Nov 15, 2019 | Sem categoria
A exortação de Francisco ao instituto universitário: «Eu lhes deixo três palavras, os exortando a continuar com alegria, visão e decisão o caminho de vocês: sabedoria, pacto, saída». «Estou contente com o caminho que vocês fizeram nestes doze anos de vida. Vão em frente! O caminho só começou», iniciou o Papa Francisco, saudando a comunidade acadêmica do Instituto Universitário Sophia, que recebeu hoje em audiência privada. «No percurso que está diante de vocês não lhes faltam os pontos de referência: em especial, a inspiração do carisma da unidade do qual nasceu a Universidade de vocês e ao mesmo tempo as linhas que tracei na Constituição apostólica Veritatis gaudium, na qual o projeto acadêmico e formativo de vocês quer se refletir. Também a participação de vocês na preparação e nos desenvolvimentos do Pacto Educativo Global vai nesta direção».

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Da audiência, que se realizou no dia 14 de novembro passado na sala do Consistório, participaram o Cardeal Giuseppe Betori, Arcebispo Metropolita de Florença e Grã Chanceler do Instituto, a doutora Emmaus Maria Voce, Vice Grã Chanceler do Instituto e Presidente do Movimento dos Focolares, toda a comunidade acadêmica do Instituto Universitário Sophia, uma representação do grupo de trabalho de “antropologia trinitária” do CELAM e os docentes da futura sede local de “Sophia” na América Latina e Caribe. «Eu lhes deixo três palavras, os exortando a continuar com alegria, visão e decisão o caminho de vocês: sabedoria, pacto, saída» disse o Papa Francisco a eles. A Sabedoria que, explicou o Santo Padre, ilumina “todos os homens”, com os quais “somos chamados a caminhar juntos”. O Pacto, porque “é o elemento determinante da criação e da história”, “o pacto entre Deus e os homens, o pacto entre as gerações, o pacto entre os povos e as culturas, o pacto – na escola – entre os docentes e os discentes e também os pais, o pacto entre o homens, os animais, as plantas e até mesmo as realidades inanimadas que fazem bela e multicolorida a nossa casa comum”. O Papa Francisco exortou a comunidade acadêmica de Sophia a viver este pacto para “abrir as estradas do futuro a uma civilização nova que abrace na fraternidade universal a humanidade e o cosmo”. Enfim, “saída”: «Devemos aprender com o coração, com a mente, com as mãos a “sair do acampamento” – como diz a Carta aos Hebreus (13,13) – para encontrar, precisamente lá fora, o rosto de Deus no rosto de cada irmão e cada irmã». 
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No final da audiência, Piero Coda, Reitor do Instituto, comentou: «Somos gratos ao Papa Francisco que apreciou a participação de estudantes provenientes dos cinco continentes e também de diferentes tradições religiosas, e o nosso compromisso de não olhar do terraço, mas de pôr as “mãos na massa” para caminhar como protagonistas por estradas novas de fraternidade». A audiência com o Papa Francisco chega apenas poucos dias após a cerimônia de inauguração do ano acadêmico de 2019/2020 (segunda-feira, 11 de novembro de 2019), com a outorga do doutorado h.c. em Cultura da Unidade ao filósofo e teólogo prof. Juan Carlos Scannone S.J., expoente da “teologia do povo” e professor do jovem seminarista Jorge Mario Bergoglio.
