Abr 27, 2022 | Sem categoria
O tema do “cuidado” está mais uma vez no centro da próxima Semana Mundo Unido: de 1 a 8 de maio de 2022. Uma ocasião imperdível para todas as regiões.
Aqui estamos! Faltam alguns dias para a Semana Mundo Unido 2022, que também este ano verá, no mundo inteiro, o empenho de milhares de pessoas de todas as idades, classes sociais, raças e crenças. Frequentemente, ao pensar nesse compromisso marcado, o que vem à mente são os jovens, os grandes encontros, os “eventos”. Mas a Semana Mundo Unido é muito, muito mais, porque não é somente sobre os jovens. Durante o ano todo, há uma riqueza de vida, que vê as diversas gerações do Movimento dos Focolares em ação, trabalhando juntos pela fraternidade universal.
Os Jovens por um Mundo Unido, há quase 27 anos, propuseram dedicar uma semana do ano para engajar de modo mais ativo a opinião pública no caminho rumo a um mundo unido. Eu me lembro dos comentários, naqueles dias de maio de 1995, durante o Genfest, procurando entender o que era aquela proposta, o que deveríamos fazer dali a um ano. A resposta chegou nas semanas seguintes e, como sempre, chegou de maneira prática, vivendo. O convite era, e ainda é atualmente, bem preciso, e 25 anos de história, da primeira SMU de 1996 até a última de 2021, confirmam: a primeira coisa a fazer é aprofundar e dar continuidade a todas as atividades que as comunidades do Movimento dos Focolares levam para frente com coragem e, em certos casos, silenciosamente, para dar sustento ao caminho rumo à unidade nos contextos mais diversos: nos bairros, nas escolas, no trabalho, em situações de fragilidade e de abandono, fazendo uma proposta às cidades, às instituições, aos meios de comunicação, para promover a unidade e a paz em todos os níveis, e junto com todas as pessoas com os mesmos princípios e objetivos.
Os jovens, não estão sozinhos, mas com todas as outras pessoas, inclusive as mais velhas, com as famílias, profissionais, adultos, políticos… unidos pelos valores da fraternidade universal. Juntos e inclusivos, com ações de amplo alcance que mudam o tecido social e o melhoram, podemos incidir mais sobre a opinião pública mundial. David Sassoli (1956-2022), ex-presidente do Parlamento Europeu, recentemente falecido, disse aos Jovens por um Mundo Unido na Semana Mundo Unido 2021: “Acredito que isto seja um trabalho de pedagogia civil que tem a ver conosco de algum modo, nos envolve como políticos, como instituições, mas também, naturalmente, todo o mundo tão importante das associações europeias. Acho que em particular vocês se encontram em uma posição privilegiada, porque já definiram não só que é importante cuidar dos outros, mas também cuidar para melhorar as condições de vida dos outros.” Este é o “cuidado” de que o mundo precisa e que também neste ano tão particular não faltou em todos os continentes.
“Cuidar dos outros é um ato de coragem”, disse Jomery Nery, um jovem advogado fiscal brasileiro, que também é o diretor das operações da Anpecom (Associação Nacional por uma Economia de Comunhão). Da Anpecom nasceu uma iniciativa chamada Supera (Programa de Superação da Vulnerabilidade Econômica). Jomery o descreve assim: “Durante todo o ano recebemos mensagens, e-mails, comunicações de pessoas que precisam de ajuda para comer, para construir sua casa porque vivem em alojamentos de papelão, para o aluguel, para estudar ou para começar uma atividade. Supera é uma campanha para recolher dinheiro que depois é utilizado para ajudar pessoas em dificuldades”. Um “cuidado” endereçado às situações de fragilidade. Também em Belfast, a capital da Irlanda do Norte, não se brinca: há cerca de quatro anos, a cidade acolhe uma iniciativa que poderíamos definir tanto como ecológica quanto social e que se desenvolve no mesmo modo também em outras partes do mundo: estamos falando do Repair Café, ou seja, “bar dos reparos”: em que voluntários se colocam à disposição de pessoas que levam os próprios objetos quebrados para serem consertados e, nesse tempo, passam uma bela manhã juntos. O Repair Café é uma verdadeira experiência, seja para os voluntários, que consertam, mas também para as pessoas que decidem investir o próprio tempo em levar um objeto para ser reparado em vez de jogar fora. As motivações por trás dessa escolha são as mais diversas: da preocupação com as mudanças climáticas ao desejo de ver um objeto do qual se gosta tanto voltar a funcionar. E com essa desculpa, se estreitam relações, conexões, se atrai a força para enfrentar os desafios cotidianos. Em Lecce, na Itália, uma comunidade constituída por famílias, adolescentes, profissionais, artistas, juntamente com associações e a paróquia, trabalha para