Movimento dos Focolares
Bruno Venturini, testemunha da misericórdia

Bruno Venturini, testemunha da misericórdia

BrunoVenturini_a«Para muitas pessoas foi um verdadeiro testemunho da misericórdia de Deus – escreve Maria Voce aos membros do Movimento – que agora, certamente, experimenta em plenitude». Nascido em Pistoia (Itália), no dia 8 de setembro de 1926, teve contato com o Movimento nascente em dezembro de 1949, por ocasião de uma visita de Graziella De Luca – uma das primeiras focolarinas – à sua cidade, para encontrar Pasquale Foresi. Foi ordenado sacerdote em 1978 e recobriu muitas funções no Movimento, mas “uma das maiores graças que tive – ele afirmou – foi a de compartilhar a responsabilidade pelo aspecto da Economia e do Trabalho, por mais de 30 anos, com Gioisi Guella, uma pessoa excepcional; e experimentar a constante intervenção da Providência, que fazia-me sentir que estamos nas mãos de Deus”.

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Bruno Venturini (terceiro à direita) esteve sempre muito próximo a Chiara Lubich.

Esteve sempre muito próximo a Chiara Lubich, especialmente nos últimos anos de sua vida, quando Bruno celebrava a Missa, todas as manhãs, na capela da casa de Chiara. Uma experiência que o levou “a uma nova intimidade com Jesus”, como confidenciou a alguém. Bruno possuía uma alma grande, capaz de acolher e escutar qualquer pessoa até o fim, com um coração rico de misericórdia. Esta sua característica foi evidenciada pela presidente dos Focolares ao indicar a concomitância da sua morte com o “dia do perdão, em Assis”. O funeral será amanhã, 3 de agosto, no Centro Internacional de Castel Gandolfo.

Sophia: “Wings of Unity”

Sophia: “Wings of Unity”

20160731-a«Os resultados deste seminário superam enormemente as nossas melhores expectativas». Foi afirmado por Roberto Catalano, do Centro para o Diálogo Inter-religioso dos Focolares, na conclusão do primeiro encontro do grupo de pesquisas “Wings of Unity” (Asas da unidade), que terminou com a composição de uma agenda que se diria, pelo menos, comprometedora, se pensamos na difícil fase que a Europa está atravessando. A iniciativa tem como promotores, o reitor do Instituto Universitário Sophia (IUS), Piero Coda e o prof. Mohammad Ali Shomali, diretor do Centro islâmico londrino, Islamic Centre of England. A ideia de encontrar-se em Loppiano nasceu em abril passado, quando o prof. Shomali foi convidado a ministrar uma aula no Interdisciplinary Perspectives on Religions in the Contemporary World (perspectivas interdisciplinares em religião no mundo contemporâneo, numa tradução livre), um curso realizado em Sophia e coordenado pelo prof. Frizzi. Mas as raízes de Wings of Unity vem de mais longe, de uma história de amizade, solidariedade e confiança entre amigos muçulmanos e cristãos dos Focolares iniciada 19 anos atrás e que, cruzando os espaços da vida cotidiana com os da pesquisa acadêmica, levou a imaginar um momento de testemunho coletivo e fraternidade. E assim aconteceu para os 14 participantes do Seminário, entre os quais cinco muçulmanos xiitas, de 8 a 10 de julho passado. Esteve presente a teóloga iraniana Sharzad Housmand, docente na Pontifícia Universidade Gregoriana e especialista em diálogo islâmico-cristão, que no término do curso, salientou, com força, a novidade que este traz. Da mesma forma uma estudante paquistanesa de Sophia, Arooj Javed, cristã, afirmou jamais ter podido imaginar um tal espírito de comunhão e ao mesmo tempo de abertura e transparência entre cristãos e muçulmanos. Os trabalhos iniciaram com alguns trechos do patrimônio de Chiara Lubich, apresentados pelos professores Coda e Catalano, nos quais a fundadora dos Focolares evidencia, entre outras coisas, como a unidade deve ser buscada com todos os homens, porque somos todos filhos de um único Pai. Sucessivamente, o prof. Shomali apresentou conteúdos e realidades extraídas do Alcorão e das tradições sucessivas, que revelaram-se em consonância com o que exposto anteriormente. E assim, com surpresa, à medida que o diálogo se aprofundava, a “dureza” da diversidade se atenuava, dando lugar à esperança de que um diálogo marcado pela escuta e a compreensão recíproca é possível. Muito apreciados ainda os temas dos professores Callebaut e Ropelato, que encontraram, na centralidade do amor, a capacidade da pessoa de unificar, interior e exteriormente, as diferentes facetas humanas, e entrever novas linhas para a vida social, econômica e política. Muito válidas as contribuições dos hóspedes xiitas que abriram novos cenários sobre a experiência da unidade, um valor que – retomando as palavras de Coda – torna-se “kairós, momento favorável”. E muito convincentes foram ainda os votos da professora Mahnaz Heydarpoor, xiita, sobre a importância da formação das novas gerações ao diálogo inter-religioso. Entre as iniciativas futuras está uma escola de verão inter-religiosa, em Sophia, já programada para 2017, com o objetivo de dar continuidade ao “laboratório” de comunhão inaugurado naqueles dias: “Depois de tantos anos em que construímos a confiança entre nós – disse, na conclusão, uma das participantes muçulmana – agora as novas gerações não devem esperar: queremos fazer tudo o que é possível para que possam experimentar a unidade que, nestes dias, preencheu tão intensamente nossos corações e mentes”. Fonte: Sophia online

