Movimento dos Focolares
Do Congo à Bélgica, a viagem de Belamy

Do Congo à Bélgica, a viagem de Belamy

Clip integral da canção – http://www.youtube.com/watch?v=ymXHLfOal4U

Belamy Paluku é originário de Gomae encontra-se por três meses na Bélgica. No seu país, o Congo, faz parte da banda Gen Fuoco, cuja mensagem inspira-se na espiritualidade de unidade, e é também o responsável pelo “Foyer Culturel”, um centro cultural de sua cidade.

Graças aos seus talentos musicais o Centro Wallonie-Bruxelas ofereceu-lhe uma bolsa de estudos para aprofundar a técnica do canto, em Verviers, na Bélgica. Belamy é compositor e suas canções evidenciam a busca da paz, do diálogo e o valor do sofrimento.

A mais conhecida é “Nous couleurs et nos saveurs” (“somos nossas cores e sabores”) e é um convite a valorizar as cores e os gostos dos diferentes povos, porque “um mundo com uma só cor e uma única comida seria muito pobre”.

No vídeo vemos uma entrevista com o jovem musicista e uma jovem belga.

Belamy, você é de Goma, atualmente está na Bélgica, para um intercâmbio e uma especialização como músico. Como você se sente numa cultura tão diferente?

Conheço pessoas de várias origens, e me dou conta de que todos têm sempre algo a oferecer ou a receber dos outros. Nem a cultura nem a língua podem impedir a convivência, a comunicação.

Entrevista com Belamy Paluku

E você, Elisabeth, que nasceu na Bélgica, o que significa para você acolher aqueles que chegam de vários lugares do mundo?

É verdade, na Europa, e de modo especial em Bruxelas, há uma riqueza imensa de culturas e nacionalidades. Eu vivi com jovens do Movimento dos Focolares da Síria, Eslováquia, Itália… A arte de amar sempre me ajudou a ir em direção ao outro. Mas acho que não basta viver um ao lado do outro. Como somos muito reservados, o desafio para nós, europeus, é tomar a iniciativa e ir ao encontro do outro, construir pontes, até nos tornarmos uma única família, reconhecendo-nos irmãos”.

Belamy, esse intercâmbio de riquezas inspirou uma de suas canções, não é?

Venho de uma região onde existe sempre o perigo de guerra entre as etnias. Este intercâmbio de riquezas humanas e culturais me parece o caminho para um mundo de partilha e de tolerância. Tomei como ponto de partida as nossas diferenças para gritar ao mundo que juntos, unidos, saberemos revelar o enigma da humanidade.

Belamy Paluku está no Facebook com o nome “Belamusik” (o centro cultural de Goma)

Por que não eles?

Trabalhar com a ideia de deficiente e sua vivência com a arte é entrar num universo desconhecido e surpreendente, descobrindo novos olhares e pensamentos. É nesse universo que “Por que não eles?” inova. Fala da afirmação da dignidade dos deficientes e do papel único que a arte tem nesse processo, sem medo de apontar as contradições e polêmicas com que o tema da deficiência é enfrentado pela sociedade, ora pendendo para o preconceito, ora para a comiseração ou mesmo a demagogia. O Autor, que atua em projetos de integração e inclusão social do deficiente, discorre o tema a partir da experiência de inúmeros artistas que pintam com a boca ou com o pé, entre outros, e de uma bem fundamentada bibliografia. O livro, descrevendo amplamente o que é a deficiência e suas implicações, revela-se importante na superação dos preconceitos que se escondem por trás das atitudes e das palavras na mentalidade reinante. Ao mesmo tempo, discorrendo sobre a arte (e sua crise na atualidade), mostra como esta “proclama a condição humana” e a dignidade dos deficientes, incluindo-os plenamente na família humana. João Vicente Ganzarolli de Oliveira (1961- ) é professor da Escola de Belas-Artes da ufrj. Mestre em Filosofia e doutor em Letras, escreve sobre estética, filosofia e história da arte, geografia e história da cultura. É autor de Do essencial invisível: arte e beleza entre os cegos (Rio de Janeiro : Revan/faperj, 2002); Arte e beleza em Gerd Bornheim (Rio de Janeiro : Eduerj, 2003); Índia submersa (Rio de Janeiro : Letra Capital, 2004); A humanização da arte (Rio de Janeiro : Pinakotheke, 2006). Como jornalista e fotógrafo, colabora com a revista Cidade Nova.

Por que não eles? Arte entre os deficientes Autor: João Vicente Ganzarolli de Oliveira 224 pp.; formato 14cm X 21cm ISBN 978-85-89736-69-5

Para comprar: Editora Cidade Nova