Jan 25, 2023 | Sem categoria
Um passo adiante para nos conhecermos e caminharmos juntos. Na conclusão da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, de Bari (Itália), uma experiência de sinodalidade, diálogo e proximidade com os irmãos de várias Igrejas. Há alguns anos, meu marido Giulio e eu acompanhamos o diálogo ecumênico na diocese junto com outros movimentos e em nome do Movimento dos Focolares. Há algum tempo, recebemos uma carta do Cardeal Kock, Prefeito do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e do Cardeal Grech, Secretário Geral do Sínodo dos Bispos, sobre a necessidade de envolver irmãos e irmãs de outras Igrejas nas Mesas Sinodais, momentos em pequenos grupos, organizados para elaborar reflexões e propostas adequadas ao caminho da nossa Igreja diocesana precisamente por ocasião do Sínodo lançado em outubro de 2021. Aproveitando a oportunidade, dirigi-me a Dom Alfredo, nosso Bispo delegado para o diálogo ecumênico e inter-religioso, convidando-o a considerar esta hipótese. Passado algum tempo, ele contactou-me para me convidar a participar num curso para facilitadores das Mesas Sinodais na Diocese o que foi muito interessante. O passo seguinte foi começar imaginando o nosso encontro com os nossos irmãos cristãos e, aos poucos, colocá-lo em prática: procuramos uma sala adequada, envolvemos amigos de outros movimentos na preparação, cada um deles conhecendo pessoas de outras Igrejas, que estão se tornam, por sua vez, outros facilitadores. Marcamos a data e pela manhã fomos juntos com a minha família preparar a sala para a tornar acolhedora: pusemos 6 mesas com toalhas coloridas, cartazes, marcadores coloridos, mas também chocolates, bebidas, copos, etc. Não sabíamos quantas pessoas viriam então quisemos exagerar e colocar 6 cadeiras por mesa. No início da tarde chegaram os nossos convidados e no final éramos 38 pessoas de 9 Igrejas diferentes e tivemos que acrescentar 2 cadeiras. Foi uma experiência muito bonita, na qual entramos como estranhos e saímos como irmãos, com o desejo de nos conhecermos cada vez mais para depois rezarmos juntos e vivermos a caridade fraterna. Havia um grande o entusiasmo pela descoberta de poder estarmos juntos com a alegria de ser um só Povo de Deus.
Rita e Giulio Seller
Jan 24, 2023 | Sem categoria
Construir a unidade para além dos preconceitos seculares, difidências, rachaduras, gerando, dia após dia, um diálogo que se tornou estilo de vida. Esta é a vida quotidiana da comunidade do Movimento dos Focolares na Grã-Bretanha, cujos membros pertencem a várias Igrejas Cristãs. https://www.youtube.com/watch?v=KSLowVIImrM&list=PL9YsVtizqrYufFaAuD5lSHqAOZYXBq3vT&index=2
Jan 21, 2023 | Sem categoria
No dia 19 de janeiro de 2023, em Roma (Itália), no ” Focolare meeting point”, foi apresentado o primeiro “Balanço de Comunhão” do Movimento dos Focolares, uma visão geral das atividades e iniciativas promovidas pelo Movimento em todo o mundo nos dois períodos do ano 2020 – 2021. Com a participação de personalidades do mundo diplomático, político e religioso, além de jornalistas de diversos meios de comunicação italianos, foi apresentado o primeiro “Balanço de Comunhão” do Movimento dos Focolares para os anos 2020-2021.

