Abr 16, 2020 | Sem categoria
Como nasceu a ideia de concretizar o Instituto Universitário Sophia e como se desenvolveu até hoje: o valor cultural do carisma da unidade de Chiara Lubich. O Instituto Universitário Sophia (IUS) nasceu como um patrimônio espiritual cristão em constante diálogo com os princípios sobre como floresceram e se desenvolveram as civilizações dos povos. Sua sede fica em Loppiano (Itália), uma cidadela do Movimento dos Focolares que, desde sua fundação em 1964, é um local de formação para famílias, jovens e adultos com um estilo de vida baseado no Evangelho.
O professor Piero Coda, presidente do instituto universitário desde sua fundação até fevereiro passado nos explica como esse projeto se concretizou ao longo dos anos. Prof. Coda, como a ideia de criar uma universidade nasceu em Chiara Lubich? “A ideia, conforme o padre Casimiro Bonetti, capuchinho que acompanhou Chiara nos anos 1940, me confirmou em 2008, quando Sophia foi inaugurada, já havia surgido desde o início. Estava no DNA do carisma da unidade, porque se trata de um carisma que emana uma cultura: uma visão concreta da pessoa humana e do mundo. O pontapé inicial, concretamente, foi dado depois do protótipo nos anos 1990 da Escola Abba que, com Chiara, começou a estudar o valor cultural do carisma, chegando ao patrimônio de luz no Paraíso de 49.” Quando nasceu e como se desenvolveu? “A universidade nasceu, em uma primeira etapa, com o Instituto Superior de Cultura voltado aos gen (os jovens do Movimento dos Focolares) inaugurado no dia 15 de agosto de 2001 por Chiara em um discurso que constitui a carta magna. Em 2005, visto o sucesso do experimento e por solicitação de expoentes da cultura como Stefano Zamagni, presidente da pontifícia Academia das Ciências Sociais, começou o projeto de um verdadeiro Instituto Universitário: mas de forma original, segundo a ‘ideia’ nascente do carisma, o qual foi instituído pela Santa Sé no dia 7 de dezembro de 2007.”
Qual é a relação com a Santa Sé? “Foi uma escolha pensada por Chiara a de construir uma universidade que não fosse reconhecida, imediatamente, por um Estado, mas sim pela Igreja Católica com seu alcance universal. Isso também significava, para Chiara, um reconhecimento do fato de que o carisma da unidade, como os grandes carismas da história cristã (de Bento a Domingos e Francisco, até Inácio de Loyola e dom Bosco), é um carisma em que a Igreja reconhece um projeto de formação humana e social que exprime o Evangelho. Com a difusão depois do ‘processo de Bolonha’ – o reconhecimento bilateral dos títulos de estudo a nível europeu e além, do qual a Igreja participa – se projetavam cenários praticáveis para a instituição que assim nascia.” Como ela mudou ao longo dos anos? “Sophia nasceu e se desenvolveu caminhando sobre três pernas: a do ensino e da pesquisa a nível acadêmico; a da experiência de formação compartilhada da vida de comunidade entre docentes e estudantes de todas as culturas; a do relacionamento com as expressões concretas da encarnação dos valores intrínsecos do carisma da unidade nos vários âmbitos da vida social, política, econômica. Sob todos esses aspectos foram dados passos gigantes. Basta dizer, por exemplo, que começamos com um único curso e agora temos quatro: o programa original de ‘cultura da unidade’ expandiu-se em âmbito teológico e filosófico, econômico e político, da educação, do diálogo e da comunicação.” O que é Sophia hoje? “Uma confirmação importante, uma esperança segura, um investimento estratégico. Uma confirmação do valor e da atualidade da instituição de Chiara. Uma esperança de que a busca do novo paradigma cultural que a mudança de tempos nos pede não é uma utopia. Um investimento para promover com serenidade e visão o desenvolvimento, não só cultural, do carisma da unidade e da sua incidência histórica.” Anteriormente, sempre houve um presidente. Atualmente, há um reitor. O que isso significa para a universidade? “O fato de que o ministério vaticano para os estudos e a universidade tenha pedido essa passagem sublinha a validação do caminho feito e é um reconhecimento do acesso do Instituto ao status de Ateneu. Também pode-se ver um eco daquilo que o papa Francisco nos disse na audiência do dia 14 de novembro passado: ‘Estou contente com o caminho que fizeram nesses doze anos de vida. Continuem! O caminho acabou de começar’.”
