No dia 14 de novembro passado mais de 800 pessoas participaram do funeral de Christopher, gen 3 de 17 anos, um dos animadores do “Clube do Dar”, um projeto educativo promovido pelo Movimento Juvenil pela Unidade em várias escolas do Panamá.

Christopher foi vítima de um assalto no dia 31 de outubro. Estava voltando para casa quando um ladrão o apunhalou no peito, para roubar o seu celular. Pouco antes de morrer conseguiu falar com sua mãe, estava consciente de estar próxima a sua ida para o céu, mas mesmo assim conseguiu tranquilizá-la com um sorriso.

A sua breve vida o havia preparado para este momento. O seu sorriso era um distintivo que nunca faltava, estava sempre disponível quando precisava ajudar alguém. Sua mãe conta que não era praticante, e que foi Christopher que lhe transmitiu a fé e a inseriu na vida da paróquia. Além disso, ele era uma referência, e o apoio para seus pais, depois que se separaram.

Em 2005 entrou em contato com o “Clube do dar” e começou logo a participar, tornando-se um dos mais ativos nas suas iniciativas de difusão da cultura da partilha e na ajuda aos mais pobres. Depois de um ano de experiência, numa cerimônia oficial, recebeu a carteira de membro do Clube. Foi uma grande alegria para ele, mas também um ato sério e consciente, porque sabia estar fazendo uma opção de vida. Começou a viver o Evangelho com os outros gen 3 da sua cidade.

Mesmo com todo o sofrimento o seu funeral aconteceu num clima de festa. Muitos jovens tinham preparado músicas, vídeos e faixas. Todas as pessoas presentes – membros do Movimento dos Focolares, salesianos, paroquianos, colegas de escola e amigos – sabiam que Christopher continuava a sorrir do céu e passava a eles a tocha do amor radical a Deus e ao próximo.

Muitos episódios da sua vida sempre em doação poderiam ser contados, tanto que a imprensa nacional quis sublinhar esta sua característica, escrevendo que ele “tinha o dom de ser pessoa”. Seus amigos organizaram uma manifestação em favor da não violência; inclusive o ministro da Instrução Pública, Lucy Molinar, falou dele numa entrevista, apresentando-o como modelo para os jovens de hoje. Foi citado em vários jornais e duas redes de televisão foram até a sua escola durante a manifestação.

A presidente do Movimento dos Focolares, Maria Voce, escreveu à mãe de Christopher para assegurar, em nome de todos, orações e solidariedade. E recordando que há pouco tempo havia sido declarada bem-aventurada uma outra jovem do movimento, Chiara Luce Badano, sugeriu que “com estes acontecimentos parece que o Senhor queira colocar em evidência exemplos de jovens que fizeram uma escola radical Dele, num mundo como o de hoje, tão atribulado”.

Christopher deixa atrás de si um rastro de amor concreto, e muitos adolescentes e jovens decididos a seguirem o seu exemplo.

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