Movimento dos Focolares
Klaus Hemmerle: O sacerdote hoje/1

Klaus Hemmerle: O sacerdote hoje/1

vescovi-amici2«Se quiserem encontrar um sismógrafo capaz de registrar os abalos do nosso tempo, conhecer a evolução positiva ou negativa da consciência da nossa época, as ameaças iminentes e as novas esperanças, peguem a figura do sacerdote. Ele é, de certo modo, o coração do Senhor, colocado por Ele mesmo no coração da Humanidade. Com esta grandíssima vocação: estar completamente disponível para com o Senhor e para com os homens com os quais é chamado a “fazer-se um” e dos quais quer estar perto. Porém, a esta disponibilidade está ligada uma grande vulnerabilidade. Quem se dispõe a tratar deste tema “O sacerdote hoje” – problema essencial para a vida da Igreja hoje – encontra-se diante de uma quantidade incalculável de teorias, experiências e projetos. Os documentos do Concílio Vaticano II e do Sínodo dos Bispos de 1971; os discursos e as cartas dos últimos Papas, principalmente, do nosso Papa João Paulo II, oferecem um suporte e apontam-nos o caminho. No entanto, não nos dispensam do esforço de transformá-los numa vida compreensível e num luminoso testemunho para os homens, dentro e fora da Igreja. Seguindo as diretrizes da Igreja, considerando as experiências e os problemas dos homens, procurei uma imagem, uma resposta, uma figura viva, que pudesse iluminar o sacerdote hoje. Quem é? Que fisionomia ele nos apresenta? Nesta busca, deparei-me com um texto que pode dar a resposta a tal pergunta: “Quem é o sacerdote hoje?”, embora não se refira ao sacerdote. “Eis a grande atração dos tempos modernos: penetrar na mais alta contemplação e permanecer misturado com todos, homem ao lado do homem. Queria dizer mais: perder-se na multidão, para impregná-la de divino, como se embebe um pedaço de pão no vinho. Queria dizer mais: feitos partícipes dos desígnios de Deus sobre a Humanidade, traçar sobre os povos recamos de luz e, ao mesmo tempo, partilhar com o próximo a vergonha, a fome, os ultrajes e as alegrias fugazes. Porque a atração do nosso tempo, como de todos os tempos, é o que de mais humano e de mais divino se possa pensar, Jesus e Maria: o Verbo de Deus, filho de um carpinteiro; a Sede de Sabedoria, Mãe de família“. Este texto de Chiara Lubich, me fala do “hoje” e coloca em evidência o sacerdote como resposta de Deus para o nosso hoje. Este texto me fala de Jesus Cristo e me faz compreender o sacerdote a partir de Cristo. Este texto me fala do ser cristão e revela a existência do sacerdote partindo da existência do cristão comum. Este texto me fala da Igreja e me mostra o lugar e o significado do sacerdote na Igreja. (Continua) Próximo evento para o mondo sacerdotal: Loppiano – “Networking “ 19 a 22 de agosto de 2014 Encontro com jovens sacerdotes e diáconos, seminaristas e jovens orientados ao sacerdócio, promovido pelo Movimento dos Focolares.

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Uma jovem mulher de Gaza

2009CodePinkGazaEntre o povo de Gaza domina o desalento. A única ajuda são as palavras do Papa e o apoio de tantas orações em todo o mundo, como conta uma jovem mulher do Movimento dos Focolares que mora na Faixa e que, por motivos de segurança, mantém o anonimato. «R. – Não existe trégua no conflito, vemos somente morte, destruição e refugiados pelas ruas. É algo que não se pode conceber nem acreditar. Perto de nós há uma escola de serviços da ONU para os refugiados, são cerca de setenta pessoas que vivem em 50 metros quadrados, refugiados embaixo das árvores. Como encontrar paz nessa situação? P. – Como mudou a vida de vocês desde quando começou o conflito? R. – Sinceramente, somos um povo já morto. Antes e depois dessa guerra nada mudou. Estamos sem eletricidade, sem água, sem trabalho. Os jovens estão morrendo psicologicamente, você fala com eles e parece estar falando com uma pessoa de 70 anos, sem expectativas e esperanças na vida. A única ambição é ter a eletricidade, ao menos duas horas durante o dia, e encontrar um pouco de combustível. P.- Seja o Hamas que a autoridade de Israel, até agora disseram que não é possível parar, que precisa terminar o que se começou. Você também pensa assim? R. – Nós não temos nenhuma expectativa. Tudo o que temos é a oração. Dirigir-nos a Deus e confiar-nos a Ele, porque não existe nenhum governo que possa nos ajudar, nem árabe nem estrangeiro, nem a ONU pode fazer nada. P. – E como essa situação pode mudar? R. – Se as coisas tivessem que mudar seria somente porque quem tem responsabilidade e poder se coloca diante da face de Deus. Só Deus pode fazer a diferença, pode mudar os corações cheios de ódio, pode mudar essa realidade de morte e sofrimento. P. – Chegam a vocês as notícias das orações e apelos do Papa por vocês? Ajudam a sustentá-los? R. – Recebemos todas as mensagens e apelos do Papa. Sabemos que ele está perto de nós e pede a Deus a nossa proteção, com a intercessão de Maria. E depois, todas as comunidades cristãs ao nosso redor nos telefonam todo dia, para fazer com que não nos sintamos sozinhos, e nos sustentam com a oração. Tudo isso nos ajuda. P.- Você pertence ao Movimento dos Focolares, portanto à espiritualidade da unidade que se constrói com o amor recíproco, como diz o Evangelho. Como faz para coloca-la em prática agora? R.- Todo dia, de manhã e à noite, tento manter contato com familiares e amigos, saber como estão. Muitos não têm mais uma casa porque foi destruída pelas bombas, e nós estamos acolhendo duas famílias refugiadas. Justamente ontem, falando com eles, eu dizia: não pensem na casa, nas coisas materiais, o importante é que estamos vivos e juntos. O importante é que vivemos um pelo outro. E ainda, todo dia dou graças a Deus por mais um dia de vida. Isso já é muito: ainda existimos e ainda podemos fazer alguma coisa. P.- Se pudesse lançar um apelo, o que diria? R. – Gostaria de me dirigir ao mundo inteiro, em nome do meu povo, para que retorne a Deus e lembre-se que, em Gaza, cristãos em muçulmanos, somos uma única família, um único povo e uma única vida, e estamos todos passando pelo mesmo sofrimento. Obrigada».

