«Os refugiados não são números que enchem os telejornais, mas são pessoas a serem acolhidas inclusive em sua dimensão humana de mulheres e homens aos quais foram negados sentimentos e projetos». É a convicção a que chegaram os 18 jovens de 5 países europeus e do Oriente Médio, reunidos em Bad Urach (Alemanha), de 12 a 17 de março, para a segunda etapa do projeto Host Spot, promovido por New Humanity e Starckmacher, junto com outras associações, e cofinanciado pelo programa Erasmus+ (UE). Host Spot almeja dois objetivos: Host lembra a acolhida e Spot a realização de breves vídeo-documentários para incidir sobre a opinião pública.
Na primeira fase do projeto, realizado na Jordânia em agosto de 2016, os jovens puderam recolher da viva voz dos refugiados sírios e iraquianos – hóspedes da Caritas da Jordânia – as dramáticas histórias da sua migração forçada, documentando-as com gravações em vídeo. Uma experiência que os conscientizou das reais motivações que os impeliram a deixar o próprio país, dos riscos que correram durante o êxodo, da chegada precária na nova terra. A ideia de tornar conhecida esta dolorosa situação tomou corpo já nos dias de Amã. De fato, os jovens se convenceram de que trazer à tona estas informações, poderia dar ao debate em andamento, focalizado principalmente em estratégias políticas e custos econômico-sociais, uma visão verídica do fenômeno da migração; uma sua contribuição concreta, através de uma campanha de sensibilização da opinião pública. No encontro em Bad Urach se mirou a desenvolver, nos jovens, competências técnicas no campo da comunicação e da produção de documentários sociais. Estavam presentes também alguns especialistas que trabalham em contato direto com os refugiados, os quais forneceram muitas informações sobre a situação na Alemanha e sobre os sistemas europeus de hospedagem. Uma contribuição importante para um conhecimento correto da situação, frequentemente transmitida pela mídia de modo parcial e manipulado.
Os jovens participantes traziam consigo a própria bagagem cultural e a visão da migração que se vive e se enfrenta no país deles. Eles se envolveram, num exercício de reflexão e escuta, para acolher e entender o pensamento do outro; convictos de que a contribuição que realizariam naqueles dias, mesmo se pequena, traria uma mudança. O sucesso desta fase do programa é ter realizado uma aprendizagem internacional num clima de partilha entre jovens de culturas e línguas diversas. Através de workshops, seminários, debates, desmoronaram muitos dos preconceitos e estereótipos que tanto europeus quanto médio orientais tinham uns para com os outros, descobrindo que, apesar das diversidades, existem muitos valores em comum. Como resultado concreto foram produzidos três vídeos-spot a serem compartilhados com os coetâneos dos seus países, para encorajá-los a fazer experiências semelhantes, se tornando assim, também eles, promotores de mudança. A terceira e última etapa do projeto acontecerá no Egito, no final de outubro de 2017. Facebook
Envolver-se para fazer a diferença
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