“John 17” quer ser uma voz que chama as Igrejas à reconciliação e à unidade, segundo a oração de Jesus: “Que todos sejam um” (Jo 17,21). Apoia-se na convicção de que a evangelização é muito mais eficaz se é acompanhada pelo testemunho da unidade entre os cristãos. Os membros deste movimento desejam ser catalizadores de unidade e, por isso, se empenham em estabelecer, por toda a parte, relações fraternas e de amizade, especialmente entre cristãos de diferentes Igrejas.
Cerca de sessenta membros deste Movimento, acompanhados por Joe Tosini e Mike Herron, dois dos fundadores, vieram a Roma por ocasião do Jubileu de ouro da Renovação carismática católica (RCC). O Papa convidou a RCC a reencontrar as próprias raízes ecumênicas. De fato, a primeira experiência de efusão e de batismo no Espírito Santo, que aconteceu entre um grupo de jovens católicos na Universidade Duquesne, em Pittsburg, no ano de 1967, era também o fruto de encontros com pessoas pentecostais.
A presença no palco de pastores de diversas denominações, durante a vigília de Pentecostes no antigo Circo Máximo, era um sinal visível destas origens.
O Papa Francisco pediu aos carismáticos católicos que fossem um lugar privilegiado na Igreja para percorrer o caminho rumo à unidade numa “diversidade reconciliada”: «Hoje é mais urgente do que nunca a unidade dos cristãos, unidos por obra do Espírito Santo, na oração e na ação pelos mais fracos. Caminhar juntos, trabalhar juntos. Amar-nos. Amar-nos. … o Espírito nos quer a caminho».
O grupo John 17, composto na maioria por líderes de Igrejas pentecostais, quis aproveitar a sua estadia em Roma para se encontrar com Maria Voce, a presidente do Movimento dos Focolares, conhecer e aprofundar o carisma da unidade de Chiara Lubich. Por isso eles vieram ao Centro Mariápolis de Castel Gandolfo no dia 7 de junho, acompanhados também pelo pastor da Igreja Evangélica da Reconciliação, Giovanni Traettino, de Caserta. Este encontro também tinha como finalidade se prepararem para uma audiência privada com o Papa Francisco, prevista para o dia 8 de junho; audiência que, depois, durou cerca de duas horas.
A convergência de intenções e de espírito entre os dois movimentos – Focolares e John 17 – era evidente e as horas passadas juntos foram de alegria e de louvor a Deus. O pastor Traettino lembrou a todos que a unidade se edifica “começando pelos pés” e não pela cabeça, isto é, se colocando a serviço do próximo. Este compromisso foi selado entre todos os participantes mediante um rito de recíproco lava-pés, acompanhado de uma oração uns pelos outros.
Maria Voce e outros membros dos Focolares, de diversas Igrejas, puderam dar a eles o essencial da espiritualidade da unidade e as suas experiências de vida à luz do Evangelho.
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