revitalizar um bairro marginalizado, difícil, cinza de tantos pontos de vista. “A primeira ideia foi tornar o muro do oratório mais alegre e colorido”, conta Dom Gerardo, “daí nasceu a ideia do primeiro grafite, que foi apreciado também pelas outras pessoas”. Pouco a pouco, graças ao boca a boca, e aos jovens grafiteiros presentes na região, chegaram artistas de muitas partes do mundo para dar beleza aos prédios do bairro Stadio, e também vieram fotógrafos, turistas, administradores locais, atraídos por verdadeiras obras de arte que esses grafites representam. Tudo é fruto de uma fraternidade que se criou entre os artistas e os habitantes do bairro, que ativou uma mudança virtuosa da qual todos se sentem parte: um projeto real de ajuda para os mais fracos, que contemplou ações pelo trabalho, a revitalização do ambiente e social. São histórias como essas que dão alma à Semana Mundo Unido: são essas comunidades de pessoas ativas que entram no jogo e que de 1 a 7 de maio de 2022 encontrarão uma vitrine em tantos encontros espalhados pelo mundo, virtuais e presenciais, que não farão outra coisa senão reunir e mostrar a vida que há em todas as regiões: #DaretoCare (ousar cuidar) será o título: o “cuidado” que poderá fazer com que se repita ainda hoje o que Chiara Lubich disse da Semana Mundo Unido 2002: “É sempre algo um tanto especial. É uma das iniciativas mais em conformidade com o carisma”.
Paolo Balduzzi
Abr 27, 2022 | Sem categoria
Together for a new Africa (T4NA) é um percurso de formação idealizado e realizado por jovens de vários países africanos para chegar a uma governança responsável e participativa. É uma iniciativa que permite enfrentar os desafios-chave do continente deles promovendo e desenvolvendo uma cultura de unidade. Adelard Kananira nos introduz a essa realidade de formação, tutelagem e networking e nos mostra os frutos colhidos até hoje. Ser parte ativa na sociedade e fazer escolhas que contribuem ao bem comum de todos, justamente ali, onde cada um vive. É esse o sonho que anima o Together for a New Africa, que, envolvendo muitos jovens, se propõe a repensar uma nova liderança africana capaz de fazer frente a numerosos desafios de cada país. Quem fala conosco é Adelard Kananira, jovem do Burundi, que está na Itália há cinco anos, entre os organizadores das várias escolas de verão de T4NA. Após se formar no Instituto universitário Sophia, trabalha para a secretaria do Movimento Político pela Unidade. Adelard, onde nasceu o T4NA? Together for a new Africa. Juntos por uma Nova África – é um projeto iniciado por estudantes africanos do Instituto Universitário Sophia, que pensaram em poder devolver ao próprio continente a experiência que estavam vivendo à luz da cultura da unidade. Eles se reuniram, refletiram, compartilharam ideias e deram origem a este projeto. A primeira escola de verão foi em 2018 em Nairobi (Quênia) em uma das mariápolis permanentes do Movimento dos Focolares, a Mariápolis Piero, sede também dos encontros sucessivos. Qual é o núcleo desse projeto? O núcleo do projeto é capacitar os jovens africanos, para enfrentar os desafios da vida cotidiana em suas comunidades, em seus países, em todo o continente. Inicialmente, não havia muitos meios e, sendo a África realmente grande e com mil faces, começamos envolvendo os países da região oriental, com o sonho de chegar a todos. Lembro que durante as primeiras escolas de verão, alguns participantes não queriam nem mesmo conversar entre si. Havia dificuldades que levavam a dizer: “Não nos conhecemos, como podemos caminhar?”. Mas surpreendentemente, depois de ter passado um tempo juntos, notamos como, pouco a pouco, todas as barreiras entre culturas e tribos estavam caindo. Assistimos a esse crescimento pessoal, como grupo e como um único grande continente. Quais frutos foram colhidos nesses anos? Depois de três anos de escolas de verão e cursos de formação, os frutos são muitos e realmente podemos dar testemunho. Vimos alguns participantes entrarem na política, se tornarem ativistas e líderes, fazer um monte de coisas pelas suas comunidades. Foram bastante reconhecidos, uniram forças com outras associações em seus países, respondendo a várias emergências. Isso nos dá não só esperança, mas demonstra que o projeto está crescendo. E estamos orgulhosos. Quais são os próximos passos? Nós completamos agora o primeiro ciclo de 3 anos do curso, foi incrível E vamos começar o segundo ciclo, no final deste ano. Passaremos de 7 a 14 países. É um desafio. Nós reconhecemos…, mas o nosso sonho era e é a África inteira e este passo adiante nos mostra que somos capazes, porque os próprios jovens assumiram o projeto e juntos podemos avançar.
