Movimento dos Focolares

Mianmar: a serviço da comunidade

Jan 8, 2014

Mianmar (antiga Birmânia), país com mais de 50 milhões de habitantes, situado no sudeste asiático. Numa pequena vila do sul do país avia-se um projeto para a produção de energia elétrica a biogás, fruto do esforço comum e solidário de muitas pessoas.

Vila Kanazogone

«Desde a sua fundação, em 1860 – conta o pároco, Pe. Carolus Su Naing –, a paróquia serviu a igreja local interessando-se, antes de tudo, pelo desenvolvimento social e pastoral dos moradores da região e, com os anos, fundou outras quatro paróquias, Pinle, Aima, Pein ne gone, Myitkalay e Wakema, onde moram, no total, cerca de 8.000 católicos. Kanazogone sempre teve uma função vital no cuidado com as pessoas mais necessitadas. Quando o tufão “Nargis” devastou a região do Delta, em 2008, a nossa vila tornou-se o centro dos refugiados: cerca de 3.000 pessoas atingidas pelo tufão».

Qual é a situação de vocês atualmente?

« Kanazagone ainda não tem energia elétrica fornecida pela prefeitura – continua a explicar o sacerdote focolarino -. Todos os moradores precisam procurar com os próprios meios alguma forma de iluminação, usando velas e baterias; somente algumas casas tem um pequeno gerador a óleo. Recentemente discutimos, com os chefes do povoado, sobre a necessidade de ter um gerador mais forte e potente, que leve a eletricidade a todas as famílias. A instalação de um potente gerador a biogás irá melhorar a vida do vilarejo e a capacidade de trabalho de seus habitantes».

Silo para a casca do arroz

Perguntamos a Rolf Infanger, suíço, membro dos Focolares, que trabalha diretamente no projeto, como funcionará o gerador.

«O gerador alimentado com biogás ativa um dínamo de 200 KW, suficiente para toda a vila. É uma invenção de Mianmar. A novidade está no fato que o biogás é gerado pela combustão da casca de arroz, um produto descartado. A casca do arroz, que em geral é jogada fora, pode ser usada de maneira eficiente para produzir energia elétrica biogás. Além disso, o suporte técnico será garantido pelo produtor do motor, que é local. Em Mianmar já estão sendo usados, com êxito, muitos maquinários desse tipo.

Essa região é cercada por campos de arroz; a refinaria onde o cereal é elaborado encontra-se aqui na vila. O projeto, administrado pelo engenheiro inventor e pelo chefe do povoado, começou em abril de 2013, com a chegada de um empréstimo de 25.000 euros. Será preciso pagá-lo em cinco anos, mas com uma taxa mínima. Fazemos a forte experiência de perceber que Deus nos guia, nos orienta a fazer coisas úteis para a vida do vilarejo».

motor a biogás

Quais são as expectativas de vocês para quando o gerador começar a funcionar?

«Graças ao fornecimento de luz e energia geradas pelo equipamento a biogás, quando estará funcionando – assegura Pe. Su Naing – as famílias vão melhorar a sua vida cotidiana. A renda dos habitantes aumentará, porque terão a possibilidade de trabalhar em casa nas primeiras horas da noite. A luz e a energia irão sustentar a escola e o ambulatório, em tempos normais e também em momentos de emergência. As crianças terão mais facilidade em suas tarefas. A iluminação nas ruas aumentará a sensação de segurança, favorecendo a vida social».

Se você deseja ajudar esse projeto:

Conta bancária na Alemanha:

Maria Schregel Hilfswerk e.V.

Sparkasse Uelzen (Caixa Econômica de Uelzen)

IBAN: DE39 2585 0110 0009 0079 49

Swift: NOLADE21UEL

___

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

Buscar a paz: um caminho nas mãos de cada um

Buscar a paz: um caminho nas mãos de cada um

Eliminar qualquer desejo de dominar. Em um mundo constantemente dilacerado por conflitos, seguindo o apelo do Papa Leão XIV para construir uma paz “desarmada e desarmante”, partilhamos uma reflexão muito apropriada de Chiara Lubich, extraída de uma Palavra de Vida de 1981.

Em direção a uma pedagogia da paz

Em direção a uma pedagogia da paz

Como nos tornarmos agentes de paz na realidade em que vivemos todos os dias? Anibelka Gómez, da República Dominicana, nos conta, por meio de sua experiência, como é possível formar redes humanas capazes de semear beleza para o bem de comunidades inteiras por meio da educação.