Mai 12, 2020 | Sem categoria
O que essa pandemia fez emergir na vida social e eclesial? O que suscitou no Movimento dos Focolares? Como podemos viver o tempo novo e desconhecido que nos espera? Diálogo aberto com Maria Voce. De uma entrevista a Radio Inblu (Itália). D.: A partir de 18 de maio, as Missas poderão ser novamente celebradas, com todas as precauções, é claro. Um breve comentário sobre isso… Maria Voce: Sempre acompanhamos a Missa do Papa, tivemos milhares de oportunidades para rezar juntos em streaming. Mas não podemos esconder que o cristianismo é uma religião encarnada, e também é importante a presença física em certas ocasiões, participar mais diretamente e de uma maneira mais viva dos mistérios do próprio cristianismo. Portanto, participar da Eucaristia de maneira real é algo que certamente nos fazia falta e é um dom que agora recebemos novamente. Portanto, estamos prontos para prestar toda a atenção, toda a cautela necessária para não perder esta oportunidade.
D: Sim. Aconteceram muitas coisas nesse período, tivemos que questionar comportamentos, aquisições… Na sua opinião, o que pandemia está suscitando na vida social e também na vida eclesial? Maria Voce: Está trazendo à tona coisas bonitas que também podem ser ruins. A primeira coisa que desejo enfatizar é a igualdade entre todos, ou seja, essa pandemia nos mostrou que as pessoas diante desse pequeno patógeno, vírus que nos atingiu, são todas iguais porque afeta tanto os poderosos como os pobres, tanto os ricos como quem não tem nada, a criança e o adulto, quem está na prisão e quem está do lado de fora. Então, nesse sentido, somos todos verdadeiramente iguais. Ao mesmo tempo, essa pandemia também revelou muitas desigualdades que não são geradas pelo fato de sermos humanos, homens, mas são geradas por causa das culturas, dos preconceitos, estilos de vida, de modo que existem aqueles que podem pagar pelo tratamento e quem não tem condições de pagar. Há aqueles que têm a casa onde podem se isolar e aqueles que são forçados a estar com mais pessoas em um espaço muito pequeno; aqueles que perdem o trabalho mas que podem sacar da conta bancária as suas economias, e aqueles que, perdendo o trabalho, não têm nenhum outro recurso e correm o risco de sofrer a fome, bem como as suas famílias. Infelizmente, as desigualdades se tornaram ainda mais evidentes. E isso deve nos fazer pensar, porque logicamente estas desigualdades não são desejadas por Deus, não são desejadas pela natureza humana, mas sim pela má vontade dos homens que não foram capazes de administrar bem os dons que Deus nos deu. Portanto, precisamos remediar todas essas desigualdades para não nos encontrarmos, quando a pandemia tiver passado, piores de como éramos antes; em vez disso, sermos facilitados pela constatação dessa igualdade ao elaborar programas que respeitem essa igual dignidade de todos. D: E na comunidade eclesial? Maria Voce: Em relação à comunidade eclesial, tenho a impressão de que ela revelou o essencial, porque muitas coisas caíram: vimos que a Igreja, feita de paredes, não é essencial, mas a Igreja como comunhão é essencial; que não é essencial ir todos os dias visitar Jesus sacramentado, mas é essencial amar o irmão, é essencial responder com amor às pessoas próximas a nós, é essencial buscar no Evangelho as palavras que Jesus nos deixou e nas quais devemos nos inspirar. Portanto, fez cair muitas coisas também em nível eclesial. Mas isso nos faz bem, porque nos leva ao renascimento mencionado pelo Papa Francisco continuamente, à ressurreição, a começar de novo a reformar verdadeiramente a Igreja de maneira vital e não de modo institucional ou formal. D: De tudo isso, o que é mais essencial? Maria Voce: Creio que o mais essencial é pensar que somos a única família humana. Portanto, a única família humana deve impulsionar todos nós a cuidar um do outro, a cuidar da criação que é a única casa que contém essa única família humana; a cuidar com responsabilidade, com atenção, justamente porque o cristianismo nos faz olhar para essa realidade também com responsabilidade. Somos todos membros de uma família, mas somos todos responsáveis por essa família; portanto, cada pessoa dessa família é importante, tem direitos, mas também tem deveres. É uma responsabilidade coletiva. E acho que isso deve nos levar a fazer propostas, a programar, a ver o que pode ser feito para incluir realmente