Chiara Lubich aos jovens da JMJ 2005

Chiara Lubich aos jovens da JMJ 2005

ChiaraLubichStoccarda2004“Por que você vai à JMJ?” “Porque, ali, espero encontrar Jesus”, respondeu uma jovem que também está aqui, em Colônia, com milhares de jovens do mundo inteiro. Acho que ela não é a única a sentir no coração esse desejo ardente: encontrar Jesus! É este o lema desta JMJ: procurar Cristo, encontrá-lo e adorá-lo. A “Jornada Mundial da Juventude” – essa invenção inspiradora do nosso muito amado papa João Paulo II – é uma ocasião privilegiada para encontrar Jesus vivo na sua Igreja, na unidade com o novo papa Bento XVI, com os bispos e entre os jovens que vieram de todos os ângulos da Terra. Encontrar Jesus, adorá-lo e depois levá-lo aos outros, aonde quer que formos. Caríssimos jovens, vocês sabem que existe um segredo para nunca mais perder esse Jesus que, no evento da JMJ, se apresenta a nós como alguém tão belo, vivo e fascinante? O segredo é este: é preciso amar! Para amarmos a Deus, para permanecermos nele, para estarmos sempre na luz, temos que amar os outros. Falo a partir da minha experiência de mais de 60 anos, mas baseada também na experiência de um povo inteiro, espalhado em todo o planeta, de milhões de homens, mulheres e crianças que escolheram o amor como estilo de vida! É esse o segredo de uma vida feliz, realizada, interessante, sempre nova, nem um pouco monótona, sempre surpreendente! Agora lhes dou um pequeno, mas significativo exemplo. Soube que, recentemente, um grupo de jovens, num campo de refugiados na África, onde lhes falta quase tudo, quer transformar, com o amor vivido, esse lugar onde vivem num paraíso. Eles me contam experiências concretas, onde isso está se realizando. Vocês entenderam o que isso significa? Que o amor vence tudo! Poderíamos dizer milhares de coisas sobre o amor que Jesus nos ensina com a sua vida, com as suas palavras, com o testemunho dos seus santos. Mas, hoje, gostaria de ressaltar somente dois pontos que são, porém, de fundamental importância: É preciso amar a TODOS, sem exceção, sem seleção, sem preferências – como Deus age conosco! Trata-se de amar o amigo e o inimigo, o simpático e o antipático, o professor e o vizinho de casa, o carteiro e o colega. Amar a TODOS significa também amar aos que estão longe de nós, embora presentes graças à mídia, como, por exemplo, as vítimas do Tsunami, no Sudeste Asiático, ou os jovens da JMJ que vieram dos países pobres, que vocês ajudaram com o fundo de Solidariedade. O segundo ponto: é preciso SER OS PRIMEIROS a amar. Normalmente, amamos quando somos amados, respondemos ao amor que recebemos. E se ele não chega? Não, é muito melhor tomarmos a iniciativa, sermos os primeiros a fazer um gesto de amizade, de perdão, de vontade de recomeçar do início. Experimentem amar assim. Sentirão uma grande liberdade, porque são vocês os protagonistas! Caríssimos jovens, coragem! Vale a pena viver assim. Vocês não foram feitos para coisas pela metade. Deem o próprio coração Àquele que sabe plenificá-lo. Deus precisa de jovens assim, inflamados, que não se deixam paralisar pelos próprios problemas, pelos eternos obstáculos que se opõem ao amor. Ele precisa de pessoas que queimaram tudo no fogo do Amor de Deus e que atraem os outros. Que Jesus, a quem encontraram, permaneça sempre com vocês! No Amor verdadeiro. (Chiara Lubich, Colonia, 16 agosto 2005) Fonte: Centro Chiara Lubich