Fonte: Radio vaticana online

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NÃO ESQUEÇAM DE NÓS!

1406032894 “Não se esqueçam de nós”, não podemos fazê-lo. Como cristãos e como homens e mulheres deste planeta, não podemos ficar passivos diante das situações difíceis que são vividas em tantos lugares do mundo. Por isso unimo-nos à intensa oração do Papa Francisco pedindo a paz, especialmente na terra de Jesus. E para que sejam percorridos todos os caminhos possíveis, que excluam o uso das armas e assim sejam evitadas tantas mortes de inocentes. Queremos assegurar aos nossos irmãos cristãos, mas também aos de outro credo, que nós não os esquecemos. Que assumimos o compromisso cotidiano de oferecer e rezar ao Onipotente para que cesse a violência, que abra-se o diálogo entre as partes envolvidas e tenha-se a “coragem da paz”. Para aqueles que desejam ajudar: Associazione “Azione per un Mondo Unito – Onlus” Via Frascati, 342 – 00040 Rocca di Papa (Roma, Italy) c/c bancario n. 120434 Banca Popolare Etica – Filiale di Roma codice IBAN: IT16 G050 1803 2000 0000 0120 434 codice SWIFT/BIC: CCRTIT2184D Motivo: Emergência Oriente Médio Para os doadores europeus existe a possibilidade de dedução/imposto. Para aqueles que desejam ajudar os cristãos do Iraque: IBAN JO09 ARAB 1110 0000 0011 1210 9985 98 Account: 0111 210998 0 598 Swiftcode: ARABJOAX100 Motivo: ajudar os cristãos no Iraque ARAB Bank – Amman branch Amman – Jordan 2014_07_banner_gaza_1

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Adolescentes dos Focolares nos locais de desembarque na Sicília

