Como expressões do amor de Deus, os carismas colocam-se no momento atual da história quase como respostas às necessidades emergentes, e não raramente acontece encontrá-los no centro de importantes acontecimentos que tocam a humanidade. Iniciemos pelo Mediterrâneo, tão atual por tudo o que está acontecendo na sociedade, especialmente entre os jovens. Passado breve tempo do Sínodo dos bispos do Oriente Médio, a Igreja local interroga-se e começa a traçar linhas, a fim de concretizar o que brotou dele. Entre as 44 proposições escritas no documento final do Sínodo, uma, em especial, diz respeito à colaboração dos Movimentos com a Igreja local. Durante a viagem à Terra Santa, de fevereiro passado, a presidente do Movimento dos Focolares, Maria Voce, encontrou os responsáveis dos Movimentos, e o diálogo entre eles continuou nos messes sucessivos, com os representantes do Movimento em Jerusalém. No Egito também teve início um diálogo mais vivo entre as realidades carismáticas e a Igreja institucional. Uma proposta inicial, nesse sentido, aconteceu no Líbano, onde a Assembleia dos patriarcas e dos bispos católicos do país (APECL) deteve-se justamente na reflexão sobre a colaboração dos Movimentos com a Igreja local. América Latina. A Conferência de Aparecida traçou importantes linhas para o continente latino-americano, que deverão ser atuadas com as características dos diversos países. No México, dia 27 de agosto de 2011, mais de 350 presidentes e dirigentes de 34 realidades carismáticas presentes no país, reuniram-se no auditório do Centro Universitário. O evento foi realizado com a contribuição de seis importantes instituições católicas. A imprensa fez uma cobertura vasta e positiva, salientando o desejo de participação na vida do país, movidos pela nova certeza de estar juntos para construir. O tema principal foi a família, vista sob três perspectivas: formação, ação social e comunicação. O intercâmbio de ideias e propostas, emergidas no fórum, foi elaborado e assinalado no manifesto final, “Juntos pelo México”. E movimenta-se também a Europa. A comunhão entre os Movimentos católicos, iniciada em 1998, suscitou o interesse inclusive de Movimentos de várias outras igrejas cristãs e de novas comunidades, que já em 2000 quiseram conhecer Chiara Lubich e estabeleceram uma amizade sempre mais estreita com ela. Entre os iniciadores dessa “amizade carismática” recordamos Helmut Nicklas (responsável pela ACM de Munique, associação ecumênica de jovens cristãos). O que os uniu foi o desejo de realizar alguma coisa para que a Europa possa reencontrar a força de suas origens, por meio da contribuição dos próprios carismas e da vida permeada pelo Evangelho que, como uma grande rede unida, dê testemunho dele. Um projeto que se exprimirá no dia 12 de maio de 2012, na manifestação internacional “Juntos pela Europa”, em Bruxelas (Bélgica), com eventos locais simultâneos, em toda a Europa. A palavra-chave dessa amizade é “Pentecostes 1998”, a recordação do primeiro encontro mundial com João Paulo II. A promessa de Chiara Lubich, de contribuir para realizar o desejo do Papa de que exista uma comunhão cada vez mais profunda entre os Movimentos e novas comunidades, é o mandato transmitido a todos os que partilham da espiritualidade da unidade.
Não desanimar por causa dos erros
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