Tamara Pastorelli
Nov 13, 2019 | Sem categoria
“Desafiar o futuro. Homens e mulheres em diálogo” foi o título do encontro que ocorreu de 18 a 20 de outubro de 2019 em Castelgandolfo, promovido pelo centro do diálogo com pessoas de convicções não-religiosas do Movimento dos Focolares. Dar voz às exigências, aspirações e ideais pelas perspectivas culturais diferentes por meio de um diálogo em todos os campos entre pessoas sem uma referência religiosa específica e cristãos católicos; também estavam presentes dois jovens muçulmanos. Esse foi o objetivo do encontro “Desafiar o futuro. Homens e mulheres em diálogo”, que ocorreu em Castelgandolfo (Roma, Itália) de 18 a 20 de outubro passados, promovido pelo Movimento dos Focolares. Uma escolha temática ditada pelo esforço de ler o profundo das mulheres e dos homens de hoje, adultos e jovens, pertencentes a diversas crenças e convicções. O que os mantêm juntos? Qual é a contribuição específica da sinergia homem-mulher para um futuro de paz e para trabalhar pelo bem-comum? Quando e como se inicia a educação para o relacionamento homem-mulher? “Cada um é diferente, mas, às vezes, os adolescentes são excluídos por sua aparência. Os verdadeiros heróis não fazem isso, mesmo que não seja sempre fácil.” É o incipit de Verdadeiros Heróis, o curta-metragem do diretor belga Erik Hendricks que abriu o congresso. Gravado com um elenco de estudantes, o documentário abriu o caminho às múltiplas contribuições que foram a alma e a riqueza desses três dias. No centro do encontro, o aprofundamento de uma peculiaridade do estilo do Movimento dos Focolares: o trabalho conjunto e a corresponsabilidade de homens e mulheres. Foi muito importante também a contribuição de Piero Taiti, médico, pioneiro no diálogo entre pessoas de convicções não-religiosas, sobre a contribuição profética de Chiara Lubich. Moreno Orazi, arquiteto, que poderíamos definir como um cristão inquieto, em busca e com muitas perguntas de fé, apresentou testemunhos aos homens e mulheres no âmbito social: “Mesmo revelando uma grande diferença de impacto do pontos de vista psicológico entre o corpo feminino e o masculino, constato uma reciprocidade substancial de sentimentos do ponto de vista da condição existencial e afetiva a nível profundo, para ambas a solidõe e a falta de reconhecimento do próprio ser e das próprias expectativas e aspirações é fonte de um profundo sofrimento. Há uma voz interior que emana do corpo das mulheres, diante da qual o homem se colocou de modo ambíguo no passado, amplificada ou não ouvida segundo o próprio interesse do momento, mas nunca percebida como a chave para colher a essência da feminilidade”. Para Giuseppe Auriemma, médico psiquiatra, a reciprocidade que nasce do relacionamento entre homem e mulher é uma fonte para superar as diferenças. “A reciprocidade requer esforço e pede empenho, pede que se supere a rigidez do contraste, que se bloqueie a tentação de resolver as diferenças na identidade do mais forte, superar a mentalidade do possuir e do apropriar-se. É, na verdade, um caminho duro de libertação. Homens e mulheres deveriam ter mais consciência de suas características peculiares, seja como dons e riquezas, seja como limites. Só então poderão viver uma relação, um encontro, porque cada um terá algo para dar a algo para receber”. Donatella Abignente, professora de teologia moral, ilustrou o ponto de vista católico: “Na Igreja católica há um debate muito vivaz. No sínodo sobre a Amazônia, o Papa pediu que fosse reconhecido oficialmente o ministério da mulher sobre a Palavra. Há resistência por parte de pessoas que dão muita importância aos direitos individuais e dos mais fortes, por isso as mulheres só se tornaram importantes quando adquiriram força para fazer valer os próprios direitos. O direito se afirma na base da comunhão. Quanto à reciprocidade, ela se constrói com a gratuidade que não é não se preocupar com a plena realização de si, o voluntariado da mortificação ou um altruísmo muito símile à busca da própria perfeição por meio do serviço. Não se trata de se tornar mulher ou homem, mas ser pessoa na comunhão gratuita, comprometendo nós mesmos em uma transformação que dura toda uma vida”. Não faltaram contribuições de pessoas provenientes dos continentes não-europeus, como Vania Cheng, que falou do relacionamento entre homem e mulher na China, de Ray Asprer na sociedade filipina e Mounir Farag, Haifa Alsakkaf e Giovanna Perucca sobre a mulher nos países islâmicos. No seu relatório “Chaves interpretativas da história dos relacionamentos homem-mulher”, a socióloga Giulia Paola Di Nicola apresentou um panorama histórico, enquadrando as mudanças que aconteceram no decorrer dos séculos e a divisão dos papéis, hierarquias e valores que caracterizaram, nos milênios, uma certa ordem social e de pensamento.
Da redação
Nov 11, 2019 | Sem categoria
Entrevista com frei Gino Alberati, missionário desde 1970 entre os povos da Amazônia. Agora que os refletores da mídia sobre o pulmão verde da terra se apagaram, porque os incêndios foram controlados e o Sínodo da Amazônia da Igreja católica divulgou o documento final, nos parece importante continuar a dar voz a quem vive na Amazônia e contribui para o seu desenvolvimento todos os dias. O risco de ver esse pedaço de terra como um cartão exótico, distante da vida das nossas metrópoles é muito forte. Trata-se de um dos maiores laboratórios multiculturais do planeta, um aspecto que seguramente faz menos barulho que a questão ambiental, mas cujo respeito e proteção são também centrais para a sobrevivência de sua população. Por isso, assumir o desafio cultural na Amazônia e apoiar a educação e a formação humana é de importância vital.

