Movimento dos Focolares

Helmut Nicklas: seu “desempenho na comunhão entre os movimentos cristãos foi decisivo”

Ago 15, 2007

Assim Chiara Lubich recordou esta “personalidade carismática”, membro da Igreja Evangélica Luterana da Alemanha, um dos responsáveis pela ACM (Associação Cristã de Moços).

  “Helmut Nicklas era verdadeiramente uma pessoa carismática pela capacidade de escutar a voz e Deus e segui-lo com radicalismo”. Palavras de Chiara Lubich na mensagem lida na Igreja de São Mateus, catedral Evangélica Luterana de Munique, sexta-feira, 17 de agosto de 2007, durante a última saudação a este “estimado amigo e verdadeiro irmão”, que com “ardor” dedicou a sua vida à unidade. Helmut Nicklas concluiu a sua viagem terrena no domingo, 12 de agosto, após uma dolorosa doença que o atingiu há mais de um ano. Tinha 68 anos. Nasceu em Nabburg (Alemanha), era casado e tinha dois filhos. De 1971 a 2002 foi o responsável pela ACM de Munique (Associação ecumênica de jovens cristãos). De 1982 a 1998 assumiu também o cargo de vice-presidente da YMCA World-Urban-Network (que congrega mais de 2 mil associações, em todo o mundo), e a partir de 1985 foi membro da Advisory Bord da International Carismatic Consultation. Chiara Lubich destacou o seu “desempenho decisivo” no caminho da comunhão entre movimentos e comunidades de várias Igrejas, o que foi testemunhado pela consistente presença de representantes de comunidades e movimentos católicos durante o funeral, e as mensagens enviadas pela Comunidade de Santo Egídio e Schönstatt. Tal caminho de comunhão, iniciado em 1999, teve seu florescimento nas grandes manifestações denominadas “Juntos pela Europa”, realizadas em Stuttgart (Alemanha), em 2004 e em maio deste ano, para contribuir a “dar uma alma” ao continente europeu e superar desavenças e barreiras.  

Ainda nos anos 60 houve um  primeiro encontro entre Chiara e Helmut.
Em seguida transcrevemos a íntegra da mensagem de Chiara Lubich:

  “Após muitos anos, revi Helmut Nicklas em 1999, em Ottmaring, com vários responsáveis dos Movimentos evangélicos. Estava nascendo a comunhão entre Movimentos de várias Igrejas. Desde então esse caminho, do qual participamos, conheceu várias etapas em toda a Europa e fora dela, com grandes e históricos desenvolvimentos do Povo de Deus. E nas diversas etapas desse caminho de comunhão Helmut teve sempre um papel decisivo. Exatamente na Igreja de São Mateus, no dia 8 de dezembro de 2001, houve um intercâmbio de dons espirituais que foi muito importante. Após a minha palestra sobre o amor recíproco, Helmut convidou os 800 responsáveis de vários Movimentos presentes a fazer um “pacto de amor recíproco” (Jo 13,34). Este pacto, renovado em diversas ocasiões, é considerado o fundamento da comunhão entre Movimentos e a acompanhará também no futuro. Helmut era mesmo uma pessoa carismática pela capacidade de ouvir a voz de Deus e de segui-la com radicalismo. Essa capacidade o fez ter uma visão prospectiva e suscitou nele uma grande paixão pela unidade. Foi um verdadeiro servidor da comunhão entre os Movimentos, alguém que – como ele mesmo disse – deve ser capaz de esquecer de si e dos interesses da própria comunidade, para servir todos. E deu o exemplo disso. Todos nós do Movimento dos Focolares levaremos Helmut Nicklas sempre no nosso coração, como um amigo muito amado e um verdadeiro irmão”. Durante a doença, Chiara esteve em constante contato com ele, por meio de membros do Movimento dos Focolares da Alemanha. Dois dias antes de sua morte foi visitado por Severin Schmid, na clínica onde estava internado, em Munique. A Severin confiou quase um testamento que se refere exatamente à comunhão entre os movimentos: “Vivemos momentos históricos. São como sinais que nos indicarão o caminho, inclusive no futuro. Devemos permanecer fiéis ao que Deus nos fez viver. Devemos contar essa história”. Helmut Nicklas era um dos delegados da Igreja evangélica alemã convidados para o Congresso Internacional que antecedeu o grande encontro dos movimentos e novas comunidades com o Papa Bento XVI, na véspera da festa de Pentecostes de 2006. Numa entrevista à agência Zenit perguntaram-lhe o que existe em comum entre movimentos e comunidades evangélicos e católicos. Helmut Nicklas respondeu: “Com os movimentos católicos nos une a forte convicção que os homens de hoje precisam de Jesus Cristo”.

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