Margaret Karram
Um documento que é a narração de um percurso de vida feito de partilha espontânea, não só de bens, mas de experiências e necessidades inspiradas pelo amor evangélico e que, mostrando os frutos dessa partilha, estimula um diálogo renovado para uma maior comunhão, colocando ao lado dos recursos materiais também os bens imateriais, doados, investidos, arrecadados neste tempo. O evento, moderado pela jornalista Claudia di Lorenzi, foi aberto com a saudação da presidente do Movimento dos Focolares, Margaret Karram. Ela desejou “que estas páginas marquem o início de uma partilha cada vez maior. Que sejamos sementes credíveis de esperança que ajudem a renovar o mundo com amor”. Em seu discurso, Geneviève Sanze, economista e co-responsável pela área de Economia e Trabalho do Centro Internacional do Movimento dos Focolares, explicou que “este balanço é uma ferramenta de diálogo, uma tentativa de oferecer um recorte daquilo que se busca trazer para a sociedade, avançando no caminho da fraternidade”. Ir. Marilena Argentieri, Presidente do CNEC (Centro Nacional de Economia Comunitária) afirmou que “o que o balanço de comunhão transmite é que nada nos pertence (…) porque tudo o que tenho está em comunhão com o outro”. E acrescentou uma impressão pessoal: “Penso que o ‘Balanço de Comunhão’ me faz crescer em liberdade e desapego, porque no centro está o amor de Deus e o amor aos pobres”. 
Da esquerda: Dra. Geneviève Sanze, Prof. Luigino Bruni, Prof. Andrea Riccardi, Sr. Marilena Argentieri.
“Este documento – disse Andrea Riccardi, historiador e fundador da Comunidade de Sant’Egidio – quer evidenciar os efeitos desta
comunhão, do que temos e do que somos, numa partilha voluntária e gratuita. E até certo ponto quanto mais se faz comunhão e menos se controlam os efeitos, mas talvez mais se viva o Evangelho”. “O movimento dos focolares – acrescentou Riccardi – se irradiou silenciosamente em muitos países do mundo, é como uma rede na sociedade e na Igreja que impede que a terra desmorone. Estamos numa época de convulsão humana, ecológica e religiosa e por isso essa rede de amizade no mundo, e aqui insisto no valor da unidade, mas uma unidade que então está enraizada em muitas partes do mundo tem um valor muito maior”. Por sua vez, Luigino Bruni, economista e professor de economia da Lumsa de Roma, afirmou que “o Balanço da Comunhão nos recorda a importância dos capitais relacionais, capitais espirituais, capitais invisíveis que tornam bela e rica a nossa comunidade” e “os carismas são capazes de ativar energias mais profundas do que o dinheiro, ou seja, as pessoas se movem em direção ao infinito”. O “Balanço de comunhão”, um dossiê de 112 páginas, apresenta a vida do Movimento dos Focolares, com as várias iniciativas de formação e o estudo, comunicação, ecologia, onde fica claro que – como disse Geneviève Sanze – “não é o dinheiro que muda o mundo. Mas são ‘novos’ homens e mulheres que trazem uma nova cultura de fraternidade. E é isso que queremos destacar.”
Carlos Mana
Veja aqui o vídeo de apresentação https://youtu.be/HcJ5poGmq8A
Jan 20, 2023 | Sem categoria
O Caminho sinodal entrou na etapa continental. O Movimento dos Focolares deu a sua contribuição por meio de uma reflexão e de um trabalho desenvolvido a nível mundial. Para saber mais sobre o conteúdo da síntese apresentada, entrevistamos Francisco Canzani, Conselheiro do Centro Internacional do Movimento dos Focolares para o aspecto “sabedoria e estudo” e coordenador da Comissão para o Sínodo. Qual é a avaliação do trabalho desenvolvido no Movimento dos Focolares para o Sínodo? É uma avaliação muito positiva. Mais de 15000 membros do Movimento participara da primeira etapa do percurso sinodal, distribuídos em 520 comunidades do mundo inteiro. Chegaram 21 sínteses regionais que demonstram a profundidade da reflexão e o interesse demonstrado pelo Movimento dos Focolares em todas as culturas. A esse trabalho interno do Movimento – em resposta aos materiais propostos pela Secretaria do Sínodo, que nos havia pedido uma contribuição específica – somou-se a participação de muitos pertencentes ao Movimento em suas dioceses e paróquias. Foi