Movimento dos Focolares
Ucrânia: ajuda em apoio à população

Ucrânia: ajuda em apoio à população

As contribuições, feitas por intermédio das ONLUS Ação por um Mundo Unido (AMU) e Ação por Famílias Novas (AFN), servirão para enviar à população ucraniana auxílios de primeira necessidade, colaborando também com as Igrejas locais.

A Coordenação de Emergências do Movimento dos Focolares deu início a uma arrecadação extraordinária em apoio à população ucraniana, por meio das ONLUS Ação por um Mundo Unido (AMU) e Ação por Famílias Novas (AFN).

“Kiev” obra do pintor Michel Pochet

As contribuições serão administradas em conjunto por AMU e AFN, para enviar à população ucraniana auxílios de primeira necessidade para a alimentação, cuidados médicos, para a casa, o aquecimento e a acolhida em várias cidades do país, inclusive em colaboração com as Igrejas locais. As doações podem ser feitas online, nos sites: AMU: www.amu-it.eu/dona-online-3/ AFN: www.afnonlus.org/dona/

Ou por meio de transferência bancária nas seguintes contas-correntes:

Azione per un Mondo Unito ONLUS (AMU) IBAN: IT 58 S 05018 03200 000011204344 junto à Banca Popolare Etica Código SWIFT/BIC: ETICIT22XXX

Azione per Famiglie Nuove ONLUS (AFN) IBAN: IT 92 J 05018 03200 000016978561 junto à Banca Popolare Etica Código  SWIFT/BIC: ETICIT22XXX

Finalidade: Emergência Ucrânia

Para essas doações são previstos benefícios fiscais em muitos países da União Europeia e em outros países do mundo, segundo as normas locais. Os contribuintes italianos poderão obter dedução e detração de renda, segundo as normas previstas pelas ONLUS.

Parar a guerra na Ucrânia: reconstruindo o espaço para o diálogo e a negociação política

Diante dos acontecimentos que vêm perturbando o mundo inteiro há dias, o Movimento Político pela Unidade, que se inspira na experiência e nos ideais do Movimento dos Focolares, afirma seu compromisso comum com a paz, que só pode ser alcançado através do “fazer” concreto.

“Se você quer a paz, prepare a paz” assim dizia Igino Giordani, um político pacifista do século 20. Somente um esforço quotidiano multiforme pela paz pode parar a guerra que a história já declarou demasiadas vezes como uma escolha insensata.

Os meios de oposição estão ultrapassados e abrem o caminho para uma maior insegurança, tanto em âmbito local quanto global.

Esta é a nossa convicção: políticos, funcionários, cidadãos, diplomatas do Movimento Político pela Unidade, e de todo o mundo expressamos a nossa proximidade aos povos que sofrem esta trágica guerra, enquanto apoiamos fortemente aqueles que, em várias frentes, continuam a negociar a paz, a única solução verdadeira.

Nunca é tarde demais para reabrir a negociação e o diálogo, a curto e longo prazo.

Que o dever de construir a paz nos guie.

Identificamos estas três linhas principais de compromisso:

1 – A criação de Países-nação, muitas vezes não foi uma escolha livre dos povos, mas o resultado de mesas de negociações pós-guerra, legados de imperialismos. Velhas e novas divisões exigem um esforço político corajoso que dê um novo significado às identidades nacionais, que desafiem as uniões continentais, antes de tudo a União Europeia, para além dos interesses imediatos.

2- A história nos ensina que as sanções econômicas deixam os governos incólumes e empobrecem a sociedade civil, mulheres e homens, especialmente as crianças. A Síria é o mais recente e mais sério exemplo.

A escolha das sanções deve ser considerada com cautela, para que não se torne parte da lógica da guerra e das lutas pelo poder. A política deve ser capaz de controlar os circuitos das armas e da indústria de carbono, e só desta maneira construirá a verdadeira paz.

