Movimento dos Focolares

O mundo entre os braços

Mar 23, 2011

“Levar a Deus o mundo entre os braços”. No dia do terceiro aniversário da sua partida para o Céu, o sonho de Chiara parece ter se realizado.

Da Venezuela ao Burundi, da Austrália ao Vietnam. Em todas as línguas, de todos os credos religiosos. Cristãos, judeus, muçulmanos. Núncios apostólicos, crianças, jovens, famílias. Em toda parte o olhar cheio de gratidão ao carisma que Chiara deixou sobre a terra. Num clima de família renovou-se o compromisso de levar adiante o seu sonho, isto é, ver realizada a oração de Jesus ao Pai: “que todos sejam um”. “Desde aquele 14 de março de 2008 – disse o núncio apostólico da Venezuela, D. Pietro Parolin, em Caracas – este canto, este hino da alegria e gratidão não mais se apagará no coração e nos lábios de Chiara Lubich, por toda a eternidade”. Durante a missa, concelebrada por quatro bispos e doze sacerdotes, com representantes de vários Movimentos eclesiais, o núncio indicou o caminho a ser seguido: “Se numa cidade, como esta cidade de Caracas, se acendesse o fogo que Jesus trouxe sobre a terra, e pela boa vontade dos habitantes este fogo resistisse ao gelo do mundo, em pouco tempo teríamos incendiado a cidade com o amor de Deus”. Peru, El Salvador, Honduras, Guatemala, Nicarágua. “Nas homilias das várias missas – escreveram Martita e Gustavo, de San Salvador – repetiam-se as palavras ‘santidade’, ‘carisma para toda a Igreja’, sinal que a espiritualidade é conhecida e apreciada”. Uma difusão que ultrapassou os confins da Igreja católica. Em Tucumán – na região de Córdoba, na Argentina – Chiara foi recordada com um encontro inter-religioso do qual participaram cristãos de várias Igrejas, judeus e muçulmanos. “Eu estou entre aqueles que não conheceram Chiara – disse o rabino Salomon Nusbaumm – mas conheci os seus frutos. E conhecendo o fruto pode-se louvar a árvore. Deus Onipotente acolha Chiara, juntamente a todos os justos”. Assim escreveu a comunidade de Quito, no Equador: “Até a tragédia no Japão e o perigo de um tsunami, que vivemos aqui, pareciam um chamado do Eterno Pai a enraizar-nos no essencial”. A comunidade de São Jose, na Costa Rica, teve a ideia de realizar uma programação numa praça, com estandes sobre os frutos do carisma de Chiara e momentos de música e espetáculo, para atrair a atenção dos passantes. Participação de povo nas manifestações promovidas para o aniversário de Chiara no Brasil. Da Mariápolis Ginetta à Porto Alegre e à Mariápolis Santa Maria, na região de Recife, onde – escreveram – “em 35 cidades, com um total de 4.273 participantes, recordamos o terceiro ano da sua chegada ao Paraíso”. Ultrapassando o oceano, em Cebu, nas Filipinas, até o arcebispo, D, José Palma, esteve presente o dia inteiro na programação. Referindo-se à beatificação de Chiara Luce Badano, D. Palma falou também da futura beatificação de Chiara, com o desejo que dentro de dois anos o processo seja iniciado. Chiara foi relembrada também em Bancoc, no Vietnam e em Mianmar. E na Índia, nas cidades de Mumbai, Bangalore, Deli e Goa. Na nunciatura – escreveram de Mumbai os dois responsáveis pela região – “o núncio iniciou a missa pedindo a graça de que todos possam ser como ela, testemunha do amor, com força e coragem, para dar a luz a muitas pessoas, como ela fez”. Em Medan, na Indonésia, parece estar realmente nos últimos confins da terra. E de lá escreveram: “Havia uma atmosfera muito bonita, percebia-se o quanto Chiara está viva e em todos era tangível a alegria e a gratidão por ser seus filhos e fazer parte da sua família extraordinária”. O aniversário de Chiara foi “um momento de Deus” também em toda a região da Austrália, desde a Nova Caledônia até a Nova Zelândia, a Perth, Melbourne e Sydney. E para terminar esta viagem ao redor do planeta, um olhar para a África. De Bujumbura, no Burundi, a comunidade escreveu: “Chiara estava conosco, no centro da festa. Tocante a grande presença de pessoas que, no passado, tiveram um relacionamento com Chiara. Ela passa e continua a atrair”. Na Mariápolis Piero, no Quênia, das 800 pessoas presentes a maioria era jovem. Todos falavam de “alegria, renovação, santidade aberta a todos”. “Queremos continuar a levar adiante o mandato de Chiara, e oferecer os nossos braços para poder levar a Deus a nossa parte de continente”, escreveram. Também em algumas cidades do CongoKinshasa (700), Kikwit (2000), Lubumbashi (400), Goma (200) e Bukavu (100) – o terceiro aniversário da partida de Chiara foi relembrado por muitos. Uma característica comum: a presença forte de Chiara e o impulso a transformar e santificar o ambiente em que se vive. O prefeito do município de Nzinda exprimiu a sua gratidão por ter sido convidado: “Descobri a riqueza e a realidade da vida da Obra, essencial para realizar a fraternidade universal, que pode remover a injustiça e os antivalores da sociedade congolesa”.

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