Coronavírus – Distantes mas unidos
Ações de apoio, ajuda mútua, oração e partilha realizadas no mundo inteiro pelas comunidades dos Focolares. https://vimeo.com/402937110
Ações de apoio, ajuda mútua, oração e partilha realizadas no mundo inteiro pelas comunidades dos Focolares. https://vimeo.com/402937110
O testemunho de Rolando, diretor de uma empresa de El Salvador: preocupações e expectativas pelo seu país em tempo de pandemia e a opção, feita com a família, de viver pelos outros. Em El Salvador estamos em quarentena, como o resto do planeta. O medo compreensível mas, na minha opinião, supervalorizado, conquistou espaços, e com a finalidade de conter a contaminação foram encorajadas medidas que vão contra os direitos humanos. Aproveitando da emergência a democracia é minada e, sempre pelo medo, boa parte da população exige uma mão forte. Dessa maneira, como medida para conter o vírus, a pandemia gerou um retorno ao autoritarismo. Um retorno à intolerância, ao não diálogo, com sentimentos de raiva e de vingança. E precisa acrescentar o impacto negativo sobre a economia com o fechamento das atividades não essenciais, a alta taxa de economia informal, a redução das remessas e o alto nível de endividamento motivado pela emergência. Para mim esta situação é uma desolação coletiva. Na juventude vivi a guerra civil e, com muitas ilusões, a chegada das negociações e a assinatura da paz. Acompanhei o lento processo rumo à democracia, nunca satisfeito, mas sempre com esperança. Jamais teria imaginado ver novamente as forças armadas dominarem a cena política e a ruptura da ordem constitucional. É um sofrimento pessoal e social que, algumas vezes, me fez perder o otimismo. Penso que haverá, no futuro próximo, uma crise econômica e social que atingirá a democracia e especialmente as pessoas mais vulneráveis. A espiritualidade da unidade que procuramos viver na minha família, nos leva a realizar ações concretas em favor de quem está perto de nós. Da minha parte, mergulhado no trabalho em casa, procuro antes de tudo amar Irene, minha esposa, valorizando o esforço que faz para gerir a situação difícil, ajudando-a e cobrindo os vazios, até porque com a pandemia as pessoas que nos ajudavam em casa não estão aqui. Preparo com alegria os pratos que agradam a Roxana, a filha mais nova, e dou coragem à Irene Maria, a mais velha, que estuda no exterior. Todos os dias falo com meus pais e me ocupo de suas necessidades. Procuramos apoiar e dar serenidade aos nossos funcionários domésticos, garantindo os seus salários, até que possamos fazê-lo… Com os empregados da empresa onde trabalho, junto com outros dirigentes, estamos implementando políticas de ajuda financeira, facilitando o trabalho à distância dos dependentes para garantir o emprego deles. Procuro me relacionar da melhor maneira possível com minha equipe e ser compreensivo diante da queda de produtividade deles. Com alguns especialistas de várias áreas trocamos experiências, estudamos a crise, os modelos econômicos, o desenvolvimento dos mercados, a política, conscientes da possibilidade que temos de aprender coisas novas e encontrar ideias inovadoras para enfrentar o futuro. Sem me aperceber os dias passam rapidamente, e uma sensação de paz muitas vezes invade a minha alma. Continuo a me preocupar pela situação sanitária do país, pela democracia em perigo, pela economia, mas sinto, cada vez mais, a força de continuar a lutar para manter altos os valores nos quais creio, ainda que lá fora a tempestade continue forte.