3- Diante do aumento agravante das armas nucleares com seu aprimoramento estratégico, hoje nós apelamos fortemente aos nossos governos para que assinem e implementem o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, adotado por apenas 122 países em 7 de julho de 2017. A força política da ONU deve retomar a ação e a voz dos governos deve ser integrada à voz das cidades do planeta, reunidas em uma assembleia mundial especial, para dar poder aos nossos povos.

Neste momento em que o poder absoluto da força parece prevalecer, nós afirmamos sem hesitação que ainda e sempre acreditamos na construção da paz, nos processos de diálogo, nos instrumentos da política.

São as articulações da sociedade civil, com a força espiritual e cultural de suas convicções religiosas, com inúmeras boas práticas, que irão evidenciar os grandes ideais para sustentar a história.

Que nossos representantes silenciem as armas o mais rápido possível e ouçam as mulheres e os homens de paz!

Mario Bruno, presidente MPPU

Ucrânia: nós continuamos a implorar o dom da paz

Um testemunho das comunidades do Movimento dos Focolares, presentes em várias cidades do país, e um convite para se unir a elas na oração planetária pela paz todas as quintas-feiras às 19h30 (horário italiano). “Neste momento dramático nós somos sustentados pela fé e o amor que estamos recebendo de todo o mundo através de mensagens, telefonemas e orações. Gostaríamos de agradecer a todos e a todas. Isto nos fortalece e aumenta a esperança de que Deus nos concederá o dom, o milagre da paz”. Com estas palavras Donatella Rafanelli, focolarina italiana, professora, que vive no focolare em Kiev, nos diz como as comunidades dos Focolares na Ucrânia estão vivendo estas horas dramáticas. “Nas últimas semanas, com a tensão crescente,” ela continua, “sentimos que estávamos vivendo um momento muito especial da nossa vida, apesar do cotidiano transcorrer como sempre. Conversando com as pessoas ao nosso redor, percebemos quanto medo, preocupação, tristeza e desilusão existem há alguns meses. Tornando-se ainda mais dramáticos, agora, com o agravamento da situação nas últimas horas”. “Nós também, enquanto comunidades do Movimento, certamente não estamos imunes a tudo isso”, explica: “Nos interrogamos e continuamos a nos interrogar sobre o que fazer nesta situação”. Estamos vivendo juntos, também estes momentos dolorosos. E somos conscientes de que não podemos fazer coisas extraordinárias ou especiais, mas podemos ouvir aqueles que estão ao nosso redor, compartilhar seus medos e preocupações, e tentar entender, a cada momento, o que é melhor fazer. Ontem o Papa Francisco convidou todos aqueles que creem e os que não professam uma fé a se unirem, em uma súplica coral pela paz, vivendo, em particular no dia 2 de março, início da Quaresma, um dia de oração e jejum pela paz. Junto com ele, outros líderes de várias Igrejas Cristãs convidam as pessoas a orar para implorar o dom da paz. No Movimento dos Focolares em todo o mundo, um time-out pela paz continua todos os dias (às 12h em cada fuso horário), um momento de silêncio e oração pela paz em todas as partes do mundo. “Aqui na Ucrânia, há um ano, todas as quintas-feiras”, diz Rafanelli, “às 19h30 (horário italiano) organizamos um momento de oração pela paz, em italiano e ucraniano, neste link .  Convidamos todos a se unirem a nós também para este momento, ao qual, nesse último período, se unem a nós muitas pessoas de vários países do mundo que almejam a paz”. O focolare na Ucrânia foi inaugurado em Kiev em maio de 2019, mas algumas comunidades do Focolare já estavam presentes no País. O carisma da unidade era, de fato, conhecido graças a muitos membros do Movimento de países vizinhos que, através de viagens e contatos, tinham difundido esta espiritualidade em várias cidades. Hoje os membros do Movimento dos Focolares, de diferentes idades e vocações, estão presentes em Mukachevo, Uzhgorod, Storozhniza, Lviv, Kiev e nos arredores.