JMJ 2016 e a aventura dos jovens de Verona

JMJ 2016 e a aventura dos jovens de Verona

gruppo 1Da diocese de Verona (Itália) eram cinco ônibus com jovens de 17 anos, com destino à Polônia, acompanhados por um sacerdote, animadores e famílias. O acampamento que os esperava em Cracóvia, no contexto da JMJ, era direcionado especialmente a eles. No grupo havia também alguns Gen 3, entusiasmados por fazerem uma experiência desse tipo. «Uma etapa da viagem estava prevista para o dia 22 de julho em Munique – conta Pe. Stefano Marcolini, dos Focolares, um dos sacerdotes que acompanhava o grupo -, para visitar o ex-campo de concentração nazista de Dachau. À noite, voltando para Munique decidimos fazer um giro turístico pela cidade, sem saber que esta teria se tornado palco de um atentado terrorista. Graças a Deus não estávamos próximos ao centro comercial onde acontecia o tiroteio, mas houve uma tal confusão que toda a cidade (metrô, bares e locais públicos) estava tomada pelo pânico. Havia muito medo e era grande a dificuldade para nos reencontrarmos. Ainda bem que funcionavam os celulares e o Google maps. Finalmente, às três da manhã, estávamos todos juntos, generosamente recebidos pela igreja local que nos hospedava, oferecendo, além de tudo um abundante café da manhã. Tendo contatado o Ministério das Relações Exteriores italiano, porém, recebemos a ordem de voltar à Itália, já que o nosso grupo era formado por menores».foto 1 Mas os jovens não se davam por vencidos. Encorajados pelas palavras de convite do Papa Francisco para a JMJ: “Não lhes deixem roubar a esperança”, de volta à Itália desejaram da mesma forma participar de um “camping-escola” – aquele que teriam feito em Cracóvia – que o bispo, velozmente conseguiu montar num bonito local nas montanhas. «Tendo sabido da aventura deles, o Papa encorajou os jovens a não se renderem e disse que esperava por todos na JMJ. Três deles, acompanhados por um sacerdote, foram convidados a participar de um festival dos jovens italianos, em Cracóvia. E foram eles os escolhidos, junto com outros jovens, para fazer ao papa uma pergunta, numa conexão internet, precisamente sobre os fatos ocorridos em Munique». «Respondendo ao convite pessoal do Papa – continua pe. Stefano – terminado o acampamento vamos viajar novamente de ônibus para a Polônia, para chegar a tempo de participar, no sábado, dia 30, pela manhã, de uma audiência privada com ele. Mas não só. Para o grande encontro do sábado à tarde, para o qual são esperados 2 milhões de jovens, os de Verona receberam o ingresso para sentar-se na primeira fila! E tudo isso porque, como diz Ricardo, um dos Gen 3, “nós não deixamos que nos roubassem a esperança!”».

Kiribati: Ação por um Mundo Unido em ação!

Kiribati: Ação por um Mundo Unido em ação!