© ACN Kirche in Not
Também fazem parte da sua população várias comunidades do Movimento dos Focolares: famílias, adolescentes e religiosos como frei Gino, como é chamado por todos. Frei Gino Alberati é um missionário capuchinho italiano que mora e trabalha na Amazônia desde 1970, servindo dezenas de comunidades ao longo do rio Solimões, na fronteira brasileira com a Colômbia e o Peru. Viaja com um barco que lhe foi doado e é ele quem cuida de sua manutenção. O barco lhe permite celebrar missas e levar a palavra de Deus às comunidades deslocadas em um território muito vasto e também lhe dá a oportunidade de salvar vidas humanas porque o médico mais próximo geralmente fica a um dia de viagem. Foi difícil entrar em contato com ele, mas conseguimos entrevista-lo por Whats App. Sobre a sua preparação para a missão, frei Gino conta que passou dias inteiros no hospital S. Giovanni em Roma. “Por nove meses, eu entrava nos laboratórios de análise e nas salas operatórias; fazia isso para aprender alguma coisa de medicina, porque sabia que na missão à qual eu estava destinado não haveria nenhuma estrutura sanitária e teria de improvisar como médico. Eu tinha 29 anos quando cheguei na Amazônia e as distâncias ou meios de transportes precários que usava não me importavam”, explica frei Gino, “a minha bússola era o amor. Nesses anos, fiz realmente de tudo e agora sigo uma paróquia que cobre um território de 400 quilômetros, no Rio Amazonas e Rio Icá”. Quando lhe perguntamos como as pessoas vivem, responde que o rio é a vida deles. “No rio, viajam e pescam; a água fertiliza as terras mais baixas. Atualmente, sigo 40 comunidades, além da paróquia da cidade de Santo Antônio do Içá. Também sou conselheiro municipal da saúde pública e levo à administração da cidade as necessidades sanitárias das comunidades que visito. Não vivemos de perto o drama dos incêndios porque nesta região estamos longe dos grandes interesses; isso, apesar da diminuição do território coberto pela floresta, está sob os olhares de todos. Também fazem parte da população índios da etnia Ticunas; são aproximadamente 45.000 e vivem da agricultura, caça e pesca. Trabalhamos muito para dar a eles uma formação humana, cultural e espiritual de base. Há pouco tempo, entregamos a 200 líderes de 24 comunidades a bíblia traduzida na língua Ticuna.” Frei Gino insiste no papel fundamental dos índios para a conservação do planeta: “Com certeza, foram feitos muitos esforços para combater o risco de poluição, como o uso dos motores a hidrogênio nos meios de transporte, mas, apesar disso, os grandes do mundo veem só o ‘deus-dinheiro’ e querem pegar as terras dos nativos para extrair minerais e petróleo. O estilo de vida dos índios segue o ritmo da natureza; pegam da terra só o essencial, trabalham em pequenos pedaços de terra e por isso não são necessários grandes desmatamentos”. Quando lhe perguntamos qual era a coisa mais preciosa de que os homens e mulheres da Amazônia precisam, depois das necessidades materiais, responde que com certeza é o amor, “o amor recíproco que leva à fraternidade”, capaz de transformar pessoas e territórios em qualquer latitude.
Stefania Tanesini
Nov 10, 2019 | Sem categoria
Concluiu-se domingo, 10 de novembro, a fase diocesana da Causa de canonização e beatificação de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares. Mais de 500 pessoas lotaram a Catedral de Frascati (Roma), onde se realizou a última sessão do inquérito diocesano. Entre os participantes, o cardeal Tarcisio Bertone, a presidente dos Focolares Maria Voce (Emmaus) e o copresidente Jesús Morán, alguns parentes de Chiara Lubich, dois representantes da Igreja Ortodoxa, vários prefeitos da região do Lácio, sacerdotes, leigos e religiosos e muitos amigos que conheceram Chiara e o carisma da unidade dos Focolares. Diante do altar, a mesa com as 75 caixas contendo a documentação coletada e que será entregue à Congregação para as Causas dos Santos na Santa Sé, onde prosseguirá o estudo e a avaliação do que foi coletado.