Maria Grazia Berretta
https://www.youtube.com/watch?v=wYIkKuVpk9I
Abr 25, 2022 | Sem categoria
“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura” é a palavra que estamos tentando colocar em prática durante este mês de abril de 2022. Ser testemunhas do Evangelho é também o encorajamento que surge das palavras de Chiara Lubich. Como podemos testemunhar Jesus? Vivendo a vida nova que ele trouxe à terra – o amor – e mostrando os frutos dessa vida. Devo seguir o Espírito Santo: quando encontro um irmão ou uma irmã, é Jesus que me torna capaz de “fazer-me um” com ele ou com ela, de servi-lo de modo impecável; que me dá a força de amá-lo se ele for, de algum modo, inimigo; que me enriquece o coração de misericórdia para saber perdoar e ser capaz de compreender as necessidades dele; que me faz comunicar com desvelo, no momento oportuno, as coisas mais belas que me passam na alma… É o amor de Jesus que se revela e se comunica através do meu amor. Este, de certa forma, é como uma lente que recolhe os raios de sol: aproximando dela uma palha, ela se acende porque, com a concentração dos raios, aumenta a temperatura. Enquanto a palha colocada diretamente ao sol não pega fogo. O mesmo acontece, às vezes, com as pessoas. Diante da religião parecem continuar indiferentes; mas certas vezes – porque Deus estabeleceu assim – elas se iluminam diante de alguém que participa do amor de Deus, pois este outro funciona como a lente que concentra os raios, inflama e ilumina. Com este amor de Deus no coração, e por meio dele, pode-se chegar bem longe, comunicando a própria descoberta a muitas e muitas outras pessoas.
Chiara Lubich
(Chiara Lubich, in Parole di Vita, Città Nuova, 2017, pag. 691/2)
Abr 22, 2022 | Sem categoria
Um sepulcro vazio, uma luz que ilumina o mundo e em cujo rastro é possível construir pontes de verdadeira unidade. Heike Vesper, Enno Dijkema e Mervat Kelli, focolarinos de diferentes Igrejas cristãs, nos falam sobre a Páscoa. “A Páscoa é o centro da fé cristã, é o mistério da Salvação. Sem a Páscoa não existe o cristianismo. Jesus se encarnou para salvar-nos. Todos os cristãos acreditam no mesmo Jesus Cristo que morreu e ressuscitou”. Com estas palavras, Mervat Kelli, focolarina ortodoxa da Síria, nos mostra o terreno fecundo onde nada termina, mas tudo tem início; o espaço tangível no qual é possível reencontrar-se, compartilhar e deixar-se envolver pela luz da Ressurreição. Este é o significado ecumênico da Páscoa, a herança que Cristo nos deixa, “um tempo para adorá-lo – diz Enno Dijkema, focolarino católico da Holanda. Jesus – continua – nos ama até abandonar-se ao Pai, até à morte. Dá tudo! Posso tranquilamente confiar a Ele todas as minhas misérias, os meus limites e os sofrimentos de cada pessoa. Não existe uma medida de escuridão que não seja superada pela luz do seu amor”. Para Heike Vesper, focolarina alemã da Igreja Luterana, Jesus Abandonado “sanou o nosso relacionamento com o Pai. No seu grito, no seu ‘por que?’ – ela afirma – encontro todos os meus ‘porquês’, as minhas angústias. Para cada ressurreição é preciso a espera, o tempo, a permanência de Maria embaixo da cruz sem saber o que fazer, o silêncio e a escuridão do Sábado Santo antes que chegue a aurora do domingo, com o fogo, a liturgia da luz e a renovação do batismo”. Um tempo de grande comunhão com os irmãos que nasce justamente do perdão, como diz Mervat: “Na Igreja Siro-Ortodoxa, à qual pertenço, a Páscoa é chamada ‘a grande festa’. A preparação começa já no início da quaresma com a consagração do óleo da reconciliação. Cada fiel, na conclusão da liturgia, molha um pedaço de algodão no óleo e se dirige aos outros, para pedir perdão a um por um, dar o seu perdão e receber o dos outros. Desenha uma pequena cruz sobre a fronte, dizendo: ‘eu te perdoo