Movimento dos Focolares

Valeria Ronchetti: “Luz e chama!”

Ago 28, 2012

Domingo, 26 de agosto, deixou-nos Valeria Ronchetti (Vale), que, com Chiara Lubich, fez parte do primeiro grupo de protagonistas do nascimento do Movimento dos Focolares. O funeral teve lugar no Centro Internacional do Movimento, em Rocca di Papa, Itália.

Quem teve o privilégio de conhecer Valeria Ronchetti (Vale) pode falar da extraordinária força de espírito desta mulher excepcional, como são – embora muito diferentes – todas as primeiras focolarinas que começaram ao lado de Chiara Lubich a “aventura da unidade”, como amavam definir o ideal que as arrebatou: fazer do mundo uma família, contribuir na realização da oração de Jesus, “Que todos sejam um” (Jo 17,21).

“É impossível sintetizar a riqueza, a variedade da vida de Vale, como protagonista em muitas regiões da Europa e de outros continentes, e nos mais vários âmbitos do Movimento” – escreveu Maria Voce na mensagem enviada ao todos os focolares do mundo para anunciar o falecimento de Valeria Ronchetti.

Nós a vimos dedicar-se ao desenvolvimento do setor das religiosas que aderem à espiritualidade da unidade, à comunhão entre os movimentos eclesiais e as novas associações, no mundo da arte, do esporte, dos meios de comunicação, apenas para citar alguns.

“Vale muitas vezes contou a sua história, em diversas circunstâncias, e tudo será recolhido, junto com notícias e testemunhos, para poder escrever a sua biografia”, escreveu ainda a presidente. E foi justamente contando a sua história, especialmente o encontro com Chiara Lubich, que quem a escutou ouviu a inesquecível saudação: “Luz e chama!”, em referência à forte descoberta de que “Deus é Amor e nos ama imensamente”, enquanto a Segunda Guerra se desencadeava.

“Preparamos um perfil dela – comunicou ainda a presidente – que será lido durante o funeral, ao qual todos poderão assistir na internet”.

E como sonhavam ainda jovens, em meio às ruínas da guerra, Vale repousará junto aos outros daquele primeiro grupo que “já chegaram”, no cemitério de Rocca di Papa, num túmulo que traz a inscrição da frase do Evangelho: “E nós acreditamos no Amor” (1JO 4,16), como testemunho comum da fé no amor de Deus.

“Estamos recebendo numerosas cartas, do mundo inteiro – continua Maria Voce – de muitas pessoas que contam o que o encontro com ela provocou em suas vidas. É um coro de agradecimento a Deus!”.

“Com imensa gratidão – conclui a presidente em sua mensagem – ofereçamos sufrágios por Vale, certos de que, do Paraíso, continuará a ajudar-nos a manter acesa nos corações a chama do Ideal da unidade e a levar a sua luz ao mundo”.

___

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Subscrever o boletim informativo

Pensamento do dia

Artigos relacionados

10 anos depois da Laudato Si’, o “Projeto Amazónia”

10 anos depois da Laudato Si’, o “Projeto Amazónia”

O dia 24 de maio marca os 10 anos da publicação da Encíclica “Laudato Si” do Papa Francisco. Um momento de celebração, de verificação do que foi feito e de a retomar e dar a conhecer a quem ainda desconhece o seu conteúdo. Conscientes de que “não haverá uma nova relação com a natureza sem um ser humano novo. Não ha ecologia sem una adequada antropologia” (LS, 118) apresentamos o “Projeto Amazónia”, contado por dois jovens brasileiros durante o Genfest 2024 realizado em Aparecida, Brasil.

Bruxelas: 75 anos da Declaração Schuman

Bruxelas: 75 anos da Declaração Schuman

Para acompanhar a Europa na realização de sua vocação – após 75 anos da Declaração Schuman – na sede do Parlamento Europeu em Bruxelas, em um painel de especialistas, expoentes de vários Movimentos cristãos e jovens ativistas deram voz à visão da unidade europeia como instrumento de paz. Foi um encontro promovido por Juntos pela Europa e parlamentares europeus.

O Concílio de Niceia: uma página histórica e atual da vida da Igreja

O Concílio de Niceia: uma página histórica e atual da vida da Igreja

No dia 20 de maio de 1700 anos atrás – data indicada pela maioria dos historiadores –, tinha início o primeiro Concílio ecumênico da Igreja. Era o ano de 325, em Niceia, a atual Iznik, na Turquia, hoje uma pequena cidade situada 140 km ao sul de Istambul, cercada pelas ruínas de uma fortaleza que ainda fala daqueles tempos.