todos. A fazer propostas no âmbito econômico, no âmbito político, capazes de realmente visar ao bem comum, não ao bem de um ou de outro, não aos interesses de uma parte ou de outra, mas ao bem de todos. Portanto, fazer propostas que visem a comunhão de bens em um nível mais universal. A Igreja – e também nós, como Movimento dos Focolares – é universal, não tem fronteiras. A Igreja, em certo sentido, compete em termos iguais com o vírus; o vírus não tem medo das fronteiras, mas também a Igreja não tem medo das fronteiras. A Igreja é universal porque é a família de Deus na terra inteira. É para essa família de Deus que se deve olhar para entender como torná-la assim, isto é, como criar estruturas que favoreçam o desenvolvimento integral de todos, que respeitem a história de cada povo, a cultura de cada povo, o modo de vida de cada um, sem querer coagi-las com a ideia de desenvolvê-lo segundo os nossos modelos, segundo os nossos planos. Ao mesmo tempo, colocando à disposição uns dos outros todos os talentos com os quais Deus dotou cada povo, cada cultura, cada pessoa. Colocar à disposição uns dos outros, para que juntos possamos fazer com que o mundo se torne aquela casa comum cada vez mais bela, cada vez mais digna de ser habitada pelos filhos de Deus. D: Maria Voce, como este período desafia o Movimento dos Focolares? Que reflexões vocês estão fazendo? Maria Voce: Desafia-nos como desafiou a todos, no sentido de que nós também nos encontramos de um dia para o outro na impossibilidade de poder programar como gostaríamos a nossa vida pessoal e a vida do Movimento. Então tivemos que mudar toda a programação. É um ano importante para nós, porque é o centenário do nascimento de Chiara Lubich. Estamos planejando a Assembleia Geral do Movimento para o mês de setembro; havia várias encontros preliminares já agendados para preparar a Assembleia. E tudo isso mudou de um momento para o outro, de um dia para o outro. E nos deparamos com a incapacidade absoluta de prever, planejar e pensar o que poderia ser feito. Isso logicamente nos abalou. Ao mesmo tempo, aprendemos com Chiara Lubich a viver o momento presente, a querer fazer apenas o que Deus nos pede, portanto, a querer nada mais que a Sua vontade e buscar juntos – ouvindo um ao outro, tentando entender as exigências de cada um – o que Deus queria nos dizer através dessa situação. E para fazer isso, primeiro mudamos toda programação, mas sempre considerando o interesse daqueles que teriam participado dessa programação e o interesse daqueles que, devido às mudanças, sofreriam perdas econômicas, transtornos, realidades deste tipo. Agimos assim, com alegria, sem nos deixarmos abater minimamente com isso. E estamos vendo que isso estava nos planos de Deus, porque nos levou a uma maior essencialidade na vida, a querer também rever os nossos estilos de vida; a uma sobriedade maior ao decidir comprar algo agora ou não, a adiar uma despesa agendada, adiar ou cancelá-la totalmente para colocar à disposição o que tínhamos pensado para uma necessidade mais imediata. Toda esta situação nos levou a considerar as condições das nossas famílias. Muitas pessoas entre nós perderam o trabalho, bem como muitas outras e não sabem como agir. Essa realidade suscitou uma comunhão de bens mais completa, aberta e transparente entre todos. Por isso, compartilhamos mais as necessidades e também o que a Providência nos enviou. E, de fato, devemos dizer que, mais uma vez, a Providência se revelou verdadeira, que é algo real, que o Pai envia o que é necessário a seus filhos, se eles querem viver para ele e no amor mútuo. Desta maneira, num certo sentido, destacou aquilo que nos move e esse amor que Deus colocou em nossos corações, não como focolarinos, mas como pessoas, como seres humanos. Como focolarinos, torna-se ainda mais vivaz porque esse amor chega a realizar a unidade, ou seja, é amor capaz de dar a vida um pelo outro, de arriscar qualquer coisa. Isso realmente foi algo que moveu o Movimento no mundo inteiro. O Movimento, assim como a Igreja, também é universal, então sofremos com o que o nosso povo na China sofreu, como os nossos na América, no Oriente Médio, por toda parte, na Itália, e vivemos tudo juntos. As pessoas do Movimento que possuem mais deram a quem tem menos. Recebemos ajuda da China, da Coreia, do Japão, do Oriente Médio e da Síria. Talvez palavras de incentivo, saudações, mas todos expressavam que essa grande família que vive o Ideal que a nossa fundadora, Chiara Lubich, nos deixou queria ser uma coisa só e estar à disposição de outros com essa unidade para ajudar o mundo a se tornar uma só coisa. De uma entrevista concedida a Alessandra Giacomucci para Ecclesia (Radio InBlu), 8 de maio de 2020