Lorenzo Russo
Abr 11, 2020 | Sem categoria
Os votos de Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, para esta Páscoa: experimentar a passagem contínua da morte para a ressurreição através do amor ao irmão. Somente assim superaremos esse período doloroso da pandemia e qualquer outro sofrimento. Santa Páscoa 2020 Caríssimas e caríssimos, Este ano, a passagem de Jesus da morte para uma vida completamente nova nos questiona e nos encontra atentos. E é precisamente aqui que a fé e o nosso carisma vêm em nosso auxílio: em Jesus crucificado e abandonado, o Deus deste momento presente que não compreendemos, encontramos a resposta. Até mesmo a solidão, na qual talvez somos forçados a viver agora, vivida com Ele, pode ser povoada e plenificada pelo seu Reino[1]. Somente escolhendo-o, abraçando-o em todas as dores e amando-o de maneira exclusiva, nós e toda a humanidade encontraremos o caminho para a luz, para um novo nascimento. JESUS RESSUSCITOU! Que se torne nossa esta experiência de passar continuamente da morte para a ressurreição, propondo-a também a muitas pessoas, a todos. Deste modo preparamos o futuro e colocamos uma base sólida para o mundo que virá, quando voltarmos a nos encontrar e abraçar pessoalmente. FELIZ PÁSCOA! [1] Ver Chiara Lubich, “Onde está a escravidão?”, Fermenti di unità, pg. 130, ed. 1963.
Abr 11, 2020 | Sem categoria
A emergência do Coronavírus impôs várias restrições em muitos países e não se pode sair de casa. O isolamento pode ser um problema, mas a força da solidariedade e o desejo de permanecer unidos e conectados, graças às redes sociais, são mais fortes. São os desejos de uma Feliz Páscoa que giram pelo mundo. https://vimeo.com/406334683
Abr 9, 2020 | Sem categoria
Para New Humanity, Ong dos Focolares, o tempo da paz na Síria é agora. O apelo enviado ao Secretário Geral das Nações Unidas, à Comissão e ao Parlamento Europeu. Adesão de numerosas autoridades políticas, civis e religiosas. “Pedimos que se promova a suspensão das sanções econômicas ao governo sírio, de modo que o povo tenha acesso aos mercados e serviços financeiros internacionais e receba os suprimentos médicos e recursos necessários para defender-se do vírus COVID 19”. Esta é a síntese do apelo promovido por New Humanity, Ong dos Focolares, em resposta – tempestiva – ao grito da população síria, que chegou ao décimo ano de guerra civil e agora é gravemente provada pela pandemia que chegou ao país. E não só: ao grito do povo unem-se as vozes de personalidades do mundo inteiro. Há poucos dias, Antònio Guterres, Secretário Geral da ONU, fez uma mensagem sobre a circunstância que nos coloca, todos unidos, no combate ao inimigo comum: “Ao vírus não interessam nacionalidades, grupos étnicos, credos religiosos. Ele ataca todos, indistintamente. No entanto, conflitos armados se enfurecem no mundo. E são os mais vulneráveis – mulheres e crianças, pessoas com deficiência, marginalizados, desabrigados – que pagam o preço e arriscam sofrimentos e perdas devastadoras causadas pelo Covid 19”. “Já foram feitos centenas de apelos com fins humanitários pela Síria – explica Marco Desalvo, presidente da Ong – mas agora nos encontramos numa situação excepcional. Se, por um lado, o Covid 19 coloca-nos todos no mesmo grau de vulnerabilidade, a resposta que os nossos estados têm condições de dar são fortemente desiguais. Redigimos este apelo para o Secretário Geral das Nações Unidas, e para as instituições europeias, para pedir a suspensão, ao menos temporária, do embargo a qualquer recurso médico e para as transações financeiras, para que a Síria possa reabastecer-se de remédios e material sanitário”. “Este apelo não entra no mérito das diversas posições políticas – explica Lucia Fronza Crepaz, ex-deputada do Parlamento italiano, uma das promotoras do apelo – ao contrário, quer ir além das partes, porque o objetivo da salvaguarda da população síria está acima de qualquer orientação política ou ideológica”. Ao apelo já aderiram vários expoentes do mundo político, acadêmico, científico, religioso e civil italiano e não só, como Romano Prodi, o subsecretário para o trabalho e as políticas sociais, senador Steni Di Piazza, Patrizia Toia e Silvia Costa, pe. Luigi Ciotti, fundador do Grupo Abele Onlus e de Libera, Giovanni Paolo Ramonda, responsável geral da Associação Papa João XXIII (APG23), Michel Veuthey, docente de direito internacional na Webster University (Suíça), Andrea Olivero, presidente emérito da ACLI, Cornelio Sommaruga, ex-presidente da Cruz Vermelha Internacional, P. Bahjat Elia Karakash, ofm. Superior dos frades franciscanos em Damasco. Assina a petição em change.org
Stefania Tanesini
Abr 9, 2020 | Sem categoria
