Nov 29, 2021 | Sem categoria
Em 14 de março de 1989, Chira Lubich respondeu às perguntas dos Animadores dos Jovens por um Mundo Unido. Neste trecho ela se refere ao cuidado para com a criação, um tema novo naquele período e uma verdadeira urgência para toda a humanidade ainda hoje. O desenvolvimento das ciências e da técnica foi algo grandioso, maravilhoso, que deixou todos atônitos. Porém […], quase sempre, chegou prescindindo Deus. E agora estamos em um planeta, como vocês sabem, que se continuarmos assim, pode desaparecer de um momento para o outro, ou destruir todos nós numa catástrofe, que não é atômica, mas ecológica. […] É como se os homens usassem grandes botas e, ao longo das décadas, foram caminhando na lama, espalhando-a por toda a parte. Lançaram na atmosfera substâncias e coisas poluentes, como também no mar e nos rios; destruíram as árvores, estragaram tudo. No entanto, tinham feito descobertas maravilhosas que levavam a um grande progresso. Portanto existe o bem misturado com o mal, porque não estavam sob o olhar de Deus, não o escutaram. E agora este fenômeno também nos obriga a rever, todos juntos, os problemas, vendo o mundo de uma forma integral. Se não resolvermos juntos este problema, não o resolveremos Afirmar que tudo tende à unidade, mesmo coisas mal elaboradas, nos fazem compreender que sim, uma fraternidade universal deve ser realizada, mas em Deus; deve ser reformulada, vivemos neste mundo, não devemos fazê-lo explodir, mas lembremo-nos que Deus existe. […] Em suma, há um impulso, mesmo que invertido, desta tendência à unidade, e quase nos impõe a ser uma coisa só, como, por exemplo, o problema ecológico, que nos obriga a realizar uma fraternidade diferente. […] Se não resolvermos este problema todos juntos, não o resolveremos. Todos os acontecimentos, sobretudo os dolorosos, que são os mais difíceis de interpretar, podem ser entendidos de duas maneiras […] eles são como são porque materialmente são assim, mas existe algo no seu interior, a mão de Deus, a providência de Deus que os transforma, como em uma alquimia, e os transforma em combustível para nossa vida espiritual. Foi necessária a cruz para nos redimir, foi necessário aquele sofrimento, aquele grito – “Meu Deus, por que me abandonaste” – para nos redimir. É necessário também o nosso sofrimento para conseguirmos gerar um mundo novo, para transformar o mundo, as pessoas, as criaturas. É necessário sofrer.
Chiara Lubich
(Chiara Lubich, Respostas às perguntas dos animadores de Jovens por um Mundo Unido, Castel Gandolfo, 4 de março de 1989)
Nov 25, 2021 | Sem categoria
O testemunho de dois pais do norte do Peru, sobre como lidaram com a doença de sua filha, sustentados pelo amor de Deus e por uma grande família adquirida. “Estávamos jantando quando percebi que nossa filha mais nova tinha um grande nódulo no pescoço”, disse Marisela, a mãe. O médico a examinou e o ultrassom mostrava um tumor de 5 cm. Ele nos aconselhou procurar o endocrinologista para averiguar melhor. O especialista solicitou uma biópsia, que infelizmente confirmou a presença de um tumor maligno com metástases. Era necessária uma ação imediata. Foi uma notícia muito forte, nenhum de nós esperava. Quando cheguei em casa, me tranquei no banheiro para desabafar e, chorando, perguntei a Deus o porquê daquele sofrimento. “Para mim era uma provação, a operação era muito cara” – continuou Luis, o pai – “mas tentei não demonstrar a preocupação financeira a Marisela. Pediríamos um empréstimo para realizar a cirurgia que seria em Lima, a capital, mas onde nos hospedaríamos durante todo o período da cirurgia até a convalescença? Entramos em contato com os responsáveis do Movimento