Mai 11, 2020 | Sem categoria
“Com o dia de oração inter-religiosa de 14 de maio, o Comitê Superior da Fraternidade Humana nos lembra que a atual pandemia assinalou um impasse: nós nos salvamos somente olhando para o bem comum, não para o bem de um ou de outro, não para os interesses de uma parte ou de outra, mas para o bem de todos”. Com essas palavras, Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, anunciou a adesão total do Movimento ao dia de oração pela humanidade, também anunciado pelo Papa Francisco no domingo, 3 de maio, “para que no próximo dia 14 de maio os fiéis de todas as religiões se unam espiritualmente em um dia de oração, jejum e obras de caridade, para implorar a Deus que ajude a humanidade a superar a pandemia do coronavírus”. “Somos uma grande família – acrescentou Maria Voce – formada por cristãos, fiéis de diferentes tradições religiosas e pessoas sem um preciso referencial religioso. Encorajo todos a viver a próxima quinta-feira, dia 14 de maio, em espírito de oração – de acordo com suas respectivas crenças e tradições –, de jejum e compromisso concreto em ajudar os que estão ao nosso redor, especialmente os mais fracos e marginalizados. Nós a realizaremos localmente, conforme cada comunidade considerar apropriado, sempre de acordo com as disposições em vigor e com um espírito de verdadeira e eficaz fraternidade”. “Temos certeza de que as orações que se elevarão a Deus dos seus filhos e filhas serão ouvidas para o bem da grande família que é a humanidade e que a provação que todos estamos vivendo nos tornará realmente mais fortes na peregrinação comum que é a vida”.
Stefania Tanesini
Mai 11, 2020 | Sem categoria
O relacionamento com a natureza tornou-se cada vez mais central na nossa vida pessoal e na das organizações e dos Estados, bem como o dever de protegê-la e reparar os danos que lhe causamos. A pandemia de que ainda estamos sofrendo, se por um lado evidenciou ainda mais o nosso dever, por outro, paradoxalmente, deu um momento de trégua à criação. A seguinte experiência espiritual de Chiara Lubich nos faz voltar Àquele que é a raiz de todas as coisas: Deus. (…) Num momento de repouso, assisti a um documentário sobre a natureza. (…) Ao contrário de outras transmissões feitas pela TV (…), este programa produziu um grande efeito em minha alma. Contemplando a imensidão do universo, a extraordinária beleza da natureza, a sua potência, elevei-me espontaneamente ao Criador de tudo e compreendi de uma maneira toda original a imensidão de Deus. Esta impressão foi tão forte, tão nova, que me veio até mesmo de me ajoelhar para adorar, para louvar, para glorificar a Deus. Senti a necessidade de fazê-lo, como se essa fosse a minha vocação atual. E, como que se meus olhos se abrissem agora, compreendi mais do que nunca quem é Aquele a quem escolhemos por Ideal, ou melhor, Aquele que nos escolheu. Eu o descobri tão grande, tão imenso, a ponto de me parecer impossível que Ele tivesse pensado em nós. Esta impressão da sua grandeza permaneceu em meu coração por dias e dias. Dizer agora «santificado seja o vosso nome» ou «Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo» é muito diferente para mim: é uma necessidade do coração. (…) Nós estamos a caminho. Normalmente enquanto viajamos já pensamos no ambiente que nos acolherá na chegada; já pensamos na paisagem, na cidade, já nos preparamos. É assim também que nós devemos fazer agora. No Céu, louvaremos a Deus? Louvemo-lo então desde já. Deixemos que o nosso coração manifeste a Ele todo o nosso amor; que, com os anjos, com os santos (…) proclame: «Santo, Santo, Santo!» Expressemos nosso louvor com as palavras e com o coração. Aproveitemos para reavivar aquelas orações que fazemos diariamente com esta finalidade. E demos glória a Ele também com todo o nosso ser. Sabemos que quanto mais nos anulamos (tendo por modelo Jesus Abandonado, que se reduziu a nada), tanto mais gritamos com a nossa vida que Deus é tudo e, portanto, o louvamos, o glorificamos, o adoramos. Mas, agindo dessa forma, também o nosso “homem velho” (cf. Ef 4,22) morre, e com a sua morte vive o “homem novo” (cf. Ef 4,24), a “nova criatura” (cf. 2Cor 5,17). Procuremos vários outros momentos durante o dia para adorar a Deus, para louvá-lo. Façamo-lo durante a meditação, ou em um [momento de oração]. Louvemos a Deus para além da natureza ou no íntimo do nosso coração. E principalmente, vivamos “mortos” para nós mesmo e vivos para a vontade de Deus, para o amor aos irmãos. Sejamos, também nós, como dizia Elizabete da Trindade, «um louvor da sua glória».[1] Assim anteciparemos um pouco o Paraíso. E repararemos a indiferença que muitos corações hoje no mundo tem para com Deus.