Este ano, para muitos cristãos, os dias da Semana Santa e da Páscoa – que as Igrejas ocidentais celebram em 12 de abril, enquanto as Igrejas ortodoxas e as Igrejas ortodoxas orientais em 19 de abril – serão uma experiência especial. Devido à pandemia do Coronavírus, eles não poderão participar fisicamente das celebrações litúrgicas. No texto a seguir, do ano 2000, Chiara Lubich dá algumas indicações sobre como viver esses “dias sagrados”. Hoje é Quinta-feira Santa. E nós que, devido à nossa espiritualidade que nasceu do carisma que o Espírito Santo nos concedeu, o sentimos muito especial, não podemos deixar de fazer hoje uma pausa para meditar um pouco, contemplar, procurar reviver os mistérios que este dia nos revela, juntamente com os da Sexta-feira Santa, do Sábado de Aleluia e do Domingo de Páscoa. Podemos resumir cada um destes dias com uma palavra que exprime, ou melhor, “grita” há mais de 50 anos no Movimento o nosso “dever ser”: Amor, a Quinta-feira Santa; Jesus Abandonado amanhã, a Sexta-feira Santa; Maria, o Sábado de Aleluia; o Ressuscitado, o Domingo de Páscoa. Portanto hoje, o Amor. A Quinta-feira Santa – e neste dia muitas vezes experimentamos, ao longo dos anos, a doçura de uma particular intimidade com Deus – nos recorda aquela profusão de amor que o Céu derramou sobre a terra. Amor, primeiramente, é a Eucaristia, que nos foi doada neste dia. Amor é o sacerdócio, que é serviço de amor e nos dá também a possibilidade de ter a Eucaristia. Amor é a unidade, efeito do amor que Jesus, num dia como este, implorou ao Pai: “Que todos sejam um como eu e tu” (Jo 17, 21). Amor é o mandamento novo que Jesus revelou neste dia antes de morrer: “Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 34-35). Este mandamento nos permite viver aqui na terra segundo o modelo da Santíssima Trindade. Amanhã: Sexta-feira Santa. Um único nome: Jesus Abandonado. Ultimamente escrevi um livro sobre Jesus Abandonado intitulado: “O Grito”. Eu o dediquei a Ele com a intenção de escrevê-lo também em nome de vocês, em nome de toda a Obra de Maria, “como – esta é a dedicatória – uma carta de amor a Jesus Abandonado”. Nele falo sobre Jesus, que, na única vida que Deus nos concedeu, um dia, um dia específico, diferente para cada um de nós, nos chamou para segui-lo, para doarmo-nos a Ele. É compreensível então – e ali eu o declaro – que todas as minhas palavras naquelas páginas não podem ser um discurso, mesmo familiar, caloroso, íntimo, sincero; mas querem ser um canto, um hino de alegria e, acima de tudo, de gratidão a Ele. Ele tinha doado tudo: viveu ao lado de Maria suportando dificuldades e sendo obediente. Três anos de pregação; três horas na cruz, de onde perdoa os seus algozes, abre o Paraíso ao Bom Ladrão, doa sua Mãe a nós. Restava-lhe a divindade. A sua união com o Pai, a doce e inefável união com ele, que o tinha tornado tão potente aqui na terra, como filho de Deus, e tão majestoso na cruz, a presença sensível de Deus devia retrair-se no fundo de sua alma e tornar-se imperceptível, de alguma forma devia separá-lo daquele com quem ele disse ser uma coisa só, até gritar: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27, 46). Depois de amanhã é Sábado de Aleluia. Maria está sozinha. Sozinha com seu filho-Deus morto. Um abismo de angústia inconsolável, um sofrimento dilacerante? Sim, mas ela permanece firme, de pé, tornando-se um exemplo excelso, um monumento de todas as virtudes. Maria espera, acredita. As palavras de Jesus que anunciavam a sua morte, mas também a sua ressurreição, talvez tenham sido esquecidas por outros, porém nunca por Maria: “Conservava estas palavras, com todas as outras, no seu coração e as meditava” (cf. Lc 2, 51). Portanto, Maria não sucumbe à dor: espera. E, finalmente, o Domingo de Páscoa. É o triunfo de Jesus ressuscitado que conhecemos e revivemos também em nós pessoalmente, no nosso pequeno âmbito, após termos abraçado o abandono ou quando, unidos realmente no seu nome, experimentamos os efeitos da sua vida, os frutos do seu Espírito. O Ressuscitado deve estar sempre presente e vivo em nós neste ano 2000, no qual o mundo deseja ver não só pessoas que acreditam e de alguma forma o amam, mas que são também testemunhas autênticas, que podem dizer a todos por experiência, como a Madalena disse aos Apóstolos após ter encontrado Jesus perto da sepultura, aquelas palavras que conhecemos, mas que são sempre novas: “Nós o vimos!” Sim, nós o descobrimos na luz com que nos iluminou; o tocamos na paz que nos infundiu; ouvimos a sua voz no íntimo do nosso coração; saboreamos a sua alegria incomparável. Lembremos, então, nestes dias, essas quatro palavras: amor, Jesus Abandonado, Maria, o Ressuscitado.