com todo o coração, que este óleo seja o sinal do meu perdão. Peço-te que me perdoes”. As várias tradições, as diferentes formas de liturgia, representam uma riqueza, e poder vive-las juntos, como muitas vezes acontece no Movimento dos Focolares, diz Heike, evidencia “a grandeza de Deus Amor. Há muito tempo – ela continua – moro em uma comunidade juntos a católicos, e são justamente essas liturgias que procuramos viver juntas, se os horários das celebrações o permitem. Assim, quase todos os anos, na Sexta-feira Santa, vamos juntas primeiro à Igreja Luterana e depois à Igreja Católica. E o mesmo acontece na Páscoa”. “Esta é a primeira Páscoa que passo na Itália – diz Enno – mas, na Holanda, pude participar algumas vezes da função de Sexta-feira Santa com um dos focolarinos que morava comigo e que é protestante. Foi muito bonito!”. Também Mervat, que se prepara para viver a Páscoa Ortodoxa – que segundo o calendário juliano este ano será dia 24 de abril – e que há alguns anos mora na Itália, tem a alegria de participar com as focolarinas de todas as funções da Igreja Católica, o que sente como uma maravilhosa possibilidade: “Ainda temos datas diferentes, mas temos a mesma fé, a mesma esperança, o mesmo Amor de Deus Pai, do Filho e do Espírito Santo. Todos temos o mesmo mandamento: ‘amai-vos uns aos outros como eu vos amei’. É esta a chave que nos abre a porta para a unidade”.
Maria Grazia Berretta
Abr 21, 2022 | Sem categoria
O Evangelho fala do amor de Deus. Semear, levar esse anúncio e escolher vivê-lo é expressão de uma liberdade bela e frutífera que nos é concedida. Reunião de condomínio Quando chegou o aviso da reunião de condomínio, meu primeiro pensamento foi: vou encontrar outro compromisso para usar como desculpa. Meu filho mais novo, me ouvindo reclamar que essas reuniões não serviam para nada, respondeu: “Mas, papai, é uma oportunidade para fazer com que todos do condomínio sejam uma família!”. Eu não havia pensado nisso. Mas como conseguir transformar aquele encontro em algo belo e com novidades? Com a contribuição de todos de casa, inventamos um jogo com prêmios, tipo de adivinhação, com os nomes dos inquilinos, a quantidade de filhos, o tipo de trabalho… Depois, um programa para combinar visitas e jantares, e uma lista de aniversários e outras datas. Quanto mais nasciam ideias, mais eu esperava pela reunião. E foi uma verdadeira festa. Minha esposa preparou doces; meus filhos, os cartões para combinar as visitas; nossa filha, muito boa em desenhos, fez os certificados de prêmio para os vencedores. Enfim, nunca a reunião de condomínio pareceu tão curta como naquela noite. E começou a circular outro ar no prédio. R.M. – Itália Bonequinhas Depois da morte do papai, pensando na mamãe que não podia mais morar sozinha, circulava entre nós, filhos, a pergunta: “Seremos obrigados a colocá-la em uma casa de repouso?”. De fato, a minha família mora em um apartamento muito pequeno para hospedá-la. Então, eu e minha esposa decidimos confiar na providência de Deus e, nesse clima, alugamos para a mamãe um apartamento ao lado do nosso que havia ficado vago nesse tempo. Parecia um risco, mas a chegada da vovó enriqueceu a vida dos nossos filhos e a nossa. Muito boa em fazer bonequinhas de pano, começou a dar de presente a quem tinha filhos. Depois, uma pessoa da paróquia que gostou das bonecas montou um mercadinho no qual elas eram vendidas com outros objetos de costura. Hoje, a casa da mamãe se tornou um pequeno centro artesanal e uma escola para quem tem tempo livre. Ficamos felizes por vê-la alegre e quase rejuvenescida por se sentir útil. J.H. – França A carteira Fui encontrar minha mãe na cidadezinha em que ela mora. Não sei porque, mas antes de passar na casa dela, senti o impulso de tomar um cappuccino em um café. Ali, vi