Rolando, El Salvador (Recolhido por Gustavo E. Clariá)
Um caminho para permanecer unidos a Jesus é acolher a sua Palavra. Ela permite que Deus entre no nosso coração para torná-lo “puro”, ou seja, depurado do egoísmo, em condições de produzir frutos abundantes e de qualidade. Confiar Era um homem de uns quarenta anos, de rosto triste, que se apresentava mal: roupas surradas e sujas, cheiro de álcool e nicotina… Não me pediu dinheiro, mas trabalho, qualquer que fosse. Claramente precisava de ajuda. O que faria Jesus no meu lugar? Decidi convidá-lo para ir à minha casa que necessitava de alguns reparos. Antes ainda, me contou que tinha acabado de sair da prisão e devia pagar a fiança da condicional, mas não tinha nada. Inclusive a sua mulher o tinha deixado. Depois, fez o trabalho indicado, que lhe paguei. Antes de levá-lo ao local em que passava a noite, me perguntou se eu tinha algum outro trabalho para lhe propor. Consultando alguns amigos, encontramos outras coisas a serem feitas por ele. Voltou diversas vezes. Neste ínterim, confiança e respeito recíprocos cresciam. Após cerca de um mês, não se fez mais vivo. Eu temia que tivesse voltado para a prisão. Depois, um dia, me chamou pelo celular: “Obrigado por tudo o que você fez por mim, pela confiança que me deu. Consegui pagar a fiança e comprar um celular. Agora tenho um trabalho fixo. Estou muito feliz!”. (A. L. – USA) Aquilo em que acredito Sou cabelereira e faço serviço em domicílio. Um dia fui chamada por uma jovem senhora casada a pouco tempo, que esperava um filho. Triste, me confidenciou que tinha a intenção de se divorciar porque a sogra lhe tornava a vida impossível. Eu a ouvi por longo tempo, depois lhe aconselhei que esperasse. Após alguns dias, também a sogra me chamou para que eu lhe cortasse o cabelo. E logo me falou mal da nora. “Que estranho –repliquei –, justamente dois dias atrás eu estava na sua casa e a ouvi dizer só coisas boas sobre a senhora…”. Quando me encontrei de novo com a nora, lhe disse: “A sua sogra me falou bem da senhora, lhe quer muito bem…”. Alguns dias depois, a família se reuniu por ocasião de uma festa. Sogra e nora se reviram após meses e foi um momento belíssimo, como elas mesmas depois me contaram. E me agradecendo: “Quem ensina a você as coisas belas que nos diz?”. Assim, pude explicar a elas aquilo em que acredito: aquele Evangelho que ensina a ser construtores de paz. (F. – Paquistão) Quase por brincadeira O meu marido e eu percebemos nos nossos filhos um escasso conhecimento das bases da fé cristã. Então nos perguntamos: por que não dar vida a uma espécie de curso de catecismo em família? Comecei eu com Maria, Jutta e Ruben, cuidando para que os conceitos fossem simples e se referissem à vida do dia-a-dia. Em seguida se uniram a nós Jeroen e Rogier, Rose e Michel… Disto nasceu uma experiência original, divertida e inclusive envolvente: de fato, se tratava de preparar, a cada semana, uma espécie de aula que alguma das crianças escrevia no computador e multiplicativa, enquanto alguma outra preparava simpáticas pequenas pastas onde guardar as apostilas. Os nossos filhos estavam tão entusiasmados que frequentemente, espontaneamente, convidavam os seus amiguinhos para participarem; assim, outros se uniram a nós. Quando abordamos o tema dos sacramentos, tivemos a confirmação do quão pouco tivessem sido entendidos, enquanto agora se tornaram a riqueza da nossa vida de fé. E este curso de catecismo, nascido quase por brincadeira, está indo em frente… (P. W. – Holanda)
elaborado por Stefania Tanesini
(tirado de Il Vangelo del Giorno, Città Nuova, ano VI, n.3, abril-maio 2020)
A experiência da comunidade de Bangalore, na Índia, durante o lockdown pela emergência “Quando acontece, de repente, que por 21 dias tudo fica fechado e não sabemos como será o futuro; quando o trabalho, que lhe manteve até agora, para e não sabe como a situação vai continuar… o que fazer? Creio que seja esta a experiência que vivemos neste momento não apenas na Índia, mas em tantos países no mundo inteiro, e na Itália foram os primeiros, infelizmente, a fazer esta experiência de grandes perdas. Aqui também tivemos a mesma situação. Somente que aqui, como talvez vocês tenham visto nos telejornais, existem 450 milhões de pessoas que vivem do trabalho diário, sem nenhuma segurança, e a maior parte delas sem nenhuma economia. Portanto, não poder ir ao trabalho significa comer cada dia menos e procurar sobreviver. Na nossa comunidade do Focolare de Bangalore havia esta pergunta. De que modo ajudar as pessoas em necessidade? De que modo envolver outras pessoas estando fechados em casa? Tudo começou com uma mensagem no WhatsApp que um de nós enviou a Kiran, um seminarista que vive numa aldeia que visitamos há tempos atrás. “Existem famílias em necessidade na tua aldeia?”. Naquele lugar, que fica no estado indiano Andhra Pradesh, vivem cerca de 4560 famílias e uma paróquias com 450 famílias católicas. Kiran (que significa “raio” na língua local) precisamente naquela tarde, enquanto passeava, tinha visitado várias famílias que lhe tinham confiado o medo do futuro. Já estavam comendo apenas kanji (arroz fervido com tanta água que dá para beber, com um pouco de pimenta verde para dar um pouco de gosto) há alguns dias e não sabiam como iriam fazer nos 21 dias de lockdown. Não é normal que pessoas adultas falem a um jovem dos seus problemas e Kiran tinha voltado para casa um pouco preocupado. Depois, abrindo o celular, viu a mensagem e entendeu que Deus estava lhe dando uma resposta ao pedido de ajuda daquelas famílias. Assim, colocamo-nos em ação. Kiran procurou saber quais eram as famílias com maiores dificuldades e nós preparamos a mensagem para mandar a todas as pessoas que conhecemos, com detalhes e as contas correntes para onde mandar as ajudas. Colocamos como meta ajudar ao menos 25 famílias, com um saco de arroz de 25 kg e uma sacola de verduras, alimentação suficiente para cerca de 15 dias para uma família, com um custo de 1500 rupias, cerca de 20 euros (120 reais).
