«Santidade, a comunidade do Movimentos dos Focolares, de Bari, saúda-o com grande afeto! Estamos muito contentes com a sua visita à nossa cidade, ponte entre Oriente e Ocidente, que tem uma especial vocação ecumênica. A sua presença encoraja-nos a empenhar-nos ainda mais no serviço da plena e visível unidade entre os cristãos e da guarda da criação. O carisma da unidade, que sua Santidade tanto ama, impele-nos a trabalhar nos nossos ambientes, como apóstolos do diálogo, conscientes de que só a unidade, o amor e a fraternidade poderão responder aos desafios presentes da humanidade». Com esta mensagem, a comunidade local dos Focolares acolheu o Patriarca ecumênico Bartolomeu I, na sua visita à cidade de Bari, nos dias 5 e 6 de dezembro, por ocasião da festa de S. Nicolau. Trata-se de «um acontecimento de grande significado ecumênico – foi referido por parte da diocese – que marca a Igreja de Bari-Bitonto e contribui para o diálogo entre as Igrejas Católica e Ortodoxa». No dia 5 de dezembro, na Basílica de S. Nicolau, o Patriarca pronunciou o discurso de abertura na inauguração do ano acadêmico 2016-17 da Faculdade de Teologia de Puglia, onde recebeu o prêmio “S. Nicolau”, conferido pelo Instituto Ecumênico, em reconhecimento pelo seu empenho ecumênico desde há 25 anos, como «construtor paciente e corajoso da cultura da comunhão», lê-se na nota de fundamentação do prêmio. O Papa Francisco assinalou a sua presença com uma mensagem de congratulação, lida durante a cerimônia, em que louvou o empenho do Patriarca na «promoção duma cada vez maior comunhão entre todos os cristãos em Cristo». Na lectio magistralis, intitulada «Adriático e Jónico, mares de Comunhão», Bartolomeu I refletiu sobre o conceito de comunhão, a partir do seu significado teológico de koinonia, como «comum participação da graça, amor e comunhão na vida de Deus, a qual se torna experiência do “ser em relação”». Além disso, recordou o Grande Concílio de Creta, em junho passado, quando «a nossa Santa Igreja Ortodoxa manifestou a sua “comunhão” [fazendo-o] por decisão unânime de todos os Primazes da Igrejas Ortodoxas autocéfalas». Sublinhou ainda a necessidade de uma economia solidária, afirmando que «é necessária uma economia de comunhão que saiba acolher, sem criar mal-estar social nos Países hospitaleiros». No dia 6 de dezembro, no final da solene celebração eucarística presidida pelo Arcebispo, mons. Franco Cacucci, na mesma basílica, Bartolomeu I fez uma segunda intervenção: «Viemos também nós como peregrinos ao túmulo deste grande santo, para invocarmos a sua intercessão, a sua oração e o seu apoio para o nosso serviço patriarcal, e juntamente com ele agradecermos a Deus pelos nossos 25 anos de serviço à unidade da Igreja sobre o Trono de Santo André, mas também para sermos testemunhas eficazes da necessidade do encontro dos discípulos de Cristo, a fim de que o mundo creia, e nós possamos, num dia não muito distante, partir conjuntamente o Pão da Vida e beber o Cálice da Salvação». «Nestes dias – escrevem Fausta Giardina e Roberto Lago, responsáveis dos Focolares em Puglia – respira-se uma maravilhosa “atmosfera ecumênica” na cidade. A visita do Patriarca, com as diversas celebrações, foi um evento muito sentido por todos». A amizade dos Focolares com o Patriarca vem desde há longos anos. No dia 26 de outubro passado, o Instituto Universitário Sophia (em Loppiano) conferiu-lhe o primeiro doutorado “honoris causa” em Cultura da Unidade. Nessa ocasião ele disse: «Um dos ideais do Movimento dos Focolares é a unidade da Igreja. Chiara [Lubich] e os seus colaboradores trabalharam muito por esse Ideal. Ela fez 23 visitas a Atenágoras em Constantinopla. Depois encontrou-se com Dimitrios e finalmente comigo. Em 2008, eu visitei Chiara no hospital Gemelli, poucos dias antes da sua morte. Estou seguro de que esta tarde ela está conosco, com a sua presença espiritual e com a sua oração. Alegra-se conosco e reza pela unidade das nossas Igrejas». Gustavo Clariá
Ser mãe/pai de todos
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