Um laboratório não para, no máximo adia resultados. Especialmente se sua finalidade é implementar soluções práticas para gerar esperança e reanimar a Itália, hoje. Os organizadores não pronunciaram a palavra “fim”, no final da segunda edição do LoppianoLab: o laboratório nacional que viu trabalhar, em rede pela Itália, durante quatro dias, economia, cultura, arte, educação, num diálogo contínuo, à procura, não de um futuro para o país, mas de um presente repensado e compartilhado. A avaliação do multi-evento é positiva; confirmou a vocação característica de ser um espaço nacional de encontro entre o mundo do trabalho, agentes culturais, instituições e cidadãos. O encontro reuniu no centro internacional de Loppiano, em Florença, cerca de 3.000 pessoas e 70 empresas italianas. Ao todo, foram 56 os eventos, entre os quais mesas-redondas, conferências, performances artísticas, cafés literários e gastronomia multicultural. Entre esses, teve importância a segunda Convenção Nacional da Economia de Comunhão, 20 anos após o seu lançamento: economistas e empresários trabalharam juntos para encontrar pistas para o futuro. Alberto Ferrucci, membro da Comissão Internacional da EdC, anunciou que será apresentado à ONU um documento de propostas formulado a partir do projeto Economia de Comunhão para enfrentar a crise e criar um novo modelo de desenvolvimento. Muitas foram as histórias contadas nesses dias: de empresários que optaram por não pensar apenas no produto final e nas receitas, mas também considerar os indivíduos como os pontos fortes do trabalho. “A Trindade, um estilo de vida?” foi o título do diálogo entre teologia, filosofia e arte a partir do livro de autoria do teólogo Piero Coda, “A partir da Trindade” (numa tradução livre). No Instituto Universitário Sophia (IUS), o LoppianoLab desenvolveu-se em outras duas fases: a apresentação da revista Sophia, o resultado das pesquisas desenvolvidas no Instituto, e a revista Nuova Humanità – há 30 anos expressão cultural do Movimento dos Focolares; os participantes puderam também conhecer o projeto acadêmico do Ius, que se configura como um percurso de vida, de estudo e de pesquisa que permite adquirir e constantemente aprofundar uma cultura de inspiração cristã, capaz de iluminar e animar as múltiplas dimensões da vida humana e as diferentes disciplinas. O encontro do Grupo Editorial Città Nuova reuniu-se primeiro em plenário e depois em grupos regionais de trabalho, agentes e jornalistas, leitores e colaboradores da revista italiana Città Nuova, todos protagonistas e empenhados em fortalecer a rede nacional que promove a cultura da unidade. Enquanto a cidade de Loppiano, que sediou o evento, ofereceu o Open City, um percurso original que permite conhecer lugares e pessoas: os 50 anos de Exposições Centro de Arte Ave, leituras de obras artísticas por meio de textos de Igino Giordani e de Francois Neveux, música, danças e sabores do mundo, reunião com professores e estudantes de Sophia, mini-apresentações de livros, cujos autores se fizeram presentes, e muito mais. Na manhã do domingo (18/9), o laboratório conclusivo intitulado “Ter esperaança com a Itália. Em rede pelo Bem Comum, nos 150 anos da Unidade Nacional” pôs em evidência as realizações em vários campos indicando caminhos viáveis para o prosseguimento de uma análise mais aprofundada e de experimentação, resumidos em quatro propostas para que a Itália volte a ter esperança: o apoio do empreendedorismo juvenil, com especial atenção para o Sul desse país, na Expo das empresas de EdC presentes no Polo Bonfanti; a necessária abertura a outras redes, organizações e instituições, nos laboratórios promovidos pelo Grupo Città Nuova; a Escola de Verão na Argentina e no Chile e os três novos cursos de mestrado do Instituto Universitário Sophia, meio e oportunidade para relançar o novo humanismo; Loppiano como um laboratório permanente. Qual a contribuição de Loppiano para a Itália? Mostrar que, nas nossas cidades, também é possível viver a unidade no dia a dia.
Almejar o bem comum
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