2014_07_rpu_sicillia_sbarchiOs jovens do Movimento Juvenil pela Unidade do sul da Itália realizaram, de 1 a 6 de julho de 2014, o seu encontro anual, com o título “Big Bang”, na zona mais periférica da Sicília. Foi o quinto encontro, também este ano rico de conteúdos e de emoções e generoso de empenhos. A preparação foi feita pelos próprios jovens que não decidiram apenas as temáticas, mas o formato e a dinâmica a ser utilizada. Recordou-se a história desses cinco anos e, ao mesmo tempo, considerou-se o momento atual. Foram os jovens redatores do noticiário do MJPU da Calábria e Sicília, “GRAFOTEENS” que introduziram as temáticas mais candentes da adolescência, estre estas o relacionamento problemático com o próprio corpo, responsável pelo incremento de casos de anorexia e bulimia. Os adolescentes desejaram mudar a abordagem ao problema, e assim trataram do assunto com artigos no noticiário e depois com a encenação de um “psicodrama” com final aberto à elaboração dos vários grupos de trabalho. Outro tema polêmico foi a relação entre adolescentes e pais, proposto pelo psiquiatra e ensaísta Ezio Aceti que abordou a comunicação e os sentimentos mais fortes que hoje se traduzem em amizade, amor e, forçosamente, em educação. A notícia dos 45 migrantes mortos no porão de um navio invadiu o acampamento com todo o peso de uma tragédia. O navio com os corpos chegou ao porto de Pozzallo, a poucos quilômetros dali e os adolescentes decidiram cancelar a festa prevista para a conclusão e participar de uma vigília de oração para recordar os mortos e encorajar os vivos. A partir dessa opção iniciou um aprofundamento que os fez entrar diretamente no drama da imigração, conversando com agentes da Cáritas local sobre o percurso dos imigrantes e quais as causas profundas que constrangem milhares de pessoas a fugirem dos próprios países em guerra, em busca de paz e de trabalho. Aos jovens havia sido pedida uma ajuda durante a vigília. Eles decidiram falar “de suas raízes e de suas asas”, contar a própria experiência no Movimento dos Focolares e ler também um trecho de Igino Giordani, de 1926: “Vem irmão desconhecido, abracemo-nos”, texto que explica o compromisso com os outros, os últimos. As “asas” foram representadas por uma carta aos 45 migrantes mortos, escrita por uma adolescente de 14 anos, que pedia perdão pela insensibilidade de um mundo que se mostra indiferente. No final da vigília, os jovens do Movimento Juvenil foram acolhidos e receberam o agradecimento pelo que haviam dito, não só do representante do bispo, mas também dos próprios imigrantes que haviam escapado da morte alguns dias antes, com um grupo de menores. Imediatamente nasceu um diálogo – com um inglês e um italiano apenas balbuciados – onde os adolescentes marcaram alguns encontros com os imigrantes para ajudá-los a inserirem-se na região. O verdadeiro “Big Bang” terminou assim, aliás, começou com esse ato e com um reconhecimento: o “Prêmio Chiara Luce Badano”, entregue às comunidades sicilianas de Ispica e Rosolini pela acolhida dada aos imigrantes, sobretudo aos jovens que esperam o futuro. Fonte: Città Nuova online

Burundi: pequenos milagres do microcrédito

Ação por um Mundo Unido (AMU), dos Focolares, e a sua parceira no Burundi, Cadre Associatif des Solidaires (CASOBU), uma dupla vencedora! Graças também ao cofinanciamento de algumas instituições estatais italianas, conseguiram realizar diversos projetos de microcrédito na periferia de Bujumbura e na Província de Ruyigi (Burundi). No total foram constituídos 80 grupos de microcrédito. As poupanças feitas dentro de cada grupo permitiram aos 406 participantes no primeiro projeto, e aos 722 do segundo, iniciar uma atividade produtiva própria, a fim de sustentar a própria família. “No início não foi fácil desenvolver um trabalho de sensibilização – conta Sandrine, uma das animadoras do projeto de Bujumbura -, porque as pessoas não respeitavam os programas… e isso muitas vezes exigia de mim ir além da simples execução das minhas tarefas”. Jérôme trabalha na CASOBU, no setor de projetos em Ruyigi. Sente-se motivado pelo desejo de ir ao encontro das necessidades diárias do seu povo. “Procuro sempre trabalhar em conjunto, respeitar a dignidade e personalidade deles, ajudando-os a colocar a pessoa humana em primeiro lugar e a reforçar a coesão social. Num dos grupos uma pessoa não tinha conseguido restituir o crédito dentro de prazo estabelecido. Outro membro do grupo, vendo a atitude do primeiro, resolveu desaparecer. Sabendo que eu estava em Ruyigi o primeiro devedor procurou-me para falar da sua situação. Colhi a ocasião para reafirmar que a fraternidade nos grupos e comunidades é o maior valor que possuímos, que está antes de todo o resto. Também conseguimos encontrar o segundo, que na verdade tinha ido procurar o dinheiro para reembolsar o seu débito. No final, compreendi o quanto é importante que os beneficiários tenham a capacidade de resolver eles mesmos os problemas, sendo fieis às regras dos vários grupos, mas iluminados pelo espírito de fraternidade que tentamos testemunhar e transmitir a eles. Esta confiança em si mesmos os torna mais conscientes de suas capacidades”. “O que nós, da CASOBU queremos – continua Sandrine –, é que este amor evangélico que orienta a nossa ação como animadores, inspire também as relações dentro do grupo, as decisões deles, e permita que as suas atividades pessoais se tornem mais fortes e estáveis”. Uma das muitas experiências vividas: “Uma mulher, mãe de duas crianças e esperando a terceira, assumiu um empréstimo para iniciar uma atividade econômica, mas não compareceu mais às reuniões do grupo. Parecia que tinha se transferido para outro lugar. Foram procurar até encontrá-la. Escutando a sua história perceberam que tinha enormes dificuldades: abandonada pelo marido, com os filhos pequenos, sem poder pagar o aluguel e com a ameaça de ser despejada, etc. Os membros do grupo encontraram uma família para acolher os filhos, e, por unanimidade, concordaram em dar a ela um segundo crédito, para que pudesse reabrir a sua pequena loja. Assim essa mulher pode pagar os dois débitos dentro do tempo estabelecido. Os membros do grupo ficaram orgulhosos por terem levado esta história a um bom fim”.