As últimas 3 das 75 caixas estão seladas
A cerimônia foi presidida por Dom Raffaello Martinelli, bispo de Frascati, que resumiu esses anos de coleta de testemunhos e de material do seguinte modo: “A Santa Sé e o processo diocesano devem destacar o heroísmo das virtudes, não simplesmente a bondade de uma pessoa, mas o heroísmo. Foi o que pedi desde o início, inclusive nos testemunhos. Devemos demonstrar como Chiara viveu as virtudes cristãs de modo heroico, ou seja, as virtudes Teologais (fé, esperança, caridade), Cardeais (prudência, justiça, fortaleza, temperança) e toda uma série de virtudes derivadas”. Em seu relatório, o Delegado Episcopal Mons. Angelo Amati evidenciou que foram ouvidas 166 testemunhas também em várias viagens, como por exemplo, às dioceses de Roma, Albano e Fiesole (Itália), Lausanne-Genebra-Friburgo (Suíça), Augsburg-Ottmaring e Bamberg-Nuremberg (Alemanha), Westminster (Inglaterra), Gand e Bruxelas (Bélgica) e duas cartas rogatórias: à Bangcoc (Tailândia) e Liubliana (Eslovênia). “O inquérito verificou a vida, as virtudes, o carisma e a espiritualidade específica de Chiara, – ressaltou Amati -, unidos às temáticas teológicas apresentadas, tais como: a Unidade, Jesus abandonado e Jesus no meio, sobre a fundação da Obra de Maria (Movimento dos Focolares) e os contatos interconfessionais e inter-religiosos. Total de páginas coletadas: 35.057 em 102 volumes”, que contêm vários tipos de material (testemunhos, cartas, documentos publicados e não publicados, escritos, diários, etc …). A seguir, a declaração do Promotor de Justiça Sac. Joselito Loteria – que juntamente com o notário Adv. Patrizia Sabatini e o Delegado Episcopal formam o tribunal diocesano instituído para a Causa de Chiara Lubich -, depois, o bispo Martinelli leu o decreto de conclusão da fase diocesana e nomeou “Portitore” o Dr. Daniel Tamborini, que terá a tarefa de entregar a documentação à Santa Sé. Em seguida, os juramentos do Portitore, do bispo Martinelli e de todos os membros do tribunal diocesano e da Postulação – Postulator Sac. Silvestre Marques, Vice-Postulador, Dra. Giuseppina Manici, Vice-Postulador, Dr. Waldery Hilgeman, e a assinatura do verbal da sessão de encerramento. O momento central foi o fechamento e a colocação do selo nas últimas 3 das 75 caixas contendo as 35.000 páginas.
“O nosso único desejo agora é oferecer à Igreja, através desta ampla documentação, o dom que Chiara foi para nós e para muitíssimas pessoas – afirmou Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, na sua saudação na Catedral -. Acolhendo, dia após dia, de modo coerente, o carisma que Deus lhe deu, caminhando e tendendo para a plenitude da vida cristã e a perfeição da caridade, Chiara se prodigalizou para que esse caminho de vida evangélica fosse percorrido por muitas pessoas, com a renovada determinação de ajudar todos os que encontrava a colocar Deus em primeiro lugar e a “santificarem-se juntos”. O seu olhar e o seu coração, como agora demonstrado, eram movidos por um amor universal, capaz de abraçar todos os homens para além das diferenças, sempre propensa em realizar o testamento de Jesus: Ut omnes unum sint. É motivo de alegria para todos saber que, agora, a Igreja vai estudar e analisar a vida e as virtudes da serva de Deus, a nossa amadíssima Chiara”. O processo diocesano A data 7 de dezembro de 2013 marca o início da fase diocesana da Causa de canonização e beatificação de Chiara Lubich – pouco mais de cinco anos após sua morte em 14 de março de 2008 – quando foi assinada em Castel Gandolfo a petição oficial para o início da Causa. As primeiras a serem ouvidas foram as testemunhas oculares que a conheceram desde os primeiros tempos da fundação do Movimento dos Focolares. Posteriormente, Dom Raffaello Martinelli consultou a Conferência Episcopal da região do Lácio sobre a oportunidade de iniciar a Causa, obtendo um parecer positivo. O bispo constituiu, assim, uma comissão de 3 especialistas em matéria histórica e arquivística que tinha a tarefa de reunir todo o material não publicado relativo a Chiara. Martinelli nomeou depois três Teólogos que examinaram os escritos publicados. Em 29 de junho de 2014, a Santa Sé concedeu o seu Nulla Osta à abertura oficial da Causa. Em 27 de janeiro de 2015, na Catedral de Frascati, realizou-se a cerimônia de abertura da fase diocesana, concluída em 10 de novembro de 2019.
