O prêmio intituado a Klaus Hemmerle é conferido este ano ao bispo luterano Christian Krause, no dia 20 de janeiro, na catedral imperial de Aquisgrana. Para Christian Krause ele tem um siginificado muito particular: «Antes de tudo é um prêmio que toca o coração, porque recorda uma pessoa maravilhosa: Klaus Hemmerle». É a segunda edição deste prêmio, em comemoração ao falecido bispo de Aquisgrana, um pioneiro da vida ecumênica da Igreja alemã, e, ao mesmo tempo, um grande teólogo, que encontrou no Movimento dos Focolares a sua «linfa vital». A primeira edição, em 2004, foi dada ao professor judeu Ernst-Ludwig Ehrlich; desta vez o premiado é um expoente da Igreja luterana, em nível mundial, e um ecumenista que realiza o seu trabalho com paixão. Amigo do bispo Hemmerle, Krause foi um construtor de pontes, nas mais variadas situações de sua vida. Em 1971, foi convidado a dirigir um grande projeto em favor dos refugiados da Federação Luterana Mundial, na Tanzânia. De 1972 a 1985, foi responsável pelas relações exteriores da Igreja evangélica-luterana da Alemanha. Nesta função e, sucessivamente, como secretário da «Jornada evangélica da Igreja» (1985-1994), dedicou-se ao ecumenismo e à solidariedade, em nível mundial. Estabeleceu liames de profunda amizade com numerosos cristãos, em todo o mundo, especialmente na África, Ásia e América Latina. Como fruto desta confiança, após ter sido consagrado bispo da Igreja regional de Braunschweig, foi eleito presidente da Federação luterana mundial, durante a reunião plenária da mesma, no ano de 1997, em Honk Kong. Nesta função, ele assinou, em 1999, em Augsburg, a Declaração conjunta sobre a Doutrina da justificação, juntamente com o cardeal católico Edward I. Cassidy. Atualmente, o bispo Krause dirige o Centro luterano de Wittenberg, a cidade de onde partiu a reforma de Lutero, em 1517. O centro teve a sua origem do desejo de difundir no crescente «turismo luterano» a possibilidade de maior abertura «espiritual, ecumênica e mundial». Almeja, para o futuro da Igreja, novos relacionamentos entre hierarquia e movimentos espirituais e carismáticos. «Disto poderia nascer uma compreensão totalmente nova da Igreja», afirma Christian Krause. O seu modelo de ecumenismo é o mesmo do próprio Klaus Hemmerle: «Devemos aprender a nos tornar amigos e a nos tratar como tais, em todos os níveis». (de Joachim Schwind – Revista italiana Città Nuova – n. 1/06)
Ser construtor de paz
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