Anna Lisa Innocenti

O poder das religiões para o meio ambiente

O poder das religiões para o meio ambiente

O papel das comunidades de fé na condução da mudança climática e na construção do futuro. Potencial e humildade. O programa Faith Plans (n.d.t. Planos de Fé). O papel do Movimento dos Focolares. Entrevista com Martin Palmer A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 26) em Glasgow concluiu-se em novembro de 2021. Martin Palmer, ex-Secretário Geral da Aliança das Religiões e Conservação (ARC) e atual CEO da FaithInvest nos ajuda a desvendar o potencial que as comunidades de fé têm na condução das mudanças climáticas e o papel que os Focolares podem desempenhar neste contexto. Martin Palmer é um especialista internacional nas principais tradições e culturas religiosas e autor de mais de 20 livros sobre questões religiosas e ambientais. Colabora regularmente com a BBC e é pregador leigo na Igreja da Inglaterra. Qual é o papel específico das comunidades de fé diante de uma crise ecológica sem precedentes? “As grandes fés não são apenas antigas fontes de sabedoria espiritual. Elas também estão entre os atores mais importantes do planeta. Sem o trabalho educacional, médico, assistencial e caritativo das comunidades de fé através de escolas, hospitais, trabalho juvenil, agências assistenciais, etc, a sociedade civil entraria em colapso em questão de semanas. Portanto, embora o aspecto espiritual seja vital porque nos dá uma perspectiva mais ampla de tempo, espaço e significado, se ignorarmos nosso papel como partes interessadas na construção de nosso futuro, acabamos ficando de lado gritando e esperando que alguém nos escute”. Um papel ativo das comunidades de fé na condução da mudança é importante. Você tem notado uma mudança de atitude nos últimos anos? “Vejo uma enorme mudança. Pela primeira vez todos os grandes grupos religiosos ambientais como GreenFaith, Eco-Sikh, Daoist Ecological Temple Network, Hazon – o maior grupo ambientalista judeu e, claro, agora o Vaticano através do Movimento Laudato Si’  e os Focolares – estão trabalhando juntos, lado a lado trazendo o maravilhoso pluralismo de diferentes crenças, valores e redes, especialmente através do programa Faith Plans“. Em outubro de 2021, na festa de São Francisco de Assis, o Papa Francisco e outros líderes religiosos incluindo o Arcebispo de Canterbury Justin Welby e o Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu, lançaram um apelo sobre a mudança climática e um assumiram um compromisso público para criar planos para o meio ambiente. Por que é importante fazer um plano? “Para que as fés sejam verdadeiramente eficazes, precisamos não apenas das maravilhosas palavras e sabedoria extraídas das grandes correntes espirituais, mas também precisamos saber onde elas podem ser agentes de mudança. Isto significa saber quão extenso é seu papel na educação em cada lugar ou país; quantas clínicas e hospitais possuem; onde estão seus investimentos; quanto terreno possuem; que gama de habilidades profissionais existem na comunidade de fé e assim por diante”. Na sua opinião, qual é a contribuição específica do Movimento dos Focolares para realizar esta conversão ecológica? “O papel dos Focolares é único. Vocês não são apenas uma grande organização de leigos em uma das fés mais hierárquicas do mundo, mas são uma inspiração para muito além de seus membros. Durante décadas você trabalharam através da Economia de Comunhão sobre as realidades da vida e do trabalho da fé na prática do mercado. Criar novos modelos e iniciativas parece ser conatural para vocês, seu estilo de compartilhar o que vocês fazem é uma inspiração. Vocês têm décadas de trabalho inter-religioso e uma profundidade e integridade não facilmente encontradas no mundo inter-religioso, muitas vezes superficial. As ligações que vocês têm com outras religiões mostram uma alegria pelo pluralismo que não se encontra com frequência em organizações religiosas da escala e do impacto dos Focolares. Enfim, parece que vocês já envolveram algumas das pessoas mais carismáticas, altamente motivadas, habilidosas e comprometidas do mundo, que já estão em ação”.