uma carteira no chão na frente do caixa e perguntei à pessoa que trabalhava lá de quem era. Ela falou com os clientes presentes, mas a carteira não era de nenhum deles. Ao olhar os documentos, vi o nome do dono e era um conhecido da minha mãe, portanto, poderia devolver através dela. A pessoa do caixa conhecia a minha mãe, por isso deixou a carteira comigo. Não muito longe do bar, vi o proprietário. Eu o cumprimentei, trocamos algumas palavras e depois perguntei se estava com a sua carteira. Quando percebeu que não, a mostrei. Ele não sabia como me agradecer. Mais tarde, pensando naquele impulso de passar no café, percebi que talvez, inconscientemente, nos tornamos instrumentos para fazer o bem. J.M. – Eslováquia
por Maria Grazia Berretta
(trecho de Il Vangelo del Giorno, Città Nuova, ano VIII, n.2, março-abril 2022)
Abr 20, 2022 | Sem categoria
O Lar “Chiara Lubich” para Idosos na Amazônia peruana está comemorando seu primeiro ano. O centro cuida de cerca de cinquenta pessoas idosas abandonadas. “É a nossa contribuição para a paz”, dizem os dirigentes.
Em 8 de março de 2021, no auge da emergência sanitária causada pelo Covid-19, as portas do “Centro Chiara Lubich para Idosos”, na selva amazônica peruana, foram abertas, um grande sonho que, após muitos anos, finalmente se tornou realidade. “Desde o início, tudo veio como um presente com simplicidade”, diz Jenny López Arévalo, Presidente do Centro, “desde a casa, aos pratos, aos ingredientes para preparar o almoço para quase 50 idosos, às cadeiras, mesas, colchões, lençóis… Para nossa surpresa, tudo chegou e tomou seu lugar”. O Centro está localizado em Lámud, uma cidade amazônica no noroeste do Peru, a 2.330 metros acima do nível do mar. A poucos quilômetros de distância está a cidadela de Kuelap, um importante sítio arqueológico pré-Inca da cultura Chachapoyas. “O trabalho em equipe foi muito importante. Os voluntários deram o seu melhor.”, diz Jenny, “Houve dificuldades, mas conseguimos superá-las, concentrando-nos em viver bem no momento presente. Os meses voaram e nos encontramos celebrando nosso primeiro aniversário. Que emocionante! Decidimos organizar um evento de dois dias com um programa aberto ao público, envolvendo instituições locais, a imprensa e as redes sociais. Uma maneira simples de agradecer a Deus e a todos.”
“No primeiro dia, planejamos uma caminhada no verde, fora da cidade, seguida de jogos e danças. Compartilhamos um café delicioso com tamales (comida de milho) e sanduíches. Ficamos surpresos e animados ao ver quantas pessoas se juntaram a nós, além dos voluntários – adultos e crianças – para ajudar a cuidar dos avós. Foi bom ver nosso logotipo balançando com o rosto de Chiara Lubich. No dia seguinte, começamos com a Eucaristia e continuamos com uma festa na cidade cheia de cores, música e danças típicas, precedida pelo hastear da bandeira nacional pelos mais velhos, em honra ao nosso país. E ainda o brinde de honra com as autoridades locais presentes e, novamente, as danças típicas”! “Muitos amigos de diferentes partes do mundo uniram-se a nós em oração”, acrescenta Javier Varela, administrador do Centro, “e grande parte da comida que oferecemos foi doada. Os idosos, que estavam muito contentes, desfrutaram deste dia e nós, embora um pouco cansados, compartilhamos a mesma alegria. Sentimo-nos encorajados e fortalecidos a continuar trabalhando para dar nossa contribuição à paz, cuidando dos idosos abandonados, que já fazem parte de nossas vidas”. Um ano depois, o “Centro Chiara Lubich para Idosos”, mais do que um “Centro” é uma verdadeira “família” que realiza seu delicado e importante trabalho em benefício dos mais desfavorecidos. Uma maneira simples de semear pequenas ações de paz ali mesmo, nos lugares onde vivemos, todos os dias.
Gustavo E. Clariá