Chiara Lubich
(em uma conexão telefônica, Castel Gandolfo, 20 de abril de 2000) Tirado de: “Le 4 parole”, in: Chiara Lubich, Conversazioni in collegamento telefonico, pag. 588. Città Nuova Ed., 2019.
Abr 7, 2020 | Sem categoria
As live streaming feitas por eles, de Loppiano, mantem viva a esperança de que a fraternidade pode chegar a qualquer lugar. Em poucos dias será lançado o novo single. Nestes dias de emergência pelo coronavírus é preciso o mais possível estar em casa. Desde o dia 20 de março, o grupo musical e artístico internacional Gen Rosso teve a ideia de realizar, de casa, conexões live streaming. Conversamos com Tomek Mikus, porta-voz do grupo.
Como nasceu a ideia dos live streaming? Surgiu para demonstrar a nossa proximidade a quem está sofrendo, a quem dá a vida diariamente para salvar a vida dos outros, a todas as pessoas que, nestes anos, encontramos nos nossos concertos. E queremos também doar algo de positivo, de belo, nesta situação de isolamento quase total. Penso que todos nós, ao menos uma vez, nos perguntamos: “por que?”. Não é fácil dar respostas, mas “nós acreditamos no amor”, muitas vezes cantamos isso… acreditamos que todo acontecimento, ainda que doloroso, possui um motivo de amor. Girando pelo mundo vocês conseguem atingir um público grande e variado, o que confirma a universalidade da mensagem que levam. A nossa mensagem é, mais do que tudo, a do amor, da unidade, de uma cultura de partilha. É uma mensagem que não tem etiquetas, compreensível para qualquer pessoa, universal. O que queremos é levar o público a fazer uma experiência: descobrir e tornar-se conscientes do bem, do desejo de felicidade e de unidade que existe em cada pessoa. O público interage muito com vocês durante o streaming. Qual mensagem os tocou mais? Recebemos muitas mensagens de quem trabalha nos hospitais, cito três: “Trabalho na UTI do Covid. Nós somos aqueles que tem o rosto queimado pelas máscaras, de quem se vê só os olhos, e nos reconhecemos pelo olhar, aqueles que não têm mais um horário no hospital, mas, não desistimos. Continuem, por favor, a ser portadores de alegria. Eu e meus colegas prometemos que daremos tudo de nós, sem jamais desistir”. “Um enorme obrigado ao Gen Rosso por essa conexão. Eu assisti hoje, antes de sair para o turno no hospital, aqui em Asti. Foi uma lufada de oxigênio para a alma”. “Sou enfermeira na UTI do Covid; escuto o CD de vocês no carro, quando estou indo para o trabalho, ele me dá a força e a serenidade justa para enfrentar o plantão… obrigada!”.
Está para sair um novo single de vocês, “NOW”, você pode antecipar algo? Sobre o que fala? Na realidade não se trata só de um single, temos projetado um novo álbum inteiro, mas que queremos publicar uma canção de cada vez, nos próximos dois anos. NOW é uma canção que funde muito bem as sonoridades atuais do eletro pop com os sons clássicos do funk anos 70. O texto, em língua inglesa, exprime uma convicção nossa: ainda que cometamos erros graves é possível sempre recomeçar, porque a voz de Deus Pai, que é Amor, pode ser ouvida. No próximo dia 15 de abril o single “NOW” estará nas lojas digitais mais utilizadas, como Spotify, iTunes, Google Play, etc. Não percam! #distantimauniti
Lorenzo Russo