Chiara Lubich
(em uma conexão telefônica, Rocca di Papa, 22 de janeiro de 1987) Tirado de: “L’immensità di Dio”, in: Chiara Lubich, Conversazioni in collegamento telefonico, pag. 271. Città Nuova Ed., 2019. [1] Cf. Elisabete da Trindade. Viver de Amor. São Paulo: Cidade Nova, 1985
Mai 10, 2020 | Sem categoria
O Cardeal Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, por ocasião da Semana Mundo Unido 2020, enviou aos participantes uma vídeo-mensagem sua. Nos tempos difíceis que estamos atravessando, marcados pela crise do coronavírus, muitos estão confinados nos seus apartamentos, tendo que viver em quarentena; já no nome, esta última lembra mais os quarenta dias da Quaresma do que a Páscoa. Também os nossos serviços litúrgicos, particularmente as mais importantes liturgias da Semana Santa e da Páscoa, por causa das proibições governamentais, foram celebrados nas igrejas na ausência de fiéis, a portas fechadas, e transmitidos via streaming. Esta experiência fora do ordinário me trouxe à mente, de maneira mais vívida de quanto jamais tivesse acontecido no passado, um detalhe da narração bíblica da Páscoa. O evangelista João inicia o seu relato da aparição de Cristo ressuscitado aos seus discípulos com as palavras: “À tarde desse mesmo dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas onde se achavam os discípulos, por medo dos judeus…” (Jo 20,19). Embora o Senhor já tivesse ressuscitado e estivesse indo se encontrar com os seus discípulos, estes ainda estavam vivendo o Sábado Santo, como mostram claramente o medo e as portas fechadas. A este lugar assediado pelo medo, todavia, Jesus vem e muda radicalmente a situação, como evidencia o Evangelho: “E os discípulos ficaram cheios de alegria por verem o Senhor” (Jo 20,20). A alegria é a expressão visível do fato de que o Sábado Santo se transformou em Páscoa. Também hoje, neste momento oprimido pela crise do coronavírus, podemos nos alegrar porque sabemos que o Senhor não nos deixa sozinhos nos nossos medos e nas nossas preocupações, mas vem também em meio a nós e nos doa a sua presença e a sua preciosa companhia. Cristo está sempre no nosso meio, sobretudo quando esperamos a sua vinda. Chiara Lubich nos repetiu esta mensagem várias vezes, sem nunca se cansar. Quando Jesus vem ao nosso meio, também nos traz um dom. É o mesmo dom que trouxe aos discípulos na tarde da Páscoa. O Evangelho narra que Jesus esteve no meio deles e disse: “A paz esteja convosco!” A paz é o primeiro dom que Jesus fez aos seus discípulos depois da sua ressurreição. A paz é o verdadeiro dom pascal. A paz é também o dom que Jesus nos oferece hoje. É aquela paz que nós, humanos, não estamos em condições de criar sozinhos, mas que podemos somente receber como dom. E, no entanto, é a paz mais importante, e todas as outras formas de paz a que aspiramos são apenas reflexos daquela paz. De fato, só a paz que vem de Cristo nos dá aquela unidade que tanto desejamos: a unidade nas nossas comunidades, na nossa Igreja, entre todos os cristãos e em toda a humanidade. Esta paz, naturalmente, não pode permanecer fechada em si mesma. O Evangelho continua narrando que, depois da saudação de paz, Jesus diz aos discípulos: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21). Estas palavras são dirigidas também a nós. Também nós somos chamados a transmitir aos outros a paz nos doada por Cristo, de modo que também para eles, e especialmente para aqueles que vivem na preocupação e no medo, o Sábado Santo possa se transformar novamente em Páscoa. Também neste período de dura prova pelo coronavírus, o slogan de vocês é verdadeiro e necessário: “In Time For Peace”. De coração desejo a vocês todos um tempo pascal alegre e transbordante de paz. O Senhor da Paz Ressuscitado os abençoe e os proteja!