dos Focolares, do qual somos membros. Nosso Centro já estava ocupado por algumas famílias venezuelanas imigradas no Peru devido à difícil situação de seu país. Mas um religioso do Movimento naquela ocasião estava oferecendo uma casa para os hóspedes da congregação, assim ao sermos acolhidos, sentimos realmente a proximidade de Deus. Em Lima, o especialista em neoplasias, por segurança solicitou uma segunda biópsia e outros testes, mas esta última esperança também se extinguiu e o diagnóstico foi confirmado. Nossa filha irrompeu em lágrimas e o médico a consolou, assegurando-lhe que tudo correria bem”. “A comunidade de Lima”, disse Marisela, “fez o possível para arrecadar e colocar à nossa disposição, uma soma em dinheiro, que foi suficiente para custear a operação. A loteria organizada por nossa filha mais velha cobriu as outras despesas. Na véspera da operação, Padre Nacho nos visitou, concedeu à nossa filha a unção dos enfermos e nos acompanhou até a clínica. Durante a operação, muitas pessoas rezaram pelo sucesso da operação. E assim foi!” “Mais uma vez”, conclui Marisela, “constatamos o poder da oração e hoje somos muito gratos a esta grande família do Movimento dos Focolares pelo amor expresso de tantas maneiras e por não nos ter deixado sozinhos neste momento tão difícil”.
Coletado por Gustavo E. Clariá
Nov 24, 2021 | Sem categoria
Ser um pacificador é também agir com generosidade, ser solidário com quem está ao nosso redor, ir mais além e abrir caminhos que nos permitam chegar perto dos outros e fazê-los se sentirem abraçados. Um doce Uma família muçulmana vive em nosso bloco de apartamentos. Por ocasião da festa do fim do Ramadã, pensamos em ir até eles para desejar-lhes felicidades e levar-lhes um bolo (tínhamos ouvido que este era o costume). Como eles não estavam em casa, escrevemos um bilhete e colocamos junto com a embalagem com o bolo na frente da porta deles. Mais tarde, nos reunimos com eles. Tinham estado fora para as celebrações e no retorno ficaram encantados em encontrar o pequeno presente. Com um grande sorriso, o marido disse obrigado: “Estamos na Suíça há 25 anos e ninguém jamais nos desejou um feliz aniversário. Ficamos muito, muito satisfeitos”. Em meu coração, a alegria era dupla. (Adriana – Suíça) De um sanduíche à recompensa Eu tinha dinheiro suficiente em meu bolso apenas para um sanduíche. Ao sair da loja, notei uma senhora olhando esperançosamente para todos que estavam comendo. Ela certamente estava com fome e esperando que alguém lhe oferecesse algo para comer. Afinal de contas, eu poderia comer alguma coisa mais tarde em casa. Então, peguei o meu sanduíche e o dei a ela, fazendo-a feliz. Depois levei-a a um vendedor de hortaliças e perguntei-lhe se ele poderia dar-lhe alguma fruta, que eu pagaria no dia seguinte. Ao invés disso, ele deu-lhe um saco de frutas, gratuitamente. Fiquei tão feliz ao ver como cem vezes mais pode vir de um sanduíche. (F.M. – Índia) Um café foi suficiente No meu trabalho, após voltar das férias, uma surpresa me esperava: um novo funcionário, tendo terminado seu aprendizado, havia sido colocado no mesmo escritório que eu. Não foi porque ele tivesse invadido o “meu” espaço, mas desde o primeiro momento eu o achei desagradável por causa de seu comportamento, seus mexericos sobre tudo e todos… Será que eu seria capaz de trabalhar com ele? E pensar que eu tinha voltado refrescado em forças, mas acima de tudo em espírito. Com toda a família, eu tinha assistido a um retiro espiritual baseado em como viver o Evangelho na vida cotidiana. E aqui eu estava sendo posto à prova: trabalhando lado a lado com aquele cara “difícil”. E eu estava me perguntando como amar alguém assim, quando um aroma de café chegou de longe… Ideia! Sem demora, fui buscar dois cafés, para mim e para ele. Surpreso com este gesto inesperado, meu colega perguntou-me: “Como você sabia que eu estava precisando de um café? Eu ri e disse que era um cartomante. A partir desse simples ato de cortesia, as coisas mudaram e nós nos tornamos verdadeiros amigos. (V.J.M. – Espanha)