particularmente relevante o envolvimento no percurso de reflexão de pessoas de diversas Igrejas cristãs e de fiéis de diversas religiões. Chegaram também duas contribuições importantes de grupos de diálogo entre cristãos e pessoas sem convicções religiosas que ocorrem no âmbito do Movimento. De que maneira esse aprofundamento pode nos ajudar a adquirir práticas de sinodalidade dentro do Movimento? Pode-se participar do percurso sinodal justamente “caminhando juntos”. A experiência de refletir e colocar em comunhão as nossas experiências, preocupações e perguntas já é por si muito válida. Surgiram temas importantíssimos: corresponsabilidade, missão, jovens, opções para os pobres, vida comunitária, papel das mulheres na Igreja que, em grande parte, estiveram presentes também na Assembleia Geral do Movimento, que ocorreu entre janeiro e fevereiro de 2021, mas que ainda precisam de atuação, encarnação. O processo sinodal foi uma etapa seguinte de um caminho de atualização da nossa vida nos tempos que Deus nos dá para viver. Concluída essa contribuição como Movimento, como podemos participar da etapa atual, isto é, da etapa continental? É fundamental que todos “entremos” em profundidade na Sintese que nos foi proposta pela Secretaria do Sínodo para a etapa continental, que a leiamos, meditemos, que possamos responder as suas perguntas ainda em comunidade. Percebemos, entre outras coisas, a grande sintonia que há com o documento síntese que enviamos como Movimento dos Focolares à Secretaria do Sínodo. Para participar da etapa atual, podemos continuar participando de todos os eventos que a nossa igreja local nos propõe. Há algum subsídio que possa ajudar os membros do Movimento a aprofunda o tema da sinodalidade? Acho que é importante que todos consultem o documento síntese que enviamos como Movimento dos Focolares à Secretaria do Sínodo. Fizemos inclusive um vídeo de apresentação que ajuda a entendê-lo melhor. Depois, como eu já disse, é fundamental ler o documento da etapa continental e continuar refletindo sobre as temáticas apresentadas ali. Além disso, seria realmente útil que as comunidades do Movimento pudessem responder as perguntas postas no documento, as mesmas que toda a Igreja se coloca. Também é importantíssimo nos formar para a sinodalidade. Para isso, o Instituto Universitário Sophia, por meio do seu centro de pesquisa Evangelii Gaudium, inicia um curso on-line articulado sobre a temática. Acho que todos podemos – e talvez devemos – fazê-lo.
Carlos Mana
Contribuição do Movimento dos Focolares com a Secretaria do Sínodo – Descarregar PDF https://youtu.be/qV9ij6pJF80
Jan 18, 2023 | Sem categoria
Lançada a primeira edição do prêmio anual promovido pela Fundação Chiara Badano Você gosta de ajudar concretamente os outros? Você tem a ideia de um projeto de solidariedade e não vê a hora de fazê-lo acontecer? Pois bem, existe algo que pode lhe interessar. No dia 29 de outubro de 2022, durante o aniversário de nascimento da Bem-aventurada Chiara Luce Badano, a Fundação que mantém viva a sua memória instituiu a primeira edição do Prêmio Solidariedade. É um evento anual para promover projetos de solidariedade em qualquer lugar do mundo. Desde pequena, Chiara Luce demonstrou a sua paixão pelos mais necessitados, os mais frágeis, os marginalizados da sociedade, especialmente idosos e crianças. Por esse motivo, a Fundação Chiara Badano decidiu instituir esse prêmio. O objetivo é sustentar e incentivar projetos para a promoção de ações positivas voltada às faixas mais debilitadas da população (idosos, portadores de deficiência, imigrantes…) e a atuação no combate à exploração e à violência contra mulheres e crianças, novas pobrezas e para a proteção do planeta. O prêmio irá identificar, cada ano, um projeto inovador sobre temas específicos de destaque social, com o objetivo de difundir seus conteúdos e torná-lo patrimônio comum. A finalidade será apoiar o projeto por meio de uma contribuição financeira de 2 mil euros, incentivá-lo através de uma comunicação eficaz nas redes sociais e abri-lo a novas formas de apoio. Podem aderir ao prêmio, organizações e grupos, inclusive informais, compostos na sua maioria por jovens abaixo de 30 anos, com um projeto que promova e apoie a cultura e a prática da solidariedade. A data final para a apresentação dos projetos (20 de janeiro de 2023) foi prorrogada até 20 de fevereiro de 2023. Para maiores informações leia o edital. A Fundação Chiara Badano promove ainda o Prêmio Art, uma ocasião para que os jovens possam exprimir – através de talentos artísticos – de que modo o estilo de vida de Chiara Luce os fascinou e inspirou. Em março de 2023 sairá o edital para a sexta edição. www.chiarabadano.org
