Um contexto político e social perigosamente instável, uma renda per capita entre as mais baixas no mundo, a pressão das potências internacionais sobre os enormes recursos naturais da região. Mas também o eco da coragem dos grandes líderes africanos do século XX, de Nkruah a Senghor, de Lumumba a Nyerere, que ainda ressoa como uma advertência a sair do passado para almejar grandes metas, “impossíveis só até quando alguém não as realiza” (com as palavras de Mandela). É neste âmbito que, no dia 4 de novembro passado, foi inaugurada em Kinshasa (República Democrática do Congo), Ecoforleaders, Escola de Alta formação para lideranças de comunhão, na presença de algumas autoridades políticas, diplomáticas, acadêmicas (entre as quais os reitores da Universidade Católica, da Universidade de Mapon, e dois eméritos das universidades de Kasangani e de Pedagogia Nacional), e religiosas, seja cristãs seja muçulmanas, salientando a esperança que suscita a abertura de Ecoforleaders no país africano. Tudo partiu de um grupo de estudantes africanos que se perguntaram como se dedicar totalmente por uma África nova e que agora, com o apoio do Instituto Universitário Sophia e do Centro internacional do Movimento político pela unidade (MPPU) trabalha com empenho para realizar este sonho. Para o corte da fita inaugural foi encarregado o Secretário da Conferência Episcopal Congolesa, homem muito conhecido por ter conduzido o diálogo entre políticos de maioria e oposição, por ocasião da controversa proposta de lei eleitoral que ligava a data das eleições presidenciais ao próximo recenseamento. Uma personalidade que até hoje é ponto de encontro entre as partes. Cinquenta estudantes, selecionados com currículo e entrevista, iniciarão os cursos conduzidos por um corpo docente, entre os quais três reitores de ateneus universitários e alguns preceptores. Não se trata de uma iniciativa isolada, pois a Escola se insere num mais vasto projeto, já apresentado à UNESCO, de formação a uma liderança inspirada na fraternidade universal, que verá a formação inclusive de preceptores e docentes, em Nairóbi, no próximo mês de janeiro. Um projeto que interessará a toda a África Oriental com a duração de três anos e, sucessivamente, se expandirá também em outras regiões africanas. Ler também: news República Democrática do Congo
Ser construtor de paz
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