A resposta foi imediata. Muitas pessoas participaram, famílias e muitos jovens. Alguns deram mil, outros 3 mil, outros 5 mil rupias. Em poucos dias, atingimos a meta estabelecida. Mas as ajudas continuaram a chegar e pudemos ajudar mais de 30 famílias, com 4 pessoas em média por casa. Isso significa que a ajuda chegou para cerca de 120 pessoas. Mas, também em outras aldeias onde vivem pessoas que conhecemos, as necessidades são muitas. Por isso, começamos a ajudar também em outros lugares. Agora estamos ajudando três aldeias, sempre com pessoas do lugar que conhecem bem a situação e sabem ajudar da maneira melhor. Assim como Chiara Lubich havia nos ensinado a amar as pessoas, uma de cada vez, pensamos, neste caso, em amar uma aldeia de cada vez, mas sem nunca parar! O que fazemos é pouco, são como gotas, mas muitas pessoas se mobilizaram. Aqui na diocese de Bangalore, onde também contribuímos, o esforço do Arcebispo, através do centro social, para ajudar muitos trabalhadores bloqueados pelo lockdown foi e continua sendo muito grande. De Bangalore agora passamos a iniciativa para Mumbai, Nova Deli e Goa, de modo que o que temos possa circular o mais possível. No fim, como estamos todos vivendo a mesma experiência, tudo passa e aquelas poucas gotas de amor que conseguimos doar permanecem e preenchem o nosso coração e o coração dos outros”.
A comunidade do focolare de Bangalore – Índia
Se quiser dar a sua contribuição para ajudar aqueles que sofrem os efeitos da crise global da Covid, vá a este link
Para combater a pandemia, indivíduos e associações, pessoal da saúde e comunidades científicas, Governos e organizações internacionais estão agindo em várias direções. Não faltam criatividade e generosidade, muitas vezes heroicas. A todos esses esforços vale a pena acrescentar a contribuição decisiva que advém da oração capaz de remover montanhas. (…) Assim como toda criança desta terra confia no próprio pai, acredita nele, abandona-se totalmente a ele, transfere-lhe todas as preocupações, sente-se segura ao seu lado em qualquer circunstância, mesmo difícil, mesmo dolorosa, mesmo impossível, da mesma forma age e deve agir a “criança” do Evangelho com o seu Pai celeste. Esse modo de se comportar é sempre muito importante porque, muitas vezes, somos assaltados por circunstâncias, por acontecimentos, por provações que não conseguimos superar apenas com nossas forças e, então, necessitamos de ajudas superiores. Nestes dias sentimos uma necessidade toda especial de ter uma grande fé no amor do Pai, na sua Providência. (…) Estivemos e estamos preocupados, e pensamos (…) então no que poderíamos fazer. A primeira resposta que brotou no nosso coração foi esta: rezar, rezarmos todos juntos para afastar o flagelo. E alguns mais, outros menos, certamente já começaram a fazê-lo. (…) Rezar. Mas é preciso rezar de forma a ser atendido. Como? (…) São João, na sua primeira carta, escreveu esta belíssima e encorajadora expressão: “Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu Amor em nós é perfeito”[1]. “O seu amor em nós é perfeito.” Mas, se o seu amor em nós é perfeito, e enquanto seu amor em nós é perfeito, somos perfeitos. Possuímos, portanto, a perfeição do amor praticando o amor recíproco. Nestes dias (…) introduzimos [no Regulamento dos focolarinos] uma norma que é basilar e essencial para eles: o dever de (…) formularem um pacto com os outros focolarinos (…) de estarem prontos a morrer uns pelos outros, como requer o Mandamento de Jesus. Mas esta decisão, este pacto não é certamente monopólio dos focolarinos que vivem em comunidade. É lei para todos os membros da nossa Obra. Colocada em prática, ela torna perfeito o amor em nós e nos torna perfeitos no amor e, assim, agradáveis a Deus e em condições de obter as graças que desejamos, inclusive as que seriam necessárias para transportar montanhas. Creio que nestes dias, se quisermos trabalhar com eficácia por um mundo unido, será preciso renovar, entre nós e com todas as pessoas que encontrarmos, que conhecem o nosso Movimento, esta disposição da nossa alma. Devemos, evidentemente, antes de tudo suscitar as condições necessárias, criar a atmosfera adequada para depois podermos dizer, com coragem, ao outro: “Eu – com a graça de Deus – quero estar pronto a morrer por você” e poder, por sua vez, ouvir: “E eu por você”. Depois devemos agir coerentemente, atiçando o fogo do amor para com cada próximo. (…) Baseados nisso podemos rezar com a confiança de sermos atendidos.