Lorenzo Russo Departamento de Comunicação do Movimento dos Focolares
Texto: Saudação conclusiva de Maria Voce
Nov 7, 2019 | Sem categoria
As palavras de São Paulo “Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram” (Rm. 12,15) são um convite a “fazer-se um”, a colocar-se “na pele do outro”, como expressão de uma caridade verdadeira. Colocando-as em prática poderemos ver uma mudança nos ambientes onde estamos, começando pelos relacionamentos nas nossas famílias, escolas, locais de trabalho, comunidades, e experimentaremos, com gratidão, que o amor sincero e gratuito cedo ou tarde retorna, torna-se recíproco. Acolhida Foi confiada à nossa comunidade uma mulher com uma história pesada nas costas. Quando apuramos quem ela era, tornou-se difícil o relacionamento. Com efeito, soubemos que havia matado o próprio filho e não estava presa porque grávida e deprimida. Mesmo se o pároco nos recordava de não julgar, era igualmente difícil não ter o seu passado diante dos olhos. Com o tempo, e com a ajuda também do nosso pároco, aquela mulher tornou-se a medida da nossa capacidade de acolhida. Com este esforço de “ver com outros olhos” a nossa comunidade deu um salto de qualidade. Pareceu-nos que, justamente por meio daquela mulher necessitada inclusive da nossa misericórdia, Deus nos dava uma grande lição de Evangelho. Mas o presente maior foi quando, um dia, chorando, ela nos contou a sua história, os dramas e a violência que havia vivido, para depois agradecer-nos por termos provado a ela que o amor existe e que o mundo não é assim tão mau como o tinha conhecido. (M. P. – Alemanha) Um instituto para crianças com deficiência auditiva O nosso instituto, em parte é sustentado pelo Estado e em parte se sustenta com pequenas atividades artesanais, mas as necessidades são sempre muitas. Um dia chegou o parente de um aluno dizendo que não sabia como e onde encontrar dinheiro para resolver um problema. Peguei a última soma que tínhamos no caixa e dei a ele. À tarde recebemos a visita de uma senhora desconhecida: “Vi no jardim a estátua de Nossa Senhora e parei para rezar. O que vocês fazem merece admiração e respeito. Não sei o que eu poderia fazer por vocês, mas talvez isso possa ajudar”. E nos deu dois cheques que eram o dobro do valor doado pela manhã. (J. – Líbano) No cruzeiro Não lembro da minha mãe sadia, mas sempre sofrendo, e nas últimas décadas sempre acamada. Meu pai, ainda que tivesse uma carreira brilhante, cheia de sucessos, passava o tempo ao lado dela, não deixando faltar nenhuma assistência e cuidados. Um dia, convidado para um cruzeiro, aceitei, amontoando mil desculpas para pensar que o merecia. Durante a viagem, enquanto um colega me contava sobre a sua família, me dei conta que eu tinha pouco a dizer sobre a minha, ao contrário, sentia vergonha de uma situação de sofrimento sem solução. Quando ele me perguntou sobre os meus pais e contei como meu pai sempre havia se dedicado à mamãe, senti orgulho de um pai assim e entendi o próprio valor do sofrimento. De volta à casa pedi perdão aos meus, não tanto pelas férias que tinha feito, mas porque não havia sabido intuir se eles precisavam de mim. Com aquele “cruzeiro” a minha vida mudou. Os últimos dias de minha mãe foram um dom, para toda a família. (S. S. – Espanha) Pedir desculpas Uma manhã, na cozinha, minha esposa e eu estávamos agitados por problemas não resolvidos, tudo nos parecia escuro e destinado a desencadear entre nós, como já havia acontecido outras vezes, uma briga furiosa. Parei um instante: todas as promessas de recomeçar, feitas diante de Deus, eram válidas ou tinham virado fumaça? Aproximei-me a minha esposa, e mesmo se isso custava, pedi-lhe desculpas. Ela reagiu imediatamente dizendo que a culpa era toda sua… Quando as crianças chegaram, encontraram não apenas o café da manhã pronto mas pais que cresciam junto com eles, desejosos de transmitir aos filhos a chave correta para viver bem a vida. (R. H. – Eslováquia)
Aos cuidados de Stefania Tanesini (retirado de “Il Vangelo del Giorno”, Città Nuova, anno V, n.6,novembre-dicembre 2019)
Nov 5, 2019 | Sem categoria
Um mergulho na vida da comunidade dos Focolares em Bangalore: da história de Angela e Louis à “noite da pizza” organizada pelos Gen no focolare, para arrecadar fundos para vários projetos. https://vimeo.com/363782104