Movimento dos Focolares

O sacerdote hoje: homem da comunhão e do diálogo

Out 25, 2013

O simpósio “Sacerdotes, diáconos e seminaristas na escola de comunhão” marcou a reabertura do Centro de Espiritualidade “Vinea Mea” (Loppiano): uma formação para sacerdotes, diáconos e seminaristas centralizada na comunhão e no diálogo.

Sacerdotes capazes gerar uma pastoral “nova”, sacerdotes-Cristo para a humanidade, prontos a sair em direção das “periferias existenciais”. Estes são os votos de Maria Voce, Presidente dos Focolares que, ao lembrar as palavras do Papa Francisco, ilustrou os desafios e a finalidade do Centro de Espiritualidade para sacerdotes “Vinea Mea”, reaberto oficialmente ontem, com um simpósio “Sacerdotes, diáconos e seminaristas na escola de comunhão”, realizado com uma transmissão direta, no Centro internacional de Loppiano. Presentes os bispos Dom Mario Meini e Dom Luciano Giovannetti, os prefeitos das cidades próximas, além de cerca duzentos convidados provenientes de diversas regiões italianas.

Maria Voce evidenciou a importância para o Centro Vinea Mea” de ser parte da cidadezinha de Loppiano da qual obtém vida a proposta de formação: “Loppiano apresenta-se como uma porção de Igreja viva e como um esboço de sociedade nova, mostrando como seria o mundo se fosse colocado no fundamento de toda e qualquer relação o amor evangélico; é um lugar onde se formam homens “novos”, abertos ao diálogo, à comunhão, homens capazes de fazer da própria vida um dom para os outros.”

E retomou as palavras de Chiara Lubich que, em 1966, havia sugerido aos sacerdotes que frequentavam naquele ano a Escola sacerdotal que iniciava: “Saber pospor tudo, despir-se de toda pretensão de poder, para garantir a presença de Jesus entre eles. Deste modo será inevitável que Jesus faça nascer uma pastoral ‘nova’ e sacerdotes ‘novos’, sacerdotes dispostos a dar a vida por todos” e desejou que experiências deste gênero se multiplicassem também em outros países.

Vita Zanolini e Elena Di Taranto, do estúdio de arquitetura Centro Ave Arte falaram do desafio que encontraram no projeto de reforma e restauração do antigo convento franciscano do século XVI: fazer com que os ambientes se tornassem apropriados ao estilo de vida comunitário característico desta escola para sacerdotes, continuando ao mesmo tempo a dialogar com respeito e continuidade com a memória histórica que o próprio edifício testemunha.

Dom Mario Meini, bispo de Fiesole, fez questão de evidenciar a dimensão humana do sacerdote, o seu ser homem ao lado dos homens, irmão de todos: “O Concílio Vaticano II nos lembrou que o sacerdote é ‘escolhido entre os homens’ e que o seu ‘ministério é na comunidade’. É necessária uma espiritualidade presbiteral desvinculada de uma cultura ou de um ambiente, mas, que saiba ser porta-voz do mundo inteiro, que sinta o respiro da história atual: têm-se necessidade de sacerdotes portadores de comunhão.”

O Padre Imre Kiss, sacerdote húngaro, responsável de “Vinea Mea”, explicou o método formativo e o programa dos cursos de formação para sacerdotes. Ele disse: “Somos uma única comunidade, mas, vivemos também em pequenos ‘focolares’, na dimensão de família, na qual o amor recíproco é concreto e profundo e pode-se aprender o que significa ‘espiritualidade de comunhão’, tornar os ambientes aptos ao estilo de vida que constitui a característica específica desta escola para sacerdotes: a nova dimensão comunitária da Igreja.”

Stefania Tanesini

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