviria para uma indústria de armas, eram partes de canhões. Estavam desolados. Podiam fechar os olhos e fingir que não era nada? Além do mais, se não fossem eles, outros fariam o trabalho…
Conversaram muito, também com o filho, Pedro. Foram várias noites sem dormir. Não queriam contribuir, nem indiretamente, com a morte violenta de alguém. E o pedido foi rejeitado.
Depois dessa difícil decisão, de forma inacreditável a empresa teve outros trabalhos e conseguiu ir para frente, apesar das dificuldades.
(A. M. – Espanha – da revista LAR)
Acreditar
Estamos reunindo fundos para viajar do nosso país, as Filipinas, para Roma, a fim de participar do Jubileu dos Jovens. Nestes dias, duas senhoras idosas vieram nos trazer algumas moedas do seu “cofrinho”. Uma delas, ao entregar as moedas, nos disse: “Estas foram guardadas e conservadas por um ano no pequeno altar que tenho em casa”. O seu presente humilde, mas profundo, que brotou da fé e do sacrifício, nos deixou sem palavras.
(Alguns jovens das Filipinas)
Aos cuidados de Carlos Mana
Foto: © Jonathan en Pixabay
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