Nino Puglisi por cittanuova.it

Laboratório Hombre Mundo planetário

Laboratório Hombre Mundo planetário

Ocorrerá de 25 a 27 de fevereiro de 2022: é um projeto mundial criado e realizado pelos adolescentes, que mira a fraternidade universal. Ações locais e globais para favorecer o conhecimento entre culturas e religiões diversas, desenvolver uma cidadania ativa, concretizar o comprometimento dos adolescentes nos grandes desafios do planeta, desde o ambiental até a erradicação da fome e da pobreza. “Entendemos que devemos nos aceitar uns aos outros, apesar das nossas diferenças que são uma enorme riqueza. É um modo de promover os valores e banir os antivalores.” Claire Mulimbi é uma gen3 – os adolescentes com idade entre 10 e 17 anos do Movimento dos Focolares – que mora na República Democrática do Congo. Com essas palavras, conta a sua experiência depois de ter organizado dois dias de “Hombre Mundo” em setembro de 2021. “Foi uma experiência muito bonita de troca de cultura por meio de músicas, danças, poesias e charadas. Aprendemos noções de ecologia com alguns ambientalistas e, depois, plantamos algumas árvores.” Hombre Mundo é um projeto que envolve milhares de adolescentes do Movimento dos Focolares no mundo todo. O objetivo é se formar na fraternidade universal, procurando conhecer pessoas da mesma idade de outras culturas e religiões, descobrindo e compartilhando as riquezas de cada povo, empenhando-se juntos em enfrentar os grandes desafios do planeta. Hombre Mundo, de fato, não é só uma oportunidade de encontro e troca de conhecimentos, mas também se baseia em ações concretas para desenvolver a cidadania ativa pelo bem comum da comunidade na qual os adolescentes estão inseridos ou em sua cidade-irmã. Hombre Mundo prevê, portanto, ações a nível local e mundial, e encontros planetários, como o que ocorrerá de 25 a 27 de fevereiro de 2022. O primeiro Laboratório Hombre Mundo aconteceu em 2014 na Argentina, depois em 2017 no Leste Europeu ocorreram três (na Croácia, na Sérvia e na Polônia): trata-se de “laboratórios” internacionais para aprender a conhecer, amar, respeitar a pátria do outro como a própria. O programa foi pensado e realizado pelos adolescentes, desde a escolha dos temas a serem abordados até os testemunhos, dos textos às músicas. Esta edição deveria ter dois eventos centrais, no Quênia e na Costa do Marfim, e muitos eventos locais em vários países do mundo. Em vez disso, pela primeira vez, devido à pandemia, será completamente online. Também na preparação a internet foi de grande ajuda. Gašper Jošt, gen3 da Eslovênia, conta: “Nos dividimos em grupos menores, por fuso-horário e língua. Nós da Eslovênia nos encontramos com alguns adolescentes de Malta e da Irlanda. Assim, escrevemos uma música. Miha cuidou da letra e Anja compôs a melodia. Queremos, com essa canção, encorajar as pessoas a continuar construindo um mundo mais bonito e a dizer que enquanto houver uma pessoa que seja procurando fazer isso, sua ação encorajará os outros e trará esperança a eles”. Além disso, os gen3 do mundo todo deram início a várias ações concretas para viver e difundir uma cultura do dar e da partilha. Assim, os adolescentes de alguns países da África, do Vietnã, da Indonésia e de Mianmar receberam materiais para sua formação. Para a Índia, foram destinados fundos para a prevenção do trabalho de menores de idade, para construir locais seguros onde as crianças possam participar de atividades para reencontrar sua autoestima, socializar com os outros, desenvolver os próprios talentos. O objetivo dos três dias deste ano é tornar-se sempre mais homens e mulheres-mundo, ou seja, pessoas com um coração aberto para toda a humanidade com suas riquezas e seus desafios a serem acolhidos e vencidos. Cada dia uma temática será aprofundada, começando pela vida pessoal para, depois, expandir o olhar para o entorno, para as comunidades nas quais vivem os adolescentes e para o planeta. O dia 25 de fevereiro será dedicado ao estilo de vida que caracteriza esses adolescentes; a arte de amar proposta por Chiara Lubich estará no centro de suas reflexões e testemunhos com referência particular ao período que estamos vivendo: como fazer durante a pandemia? Como continuar a amar no mundo virtual e das mídias sociais? Já no segundo dia, serão aprofundados os esforços na ecologia até chegar ao objetivo “Fome Zero”, o segundo dos 17 Objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas para 2030. O terceiro dia terá como título “Que todos sejam um” e a atenção será voltada à beleza do encontro entre os povos e o comprometimento comum de construir um mundo de paz e unidade. Também participarão do Laboratório 2022 os conjuntos internacionais Gen Verde, com um workshop de percussão que envolverá 60 adolescentes da região interamericana, e o Gen Rosso, com um concerto pela paz no dia 26 de fevereiro às 12h30, no horário da Itália (16h30, horário de Brasília), ao vivo da ilha italiana de Lampedusa, famosa por acolher migrantes. Antes da apresentação, às 12h, horário de Greenwich (15h, horário de Brasília), haverá um collegamento mundial para rezar, todos juntos, pela paz. “Cada homem do planeta Terra é dotado de facetas, faculdades, habilidades e capacidades que o tornam uma obra de arte única”, afirma Granville de Bangalore (Índia), “portanto, cada vez que nos encontramos lado a lado, com um espírito de unidade, construímos uma galeria de arte impressionante. O que significa Hombre Mundo para mim? Acredito que uma palavra responda perfeitamente a essa pergunta: unidade. Não é possível ter unidade sem amor. O amor é a ponte sobre os abismos da divisão. O amor derruba os muros que nos separam, e nos une. É somente com o amor pelo meu próximo que posso fazer a minha parte para criar um mundo em que cada um de nós, obras de arte, se une para criar uma galeria de arte sinergética”. Para mais informações, visite teen4unity.org