Chiara Lubich
(em uma conexão telefônica, Mollens, 13 de setembro de 1990) Tratto da: “Patto e time out”, in: Chiara Lubich, Conversazioni in collegamento telefonico, pag. 410. Città Nuova Ed., 2019. [1] 1 Jo 4, 12.
Uma iniciativa global que envolveu milhares de fiéis por meio de seminários interativos e de formação sobre o cuidado da casa comum. Anunciada pelo Papa, foi organizada pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral com o apoio de grupos católicos. De 16 a 24 de maio ocorreu a Semana Laudato Si’ com o título “Tudo está conectado”, uma iniciativa global pelo quinto aniversário da encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum. O evento contou com a participação de comunidades católicas do mundo inteiro, envolvendo dioceses, paróquias, movimentos e associações, escolas e instituições para aprofundar o próprio empenho em salvaguardar a Criação e promover uma ecologia integral. A semana muito desejada pelo Papa foi organizada pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral com o apoio de vários parceiros católicos entre os quais o Global Catholic Climate Movement (Movimento Católico Global para o Clima) que engloba mais de 900 organizações católicas mundiais entre os quais o Movimento dos Focolares. No decorrer da semana, foram várias as iniciativas online seguindo as linhas indicadas pelo Laudato Sì. Devido à pandemia do corona vírus, o evento ocorreu totalmente online por meio de seminários interativos e de formação. No domingo, 24 de maio, o evento foi concluído com um dia mundial de oração às 12h (hora local de cada fuso-horário), e cada um pôde rezar pela Terra com esta oração. Em março, o Papa enviou um video no qual encorajava os fiéis a participar para proteger nossa casa comum. Juntos, por meio de ações e da fé, podemos resolver a crise ecológica. “Que tipo de mundo queremos deixar para aqueles que virão depois de nós, para as crianças que estão crescendo?”, diz o Papa. “Renovo meu apelo urgente a responder à crise ecológica. O grito da terra e o grito dos pobres não podem mais esperar. Cuidemos da criação, dom do nosso bom Deus-Criador.” Nesses cinco anos, a encíclica do Papa tocou a consciência de muitos cidadãos. Nasceram várias comunidades com o objetivo de fazer algo pelo meio ambiente, impulsionados pelas palavras do Papa sobre uma visão ecológica mais atenta para a Casa Comum. E depois de cinco anos, essas palavras ressoam muito atuais neste mundo que sofre com a pandemia do Covid-19. O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral também evidencia como os ensinamentos da Encíclica são particularmente relevantes no contexto atual do corona vírus que parou muitas partes do mundo. “A pandemia atingiu todos e nos ensina como somente com o empenho de todos podemos nos reerguer e derrotar também o vírus do egoísmo social com os anticorpos da justiça, caridade e solidariedade”, destaca dom Francesco Soddu, diretor da Caritas Italiana, “para ser construtores de um mundo mais justo e sustentável, de um desenvolvimento humano integral que não deixe ninguém para trás”. Nessa semana não se falou apenas de ecologia. Os organizadores se perguntaram: mas quanto pesa a economia em se tratando de salvaguardar a Criação? Quinta, 21 de maio, houve um encontro online com a economista inglesa Kate Raworth, da Universidade de Oxford e da Universidade de Cambridge, uma das economistas mais influentes a nível internacional. Esse encontro também faz parte do percurso de preparação e formação para “The Economy of Francesco”, o evento pensado pelo Papa que ocorrerá em novembro em Assis, para o qual já se inscreveram 3000 jovens empreendedores de todo o mundo. Tratando-se de salvaguardar a Criação, “a economia pesa pelo menos 50% se considerarmos a economia individual, a economia das empresas e dos Estados e os efeitos que tudo isso produz na degradação do planeta”, afirma o economista Luigino Bruni. “Além disso tem a política, nossos estilos de vida, etc… (…) Se olharmos também para os fracassos desses dez anos, o aquecimento global, por exemplo, percebemos que a economia capitalista realmente teve um grande peso. Portanto, se quisermos mudar, precisamos mudar a economia.” Viver o Laudato Sì, portanto, quer dizer testemunhar nossa sensibilidade para o tema de salvaguardar a Criação, mas também no âmbito econômico com as nossas escolhas de vida. Podemos contribuir em realizar uma profunda conversão econômica e ecológica por meio de experiências concretas. Além disso, devemos entender qual mudança política promover para escutar realmente o grito da terra e dos pobres.
Lorenzo Russo