Lorenzo Russo
Jan 17, 2023 | Sem categoria
Aprender a fazer o bem significa tomar posse de um alfabeto que nos permite compreender a vontade de Deus na nossa vida e ir ao encontro do outro. É um alfabeto feito de gestos, e a justiça nada mais é do que o tesouro precioso a buscar, a joia desejada e a meta deste nosso modo de agir. O acidente Estava voltando para almoçar em casa quando o carro à minha frente começou a desgovernar e depois capotou. Parei e saí do carro para prestar ajuda. Graças à chegada de outras pessoas que socorreram, os acidentados foram retirados do veículo, ensanguentados; era uma senhora idosa, um homem jovem e um menino. Por medo de ser envolvido no acidente, porém, ninguém se ofereceu para levá-los ao hospital. Devia ser eu! Eu sou muito emotivo e às vezes só ver o sangue me faz desmaiar. Mas, desta vez era preciso ter coragem e agir. Para aceitar os feridos, o Pronto Socorro pedia uma soma que naquele momento eu não tinha. Mas eu podia fazer um cheque… era um risco, mas não era possível abandoná-los. Então assinei o cheque e, depois de ter tido certeza que os feridos estavam bem assistidos (como o bom samaritano), fui embora. Eu me sentia leve, como depois de fazer uma prova: tinha superado o obstáculo da minha emotividade e, principalmente, tinha ajudado a irmãos em um momento crucial. Experimentei a verdadeira alegria do Evangelho. (Marciano – Argentina) Renascimento A adolescência rebelde de um de nossos filhos, a sua depressão, os ataques de pânico, as amizades destrutivas e as dependências, tinham aberto uma grande ferida na nossa família. Dentro de mim crescia um rio de raiva, de sentimentos hostis que, transbordando, faziam-me agir negativamente com meu marido e os outros filhos. Como mãe consciente de ter falhado, eu me fechei cada vez mais em mim mesma. Uma boa amiga, vendo-me naquele estado, aconselhou-me conversar com um sacerdote. A graça chegou precisamente naquela conversa. Como se Deus rompesse as grossas paredes do coração onde as minhas lágrimas estavam trancadas, chorei muito, desabafei todas as coisas terríveis acontecidas a nosso filho naqueles anos. Naquele dia, a liturgia trazia uma frase de Ezequiel que confirmou o meu renascimento: “Eu vos darei um coração novo e colocarei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra e vos darei um coração de carne” (Ez 36,26). Na oração reencontrei a paz para poder ser um ponto seguro, ao lado dos meus filhos. (W. Z. – Polônia) Perdão Uma pessoa, minha conhecida, recebeu do irmão a notícia da morte improvisa da esposa dele, e o pedido para que fosse encontrá-lo. Ela nunca tinha tido bons relacionamentos com a cunhada, especialmente desde quando havia impedido ao marido que fosse visitar a própria mãe, antes que morresse. Algumas suas amigas lhe diziam que fazia bem em não ir ver um irmão que não tinha se comportado bem com toda a família. A senhora, muito religiosa, de sua própria maneira, começou a rezar pela cunhada e mandar celebrar missas de sufrágio… mas não se mexeu: não conseguia perdoar o irmão. Como convencê-la que havia uma contradição em seu cristianismo? Justamente naquele mês a Palavra de Vida estava centralizada no amor mútuo. Como uma tentativa, levei a ela o folheto com o comentário, que explicava como viver aquele mandamento evangélico. Depois de alguns dias ela chegou na minha casa, toda sorridente. Veio me contar que depois de ter lido aquele folheto não pode mais resistir: foi até seu irmão e se reconciliou com ele. (D. P. – Brasil)
A cura di Maria Grazia Berretta
(retirado de “Il Vangelo del Giorno’, Città Nuova, anno IX – n.1- janeiro-fevereiro 2023)