Kurt Cardeal Koch
https://youtu.be/PVa0bCLphzE
Mai 9, 2020 | Sem categoria
Experiências de quem está na linha de frente e de quem fica em casa, muitas maneiras de viver para os outros. https://vimeo.com/402936481
Mai 8, 2020 | Sem categoria
Um dia de encontro entre Comunidades, Movimentos e países para testemunhar a paz e a solidariedade entre os povos. No dia 9 de maio, comemora-se a festa do continente europeu que celebra a paz e a unidade entre os povos. Desde a histórica assinatura, em 31 de outubro de 1999, da “Declaração conjunta sobre a doutrina da justificação”, entre os responsáveis de diversos Movimentos e Comunidades, católicos e evangélicos, da Itália e da Alemanha, nasceu a rede together4europe (juntos pela Europa), um caminho para redescobrir juntos os valores de paz e de fraternidade do antigo Continente. Este ano, a pandemia do Covid-19 impediu um encontro presencial numa igreja, nas praças das cidades, em reuniões de convivência, para conferências e oração. Isso não significa que as atividades deste dia tenham sido anuladas, pelo contrário: com muita criatividade foram realizadas conferências digitais, momentos de orações, grupos de discussão e diálogo online entre Comunidades, Movimentos e representantes políticos, desde Utrecht, Graz, Roma, Lione e Esslingen, por exemplo. Os eventos deste ano tiveram a benção papal, através da carta que chegou no dia 22 de abril do Papa Francisco. O Pontífice expressou o apreço pelo serviço ao bem comum que a rede together4europe realiza através das Comunidades e Movimentos comprometidos e inspirados pelos valores de solidariedade, paz e justiça. Para a Festa da Europa, em comunhão com Graz, os Comitês Juntos pela Europa da Itália promoveram e organizaram, no dia de 9 de maio, um evento online dedicado ao Sim à Criação, defendendo a natureza e o ambiente, com o título “Ecologia integral: utopia sustentável para a Europa”. As reflexões de Stefania Papa, docente e especialista em Ecologia, e Luca Fiorani, físico especialista em clima, e dos vídeos das mensagens do Papa Francisco, do Patriarca Bartolomeu I e de Antonio Guterres (ONU) para a 50a Jornada mundial da Terra, contribuíram para dar consciência de como juntos se pode trabalhar para um presente e um futuro melhores, respeitando a nossa Terra, numa cultura do respeito, da cooperação e da reciprocidade. Um dos objetivos de Juntos pela Europa é contribuir para criar uma “cultura da reciprocidade”, onde os indivíduos e os povos podem acolher-se reciprocamente, conhecer-se, reconciliar-se, aprender a estimar-se e a apoiar-se mutuamente. São realizadas muitas atividades em favor da reconciliação e da paz, da tutela da vida e da criação, de uma economia justa, da solidariedade para com os pobres e os marginalizados, da família, do bem das cidades e da fraternidade no continente europeu. As diferenças não devem ser motivo de medo e de separação, mas riquezas que devem ser desenvolvidas e harmonizadas por uma Europa unida, viva, fraterna. Para outras informações visite o site www.together4europe.org
Lorenzo Russo