Lorenzo Russo

Chiara Lubich: construir a civilização do amor

As palavras de Chiara Lubich, que hoje propomos meditar, são extremamente atuais e não nos deixam indiferentes e, sem dúvida, nos fazem olhar ao nosso redor para agir em favor de cada irmão. (…) Jesus durante a sua vida terrena sempre acolheu todos, sobretudo os mais marginalizados, os mais necessitados, os mais distantes. É o amor com o qual Jesus ofereceu a todos a sua confiança, a sua confidência, a sua amizade, derrubando, uma por uma, todas as barreiras que o orgulho e o egoísmo humano tinham erigido na sociedade do seu tempo. Jesus foi a manifestação do amor plenamente acolhedor do Pai celeste por cada um de nós e do amor que, de consequência, devemos ter uns pelos outros. É esta a primeira vontade de Deus para nós; por isso não podemos dar ao Pai maior glória do que aquela que damos quando procuramos nos acolher reciprocamente da mesma forma com que Jesus nos acolheu. (…)  Ele chama a nossa atenção sobre um dos aspectos mais frequente do nosso egoísmo e, sejamos sinceros, mais difícil de ser superado: a tendência ao isolamento, à discriminação, à marginalização, à exclusão do outro porque é diferente de nós e poderia tirar a nossa tranquilidade. Procuremos então viver (…) em primeiro lugar nas nossas famílias, associações, comunidades, grupos de trabalho, eliminando em nós os preconceitos, as discriminação, as prevenções, os ressentimentos, as intolerâncias perante este ou aquele próximo, tão fáceis e tão frequentes, que tanto esfriam, comprometem os relacionamentos e impedem, bloqueando como a ferrugem, o amor recíproco. E depois na vida social em geral, propondo-nos testemunhar o amor acolhedor de Jesus para com qualquer que seja o próximo que o Senhor colocar ao nosso lado, especialmente aqueles que o egoísmo social tende mais facilmente a excluir ou marginalizar. Acolher o outro, que é diferente de nós, é a base do amor cristão. É o ponto de partida, o primeiro degrau para a construção daquela civilização do amor, daquela cultura de comunhão, que Jesus quer de nós sobretudo nos dias de hoje.

Chiara Lubich

 (Chiara Lubich, in Parole di Vita, Città Nuova, 2017, pag. 512-514)