por Maria Grazia Berretta
(extraído de Il Vangelo del Giorno (NDT O Evangelho do dia), Città Nuova, ano VII, n.4, novembro-dezembro de 2021)
Nov 23, 2021 | Sem categoria
A partir do acolhimento de um grupo de afegãos em uma estrutura do Movimento dos Focolares na Itália, a história da amizade que possibilitou a chegada deles. A amizade entre Costanza Quatriglio, uma diretora de cinema italiana e dois atores afegãos, Basir Ahang e Mohammad Jan, da etnia Hazara, vítima de perseguição há muitos anos. https://vimeo.com/620775119
Nov 22, 2021 | Sem categoria
Se procurarmos melhorar a cada dia, também nós podemos ser construtores de paz como a Palavra de Vida nos convida a fazer neste mês de novembro de 2021. Nós miramos – é isso que o nosso ideal quer – à unidade do mundo. E rezamos para isso (para que paz reine em toda terra) todos os dias no time-out. Ora, um dos meios que temos para alcançá-la é envolver nesse objetivo (a unidade e, portanto, a paz) o maior número possível de pessoas, justamente enquanto fiéis de uma religião; é o nosso terceiro diálogo. Assim, neste mês, eu convidaria a reavivar o relacionamento com eles. Fiéis das mais variadas religiões estão presentes praticamente em toda parte. Sem dúvida, é sempre uma revolução o que a vontade de Deus nos pede. Sabemos que nesse campo, atrás de nós, existem séculos de imobilismo e, muitas vezes de hostilidade. Trata-se de empreender uma luta pela paz, e para isso é necessário nos preparar, premunir-se. Por isso gostaria de sugerir, em primeiro lugar, a mim mesma, e depois a todos vocês, alguma coisa que nos ajude nas próximas semanas a ter algum subsídio a mais, a incrementar aquilo que já fazíamos, a sermos mais vigilantes que antes, a crescermos continuamente para não esmorecermos. Sabemos que, quem não progride, regride. Gostaria de sugerir alguma coisa que nos ajude a melhorar cada dia mais na vivência do nosso ideal. Esta ideia poderia consistir em dizer a nós mesmos, antes de cada ação que realizamos: “Hoje melhor do que ontem”. Muitas ações em nossa vida são, de alguma forma, repetitivas: rezamos todos os dias, comemos todos os dias, passeamos, estudamos, trabalhamos, encontramos outras pessoas, dormimos, cuidamos da casa, repousamos, etc. Pois bem, antes de cada ação digamos: “Melhor do que ontem”. E procuremos agir coerentemente. Seremos assim como Deus nos quer. Somos um Movimento e não nos é permitido parar. Teremos graças abundantes e será mais fácil realizarmos a tarefa específica deste mês: levar em grande consideração os fiéis de outras religiões e colaborar com eles para a paz e para a unidade do mundo.
Chiara Lubich
(Chiara Lubich, in Conversazioni in collegamento telefonico, a cura di Michel Vandeleene, Opere di Chiara Lubich, Città Nuova, 2019, pagg. 425-426)
Nov 19, 2021 | Sem categoria
Muitas luzes no pesadelo da Covid na Índia e no Nepal: uma rede de ajuda ativada para fornecer oxigênio aos hospitais da cidade indiana de Mumbai e a história de um pai que conseguiu se curar graças a esse oxigênio; os jovens do Movimento dos Focolares que fornecem refeições para cerca de 100 famílias indianas; a comunidade do Movimento do Nepal que, graças à ajuda recebida, fornece alimentos, material escolar, remédios e ajuda econômica a pessoas em dificuldades. https://vimeo.com/619796446