16331320049_4ab176f6d0_zO projeto, já em atividade há alguns anos e dirigido pela AMU (Ação por um Mundo Unido), na República de Kiribati, dirige-se à população Buota, um dos povoados mais pobres da ilha de Taraua, no pequeno estado insular oceânico. O seu objetivo é melhorar as condições de vida da comunidade por meio de iniciativas dirigidas, primordialmente, a mulheres e crianças. As crianças que frequentam a creche são 61, católicas e de outras confissões ou credos religiosos. Quinze crianças concluíram a pré-escola e obtiveram o certificado do Ministério da Instrução Pública, que certifica o nível de conhecimentos e competências adquiridas que as qualifica para iniciar o ensino fundamental. «A creche é uma atividade que contribui para reforçar a colaboração entre os membros da comunidade – escrevem os referentes locais -. As mães dos alunos, por exemplo, muitas vezes trabalham em grupo para dar o suporte necessário. Além de angariar fundos com a venda de pão e gelo, ajudaram na construção de uma nova sala de aula trançando a palha para o telhado. Toda a comunidade dos Focolares em Buota, que teve a ideia do projeto, assumiu voluntariamente a construção da nova sala, para responder ao aumento do número de crianças». O projeto de Kiribati prevê ainda várias atividades de formação para as mulheres. «Às vezes foi bastante difícil organizá-las por causa do estado das estradas, as vias de acesso a Buota não sempre são praticáveis e chegar até lá pode ser muito difícil. Mesmo assim essa atividade também prosseguiu». 16517605535_bb22d401f9_zNo ano passado, quatro pessoas do Ministério da Saúde realizaram um breve workshop sobre a nutrição das crianças. Naquela ocasião falou-se da importância de uma alimentação nutritiva para o desenvolvimento físico e mental, da higiene, do planejamento familiar com métodos naturais e também das hortas biológicas. Para encorajar um estilo de vida saudável, a equipe local do projeto organizou uma oficia de dois dias sobre como cultivar uma horta biológica, inclusive com a colaboração de pessoal qualificado de departamento de agricultura. Salientou-se a necessidade de que muitas pessoas se dediquem a essa atividade, de modo a compartilhar as experiências e aprender mais facilmente como obter um terreno rico em compostos orgânicos. Os moradores da ilha contaram que, já no final de 2015, começaram a ser vistas em várias casas de Buota, as primeiras hortas com couve e tomates! É um aspecto importante neste contexto, onde o aumento progressivo do nível do mar limita fortemente a área das terras que podem ser destinadas à agricultura. Fonte: AMU online

Papa Francisco prepara-se para ir à Polônia

Papa Francisco prepara-se para ir à Polônia

Queridos irmãos e irmãs!sdm_katowice_d_cmyk.cdr Já está próxima a trigésima primeira Jornada Mundial da Juventude, que me chama a encontrar os jovens de todo o mundo, reunidos em Cracóvia, proporcionando-me também a feliz ocasião de encontrar a amada nação polaca. Tudo será vivido sob o signo da Misericórdia, neste Ano Jubilar, e com grata e devota memória de São João Paulo II, que foi o artífice das Jornadas Mundiais da Juventude e o guia do povo polaco no seu caminho histórico recente rumo à liberdade. Queridos jovens polacos, sei que desde há tempos estais a preparar, sobretudo com a oração, o grande encontro de Cracóvia. De coração vos agradeço tudo aquilo estais a fazer e o amor com que o fazeis; desde já vos abraço e abençoo. Queridos jovens das várias partes da Europa, África, América, Ásia e Oceânia! Abençoo também os vossos países, os vossos anseios e os vossos passos rumo a Cracóvia, para que seja uma peregrinação de fé e fraternidade. Que o Senhor Jesus vos conceda a graça de experimentar em vós mesmos esta sua palavra: «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt5, 7). Sinto um grande desejo de vos encontrar para oferecer ao mundo um novo sinal de harmonia, um mosaico de rostos diferentes, de tantas raças, línguas, povos e culturas, mas todos unidos no nome de Jesus, que é o Rosto da Misericórdia. E agora uma palavra para vós, queridos filhos e filhas da nação polaca! Sinto que é um grande dom do Senhor poder ir até junto de vós, porque sois um povo que na sua história passou por muitas provações, algumas muito duras, mas avançou com a força da fé, sustentado pela mão materna da Virgem Maria. Estou certo de que a peregrinação ao Santuário de Czestochowa será para mim uma imersão nesta fé provada, que me fará muito bem. Agradeço-vos as orações com que estais a preparar a minha visita. Agradeço aos Bispos e sacerdotes, aos religiosos e religiosas, aos fiéis leigos, especialmente às famílias, a quem idealmente entrego a Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris laetitia. A «saúde» moral e espiritual duma nação vê-se pelas suas famílias: por isso São João Paulo II tinha tanto a peito os noivos, os jovens casais e as famílias. Continuai por esta estrada! Queridos irmãos e irmãs, mando-vos esta mensagem como penhor do meu afeto. Permaneçamos unidos na oração. Adeus! Até à Polónia.