Movimento dos Focolares

“Imitar os primeiros cristãos, hoje, no século XXI”

Set 14, 2006

Palavras de Chiara Lubich para os “dois dias” dos “voluntários de Deus”, em Budapeste, no 50º aniversário de sua fundação, para um retorno às raízes e um novo impulso ao compromisso de renovação da sociedade. O evento culminará na Jornad

 Em Budapeste, sábado, 16 de setembro, será exposta a novidade de vida e de pensamento que está emergindo do campo da economia, do direito, da comunicação e da política. Uma novidade que tem suas raízes na primazia de Deus, no radicalismo do Evangelho, vivido no cotidiano de milhares de pessoas em diferentes contextos sociais, suscitada pelo carisma da unidade do Movimento dos Focolares. Os protagonistas são os “voluntários de Deus” (ramificação do Movimento dos Focolares) empenhados na renovação da sociedade. Num clima de festa teve início o encontro de dois dias (14 e 15 de setembro), intitulado “50 anos de serviço à humanidade”, que reúne os 9.000 voluntários de todo o mundo no moderníssimo ginásio “SportArena”, da capital húngara, para um retorno às raízes da sua história e um novo incentivo ao compromisso deles na renovação da sociedade. Budapeste 1956 – As suas raízes estão cravadas em um momento histórico dramático, revivido com emoção na abertura do encontro: a invasão das tropas russas, que em novembro de 1956 sufocam o anseio de liberdade do povo húngaro. Ressoou no SportArena a voz do Papa Pio XII, na mensagem radiofônica na qual lançava o apelo de fazer voltar “aos parlamentos, às casas e às oficinas Deus, fonte de todo direito, justiça e liberdade”. Foram recordadas as palavras de Chiara Lubich que deram início à aventura dos voluntários e das voluntárias: “Houve uma sociedade capaz de apagar o nome de Deus (…) do coração dos homens. Deve existir uma sociedade capaz de recolocá-lo no seu devido lugar. São necessários discípulos de Jesus autênticos, um exército de voluntários, porque o amor é livre”. Budapeste 2006 – Numa mensagem em que recorda essas raízes, Chiara Lubich traçou a identidade do voluntário hoje, mostrando uma sintonia singular com o Papa Bento XVI, que nestes dias, em Mônaco, incita a responder aos desafios do momento histórico atual que, como nunca, necessita de Deus, de fazer Dele “a força determinante para a nossa vida e o nosso agir”, “para que a justiça e o amor tornem-se forças decisivas na ordem do mundo”. Chiara relembrou o objetivo proposto por ela, 50 anos atrás: “criar um bloco de homens de todas as idades, raças, condições, ligados pelo vínculo mais forte que existe, o amor recíproco, amor que funde os cristãos em uma unidade divina”. Meta que definiu atual “em sociedades conturbadas como as nossas, mas mesmo assim plenas de desejos e de potencialidades”. Os voluntários, enquanto leigos, vivem “nas condições ordinárias da vida familiar, profissional e social”, com uma vocação – evidenciou Chiara – “tão totalitária, tão livre, tão essencial”, que os chama hoje, “no século XXI, a imitar os primeiros cristãos, a edificar, como o fermento na massa… ‘os céus novos e terras novas’, renovados pela luz do Evangelho”. Em seguida foram percorridas as etapas relevantes da história dos voluntários, do caminho que manifestou a vocação específica deles. Recordaram-se as origens, ligadas aos anos 40, primórdios do Movimento dos Focolares, quando Chiara Lubich, ao lado de suas primeiras companheiras, deu início à sua aventura espiritual justamente entre os mais pobres, com a determinação de resolver o problema social de Trento, e com a certeza de que “a revolução evangélica é a mais potente revolução social”. Apresentaram-se os pioneiros dos “voluntários de Deus”, testemunhas de um grande amor pela humanidade e da capacidade de construir autênticas porções de “fraternidade no social”, no ambiente no qual viveram. Serão apresentados testemunhos que abrirão janelas de vida, das quais emergirá o impacto do Evangelho vivido no cotidiano sobre a realidade social, nos mais diferentes contextos culturais.

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